sábado, 31 de dezembro de 2011

Oportunidades de aprender

Aprender... ação tão constante, tão presente e ausente na vida, que fornece oportunidades, traz possibilidades e abre a mente para novas situações, mesmo quando tudo já parece perdido, solto em um vácuo e sem a chance de voltar ao chamado normal.
Mas então é necessário pensar também no que é normal, naquilo que é classificado desta forma, nos tais padrões que envolvem as vidas e que sempre serão a fonte de avaliação de quem cada pessoa é, sem essência, sem sentimento de verdade, sem a realidade envolvida...
Por isso tudo o que surpreende e é diferente pode se tornar alvo do emolduramento, das tentativas de se distorcer o que é puro e verdadeiro, causando estragos que não serão reparados, colocando sempre o outro em xeque, como se jogar fosse melhor.
Desta maneira as pessoas vão perdendo a oportunidade de ter algo de verdade, de serem receptivas ao que vem do coração, por não acreditarem que são merecedoras, e os dias vão aos poucos desgastando o que foi criado, aquele vínculo que acaba escapando por entre os dedos...
Então mudanças acontecem, tudo fica diferente, mas ainda assim existe, ao menos de um lado, a vontade de fazer o melhor, mesmo que de um jeito único, respeitoso, e que acaba não sendo entendido assim, pelo simples fato de as pessoas sempre esperarem as mesmas ações, que moldaram em suas mentes e não querem abandonar para não alcançar a felicidade, palavra que tanto pronunciam e que distanciam de si.
Mas ainda bem que é possível aprender, trazer para dentro de si lições e também saber aceitar que ainda existem pessoas que sabem conviver com as demais sem julgar, sem tentar prender e querendo apenas que o melhor aconteça, já que são verdadeiramente humanas ao ponto de conviver com cada uma de suas características taxadas de qualidades e defeitos...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Transformar tudo em contagens...

O último segundo parece tão distante, ao mesmo tempo tão perto, tão evidente dentro da mente, mas distante o suficiente para ser lembrado, fazendo com que as pessoas eventualmente descubram que tudo o que é importante pode estar ou não ao alcance em tão curto espaço de tempo...
Eternizar momentos pode parecer um discurso simplista demais, até inocente, daqueles que somente as crianças são capazes de fazer, e que cada adulto se esforça diariamente para perder, para tentar ser quem não é e apagar a alegria da vida.
Mas o que mais chama a atenção é mesmo a forma como todos se comportam diante de muitas situações, o jeito com que se apegam ou desprendem, mas sem o mesmo brilho de antigamente, pois tudo o que entra e sai da vida vai perdendo a graça, não porque deixou de ser interessante, mas porque nós perdemos aquele olhar curioso, onde tudo é sempre visto como da primeira vez...
Por esta razão muitas ações são difíceis de serem expostas, guardar parece mais seguro, mais correto e sincero consigo próprio, para não causar inveja ou mostrar que as coisas mais simples colocam um sorriso no rosto que muda a forma como o mundo é visto.
Então os dias parecem que vão se repetindo, as ações também, as pessoas ao nosso redor vão sendo moldadas conforme nossa percepção é formatada, encaixada em um padrão que ignora a humanidade dentro das pessoas, incluindo o próprio espectador.
Só que sempre há uma razão para se viver além do que é visto, sentir não é apenas uma questão de ligar ou desligar botões, tão comuns nos dias de hoje que já são desejados por algumas pessoas, para não ter que conviver com o que é diferente, e que em certos casos é a expressão mais pura e verdadeira do que se sente...
E aí o mundo parece que vai sendo consumido por muros que isolam pessoas, sensações, visões e pensamentos, não é mais possível fazer algo diferente, para não espantar os demais, para não ser julgado de maneira errada e acabar afastando o que de melhor está presente no dia a dia.
Também é engraçado olhar para trás, como os medos moldaram a personalidade, como a expressão do que é viver fica ofuscada por aquilo que delimita a vida, coloca limites de forma a aprisionar as pessoas e transforma a beleza em algo comum, corriqueiro, sem valor, pois tudo acaba ficando parecido, parecido até demais, para não nos dar a oportunidade de olhar novamente o mundo com aqueles olhos de criança que se encantam com as imagens mais singelas, verdadeiras e que apontam para o caminho correto, só porque um dia disseram que tudo na vida tem sua fase, esquecendo-se completamente da alegria e felicidade...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Defeitos, qualidades e diferenças

A cada dia novos frutos são colhidos, das sementes plantadas há muito e que são regadas diariamente com o que temos de melhor, com o que há de mais puro, verdadeiro e único, sem a pretensão de ser transformado em moeda, para ser trocado, cobrado ou exigido.
Mas diariamente encontramos o oposto em muitas pessoas, fato que, lá no fundo, mostra o quanto é possível aprender, como lidar com cada uma das características únicas que temos, que em certas horas são taxadas de defeitos.
Por esta razão é preciso aprender que as diferenças não devem ser transformadas em defeitos, pois ninguém deveria deixar que as qualidades fossem reduzidas, como acontece a cada dia, só porque alguém tem medo do que é diferente.
Então cada ação, cada gesto diferente parece fora do contexto criado dentro da mente das pessoas, padrões que em nada sustentam a convivência entre as pessoas, acabando com o respeito, se é que um dia ele existiu de verdade.
Desta forma quem aprende a conviver com o que chamam de defeitos acaba percebendo que esta é a perfeição que muitos buscam, pois cada um dos tais defeitos também é único, exclusivo e não pode ser medido de forma superficial.
E é aí que as pessoas podem se perder, já que sentem medo de ser quem realmente são, de fazer o que é puro, singelo, só para tentar agradar quem sequer sabe o que faz, quem é o que deseja...
Mas também é preciso entender que se nós não pudermos conviver com os demais acabamos entrando no mesmo espectro, sem poder olhar para o lado, sem sorrir de forma pura, como no tempo em que éramos crianças e nada era definido por defeito ou qualidade, mas sim por alguém que estava ali ao lado de corpo e alma.
Só que teimamos em crescer, em fazer o que parece mais agradável, e aos poucos matamos o nosso melhor, a nossa verdade, nossas limitações, que dia após dia mostram o quanto somos capazes de fazer mais, pois do outro lado da balança temos qualidades que superam qualquer coisa, para no final das contas, e para alguns no final da vida, precisamos entender que cada qualidade é o defeito que os outros enxergam, e vice-versa...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Referências do tempo

O passar dos anos vão mostrando novos caminhos, oportunidades que habitam em nossos sonhos há muito tempo, como se já tivéssemos a certeza do que está por vir, mas no fundo ainda temos dúvida, pois a cada nascer do sol somos tomados por preocupações que colocam sombras sobre quem somos realmente.
Mas então basta olhar para trás, entender que cada sonho não surge do nada, não brota de outro lugar senão o coração, trazendo mais do que a esperança que muitos descartam por serem mais realistas, perdendo o jeito de lidar com as pessoas ao apagarem a si próprios em favor de algo que no futuro não terá mais importância.
E é assim que podemos aprender que nem sempre temos que fazer algo grandioso aos olhos e interesses alheios, pois corremos o risco de deixarmos de ser quem somos, tornando a essência turva porque não nos ouvimos mais a nós mesmos.
Só que sempre há tempo para corrigir esta rota, a reflexão é o melhor, assim como a capacidade de entender que sempre existe uma pessoa que poderá apontar um caminho melhor, colocando-nos nos tais trilhos a que se referem...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Certos lugares do passado...

A simplicidade das ações é composta por uma complexa rede de histórias de cada pessoa, memórias que estão vivas ou armazenadas em um local que somente o seu dono pode encontrar, servindo também como parte da inspiração, da melhoria de quem se é.
Então muitas pessoas podem encontrar outras com experiências parecidas, profundas e que tornam possível ter diante dos olhos além que compreende, mesmo que brevemente, os trejeitos e cada uma das evidências que apontam para um caminho em comum.
Só que mesmo assim tudo parece maior e mais desafiador, pois o que é simples fica complexo ao ter mais alguém envolvido, fato corriqueiro na vida de todos, que é fundamentada nas histórias criadas antes, para permitir a existência do presente, que já foi o futuro e hoje adormece em um passado.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Inesquecivelmente o melhor...

O que é feito de alma sempre surte um efeito sublime, que não é definido em poucas palavras, mas ainda assim gera um momento onde os gestos e ações contemplam o que há de melhor nas pessoas, tornando mais visível o que está sob a superfície, para que uma única pessoa seja agraciada com tal comportamento.
Ações não são apenas o resultado de um momento, pois a história de cada pessoa sempre virá com o que se faz, com o que é obtido e torna possível entender melhor como todos os gestos podem contar muito mais com poucas ou nenhuma palavra.
E isto fica desenhado na mente, gravado de tal maneira que tudo o que já foi vivido começa a se direcionar ao que é vivenciado agora, mostrando que todo o histórico anterior trouxe o melhor.
Mas ainda assim existe a sutileza com que tudo é feito, delicadamente escrevendo novas páginas, retomando sonhos e oferecendo algo que sai do visível, que muda o sentido de certas coisas e dá a oportunidade de se fazer mais.
Então o que é feito diariamente não diz mais respeito a uma única pessoa, antes o eu tomava conta do universo, enquanto que a chegada até o nós permite ser um eu mais completo, não porque as pessoas são partes, metades, como muitos acreditam, mas por serem inteiras e conseguirem compartilhar o seu melhor.
Talvez isso também faça com que cada detalhe seja percebido de forma diferente, não mais com estranheza, mas com traços que jamais se repetem e encantam, assim como cada sorriso que é dado gava na mente outro momento inesquecível, igual à dona...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sorrisos eternizados

Sorrisos são importantes, são parte de uma experiência vital, única, que traz ao ambiente uma luz diferente, especial, que se torna ainda mais valiosa quando surge de um gesto simples, delicado e sincero do outro lado.
Mas diariamente tudo parece sair deste contexto, as preocupações ganham mais importância porque nos esquecemos de fazer sorrir a nós mesmos, para então levar aos outros alegrias, que podem até durar poucos segundos, mas ficam eternizadas na mente.
Desta maneira os dias são abrilhantados por aquela pessoa que sorri com pureza e delicadeza no mais simples dos momentos, em breves lembranças, onde apenas o que é verdadeiro ganha espaço para transformar o mundo.
Então o sorrir desta outra pessoa vira a referência, é o que há de melhor, para tornar o outro ainda melhor, para buscar outras oportunidades de fazer com que os detalhes ganhem corpo, cores e aromas ainda melhores.
Por isso é interessante olhar para as histórias anteriores e notar que na maior parte do tempo o que menos provocamos é o sorriso, uma ação que retira o peso do mundo das costas, mas parece que não há nada a ser feito, pois o tempo faz com que as pessoas se acostumem com isso, perpetuando a frieza...
E quando as pessoas se deparam com outros sorrisos acabam estranhando, acham bobo, infantil, e talvez o seja, pois as almas que mais trazem alegrias ao mundo sempre são novas, por mais que tenham crescido, passado por experiências menos agradáveis e ainda assim encontram tempo para se dedicar a trazer ao mundo novos sorrisos...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Compartilhar e entrelaçar histórias

Escolher quais histórias compartilhar parece não fazer sentido em certos momentos, como se a construção de uma nova história tomasse todo o tempo, todas as dimensões e trouxesse o melhor de cada um àquele ponto em comum, aos momentos onde nada mais é percebido, deixando para trás as experiências negativas, que certamente deixam de existir quando não mais alimentadas.
Então surgem dúvidas sobre o que é certo e errado, bom ou ruim, como se as pessoas só se resumissem às dualidades com as quais somos moldados, só que as escolhas sempre complementarão nossas histórias de uma forma única, para que as melhores passagens ganhassem mais destaque e pudessem ser tão presentes quanto a pessoa que está ali.
Por isso tudo acaba sendo classificado como difícil quando há mais alguém na história, talvez por medo de errar e desapontar, talvez por medo de fazer o melhor...
Só que cada lembrança dividida traz um novo ânimo, é como se a vida voltasse a ganhar tonalidades que já haviam perdido a força, só porque deixamos e não porque o tempo passou.
Mas além disso também é preciso olhar para o que acontece ao redor, dividir histórias com mais alguém só é possível quando há um compromisso firmado pelo olhar, pelas palavras e gestos, na forma como o tratamento com a outra pessoa é moldado, sem ser uma forma de ataque, mas de buscar a essência dela para fazer o melhor, doar o melhor e se tiver sorte receber o mesmo.
Diante disso é interessante observar que as cumplicidades, as histórias e também os segredos vão deixando tudo muito melhor, não porque as proibições vão entrando na vida, mas porque há uma liberdade tão grande que um olhar é mais expressivo e intenso do que muitas palavras...
Também é preciso aceitar que todas as experiências, os momentos mais alegres e sérios também vão desenhando outros caminhos, da forma como as estrelas iluminam os céus no anoitecer, mas com uma única estrela que realmente importa.
E é aí que muito da vida passa a fazer sentido, o que foi construído ao longo dos anos para ser oferecido para uma pessoa, uma única pessoa, de forma branda, aos poucos para não assustar, e porque não há razão para acelerar demais o que é certo...

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ao criar vitrais...

Há pouco tempo descobri do que são formados os vitrais, não como a maioria das pessoas que acredita que aqueles cacos de vidro foram apenas encaixados, mas como histórias que se completam, complementam e dão sentido ao conjunto, à toda a obra, até mesmo à vida, que dia após dia vai se tornando um grande vitral, com várias cores, para que saibamos o significado de cada emoção, de cada memória e das pessoas.
Mas mesmo assim é fácil encontrar quem ainda enxergue a vida como uma coleção de cacos, da mesma forma a que se referem aos vitrais, e ao olharmos nos olhos destas pessoas percebemos apenas um outro vitral, só que sem vida, sem cores e sem histórias.
Por isso mesmo acabei compreendendo que tudo o que acontece faz parte de uma obra maior, de fazer valer cada um dos tais cacos, não deixando-os quebrados, mas tornando-os inteiros, como cada lembrança da vida.
Então a cada dia que passa coleto novas histórias, novos cacos inteiros, que vão se acomodando delicadamente em minha vida, para que ao passar do tempo eu acabe me tornando eu mesmo, mesmo que isso pareça insano, mas que no fundo é o desejo de muitas pessoas.
E diante desde desafio tudo fica muito melhor, posso aprender a lidar com todas as nuances da alma, para entender que ao olhar nos olhos de outra pessoa não há razão para procurar meu reflexo, mas sim olhar como aquele vitral da alma é desenhado, que sonhos e ideias estão por trás de cada gesto, para que talvez eu possa fazer parte de um deles.
E feito isso acabo compreendendo melhor quem sou, não como um amontoado de histórias unidas por cacos jogados em um canto, mas com a possibilidade de amanhã colocar mais um pedaço de vida no que é construído a cada novo dia, seja para brilhar e colorir o dia através da luz do sol, seja para aproveitar a noite e deixar transpassar a luz da lua e colocar um sorriso no rosto de quem mais importa, também colorindo sua face...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Um simples medir de palavras

Palavras pesam, definem, movem e também paralisam, como se tudo o que as envolvesse ainda não fosse suficientemente satisfatório, deixando que no âmago das situações cada interpretação diferente acabasse caindo em um senso comum, em um lugar qualquer, como se as mesmas palavras que elevam não fizessem a dor surgir.
Mas em certas horas as palavras também deixam de existir da forma como a maioria das pessoas as enxerga, ouve e imagina, passando apenas a conviver com um contexto onde gestos apontam para interpretações sublimes e mais verdadeiras, principalmente quando a mente não consegue deixar sair pelas mãos ou pela boca o que é indescritivelmente sincero.
Então tudo o que acaba envolvendo uma palavra é suficiente para abrir e fechar mundos, criar histórias e colocar um ponto final em outras, sem que haja necessidade de se ir além do presente.
E isto acaba nos colocando em uma situação onde o mundo fica à mercê da boa vontade daqueles que tratam palavras e pessoas com delicadeza, com simplicidade e retidão, pois através das pessoas as palavras ganham definições e se voltam para as mesmas pessoas.
Por isso há de se ter um cuidado maior quando palavras são jogadas, como todos já sabem e conhecem os efeitos daquilo que sai da mente por meio da palavras sem um pensar mais prolongado, como se o tempo faltasse, onde um erro nosso é suficiente para deixar a história prosseguir seu rumo...
Mesmo assim ainda acredito que nada é feito de forma proposital, talvez como forma de perdoar aqueles que se deixam levar por instantes onde um turbilhão de ideias passou pela mente e trouxe como resultado um estrago que não pode ser medido, que não sara tão rápido quanto se deseja e preenche de lágrimas os dias.
E com isto acabo entendendo melhor porque o perdoar não deve partir dos outros, mas de nós mesmos, que antes de tudo devemos deixar o ego de lado e aprender que, assim como já fizemos um dia quando crianças, podemos deixar que nossas histórias sejam iluminadas por estrelas, mesmo quando nuvens trazem as chuvas para encobrir as lágrimas de tristeza...
Então acabamos saindo da mesmice, perdoando nossos supostos erros, que acredito que sejam as melhores experiências de uma vida e ainda assim aos olhos dos outros são erros, pela incapacidade de criar uma história única, recheada de boas palavras, até mesmo quando as lágrimas ficam gravadas em um dado ponto da vida, mesmo que encobertas pela chuva que acompanha o mesmo ritmo, mas sem o mesmo gosto...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mais do que proteger...

Há momentos em que as pessoas precisam de proteção, mas não de algo comum, pois o que há de mais divino traz a paz que precisam, para tomar decisões, para se sentirem amparadas e mais fortes, contando com o que há de mais puro e sincero, como se houvesse um anjo ao lado nas horas em que tudo não saísse como esperado.
O interessante é que as surpresas acabam por tornar ainda mais importantes estas presenças, quase que uma necessidade, mas que não deve virar um hábito, cair no comum e fazer parte do que é descartado dia após dia porque perdemos a capacidade de valorizar o que realmente vale a pena.
Mas ainda assim é preciso sair de certos lugares, deixar no passado o que machuca, o que não traz a paz necessária, para então olhar de novo para dentro e enxergar que o seu melhor nem sempre é encarado desta maneira pelos outros, como se o ser humano só tentasse encontrar defeitos nos outros.
E isto acaba por criar momentos em que somente os anjos podem tornar aquele instante suportável, abrindo a mente daqueles que foram feridos, mostrando que todo aprendizado é válido, mesmo que demore para cicatrizar.
Então cada segundo subsequente é mais valioso, o pesar não deve se tornar a razão de viver, pois todos os dias nós nos deparamos com o nosso melhor e o que os outros chamam de pior, mesmo sem nos conhecer, sem saber ao certo que os defeitos encontrados são fundamentais para a nossa perfeição.
E assim mesmo, a cada novo dia, muitas oportunidades de encontrarmos nossas melhores ações são apresentadas, pois é assim que os anjos acabam nos influenciando, apontando para o caminho certo e fazendo-nos levantar a cabeça mais uma vez.
Por esta razão somos agraciados com momentos sublimes, únicos, que se aproximam dos sonhos, mas que são na verdade criações nossas para oferecer àqueles que sempre estão ao nosso lado, não para oferecer algo ilusório, falso, mas para também poder compartilhar as histórias das cicatrizes, que até mesmo os anjos carregam...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O reflexo absorvido

Muito do que acontece é reflexo do que é visto, percebido, absorvido, que vem de fora, de alguém que traz histórias diferentes, que apresenta novas possibilidades, visões únicas que, ao serem compartilhadas, mudam o rumo de outro alguém.
Mas nem por isso é preciso se anular, abrir mão de quem se é, mas ao compreender que, em dado instante, há alguém que oferece um caminho melhor é preciso deixar um pouco a trilha fixa e buscar o que interessa.
Então as alegrias compartilhadas são maiores, mas também existirão instantes onde tristezas e dúvidas ocuparão o mundo, fazendo com que as incertezas ganhem maior volume, só que ao mesmo tempo a história de cada um é maior do que qualquer dificuldade, e tudo volta para os eixos.
Só que as pessoas são teimosas, nos esquecemos de aproveitar o que coloca um sorriso no rosto, o que faz alguém falar sem usar palavras, como se o mais importante fosse o que é tratado como triste, perdendo a chance de olhar quantas maravilhas foram conquistadas, quantas pessoas sempre estiveram presentes, mesmo que na mente, em um momento onde um gesto simples e bobo provocou um sorriso, meio sem jeito, mas puro.
Por isso é engraçado olhar para a história que cada um carrega e observar que sempre preferimos trazer para o presente o que machucou, magoou e não foi digno do tamanho da vida, que é curta demais para ser apequanada.
E é aí que nos deparamos com nosso melhor e nosso pouco, não o pior, mas o pouco que classificamos como pior, voltando ao princípio de tudo, onde tentamos jogar fora parte de nossas histórias para disfarçar lágrimas que serviram para limpar a alma e purificar os sentimentos.
Talvez eu ainda tenha que aprender muito a lidar com esta situação, tentando encontrar o que complementará a felicidade, que dia após dia é sustentada por uma percepção muito simplificada da realidade, que quer deixar o espírito de criança alegrar os outros, mesmo que por breves instantes e que se eternizam na memória para futuramente trazer um sorriso meio bobo, infantil e verdadeiro, tendo apenas a preocupação de aprender, de me entregar a certos sonhos e, quem sabe, deixar que mais alguém possa estar ao meu lado dividindo alegrias e tudo o mais que acontecer, pois, talvez assim, eu me torne um pouco mais humano...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mais do que um simples mundo

Te dar um mundo novo para ser explorado é o mínimo que pode ser feito, tendo como razão para isso a alegria de um olhar que procura em cada milímetro algo a ser descoberto, alegrias, tristezas, certezas, dúvidas e o que realmente lhe atiça a curiosidade, mostrando que este mundo, que antes era exclusivamente meu, pode ser interessante...
Mas apenas entregar em suas mãos este mundo não é o suficiente, é preciso explorá-lo em conjunto, encontrar o que mais lhe agrada, o que chama a atenção, é diferente e encanta...
Então lhe trago uma oportunidade diferente, que causa espanto, que é exclusiva e ganha sentido quando um breve sorriso já é suficiente para fazer meu dia valer a pena.
Só que mesmo assim parece que há um ingrediente faltando, que talvez ainda esteja reservado, escondido em meio às flores, jardins e florestas, que pode estar diante dos olhos e por isso mesmo está muito bem guardado, seguro e ao alcance, o seu alcance.
E deste jeito tudo fica simples e complicado, pois existe uma mania de tentar guardar o que se sente, esconder por medo, tentar fugir do destino, como se aquele mundo que foi dado pudesse ser tomado novamente, algo que não acontece, pois a cada dia tudo foi sendo construído com uma intenção, com um desejo e para que você apenas aceitasse, mesmo conhecendo-o superficialmente.
Mas minha paciência é maior, aguardando novamente por um breve gesto, que de tão delicado já faz valer cada segundo ao seu lado, tão próximo do que é encontrado nos céus que por diversas vezes me imagino diante de um anjo...
Por isso meu mundo acaba insuficiente, inacabado, simples, cheio de espaços onde a sua imaginação poderá plantar o que quiser, e por conhecer um pouco mais de você a cada dia tento preencher estas lacunas, criar um universo novo, ideal e perfeito, só que me deparo com a dúvida, e acabo entendendo que a perfeição só será alcançada se você também plantar suas sementes, moldar os planos com suas mãos e até mesmo corrigir o que fui incapaz de criar.
Depois disso há um mundo novo, com partes de quem eu sou, com toques angelicais dados por você, que completa meu trabalho e pouco a pouco traz para o presente muito de um futuro que começou a ser construído quando te encontrei e passei a criar um novo mundo pra você e eu...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Até encontrar novas cores

Às vezes fico pensando em como tudo seria diferente se não tivesse te conhecido, em como tudo perderia a graça e o sentido, de um jeito que até mesmo a minha história acabasse em um caminho que não sei qual é, que desconheço e até tento desenhar na minha mente, mas tenho em minhas mãos apenas duas opções, em preto e branco, sem o colorido que ganhei ao te encontrar.
Mas a vida é assim, muito melhor quando encontramos o que ofusca o mundo, que torna possível sair do comum, fazer o que não é mais esperado, e que mesmo assim é parte de uma rotina que jamais se repete, que demonstra o quanto vamos guardando todos os dias até encontrarmos alguém que saiba aceitar o que é oferecido...
Só que ainda restam dúvidas, especialmente por não ter a certeza de que o pouco oferecido é suficiente, é atrativo ou interessante, talvez por ter aprendido a observar com mais cuidado tudo ao meu redor, apreciando ainda mais cada uma das borboletas que enfeitam os jardins.
E então me apego àquilo que te faz sorrir, imaginando o brilho do seu olhar ao me deparar com cada coisa que você gosta, que me ensinou a olhar com outros olhos, mesmo quando brinco que vou te dar um dia de sol, só para você encontrar suas borboletas azuis.
Mas é claro que também falo sobre a chuva, que alimenta cada flor, para qual suas borboletas voam em busca de alimento, só que talvez você não perceba que na verdade esta chuva é que torna possível o seu encantamento com aqueles seres que se transformam, que saem dos casulos e voam com toda liberdade possível.
E assim também fico lembrando da primeira vez que vi um casulo se romper, fato que hoje é diferente, é mágico e me leva pra você de novo, querendo estar do seu lado quando isto acontece, pra ver como seu sorriso fica, com que brilho seus olhos iluminam o ambiente.
Também é engraçado como eu não pensei em transformar todas as borboletas coloridas em uma só cor, pois o que é raro chama a atenção, e quando você se depara com a raridade tudo é mais interessante, o mundo para, e no fundo até deixa de existir, como na época em que as crianças correm livremente atrás dos sonhos, do que desejam e do que as fazem felizes.
Ainda assim é provável que o tempo, e esta história, voem como as borboletas, em busca de uma liberdade maior, que, no caso delas, vai até cada uma das flores, que nasceram por causa da "minha" chuva, que mesmo sendo oposta ao sol te faz sorrir quando estamos sob o mesmo guarda-chuva... que na minha mente é um jeito de te proteger por alguns breves instantes, pois depois sempre digo que o sol vai voltar.
Talvez por isso eu acabe me sentido muito bem, mesmo sabendo que não controlo o sol, as chuvas, mesmo gostando da ideia de que posso mudar tudo, em mais uma tentativa de te ver sorrir, esperando pra ver também o brilho do seu olhar novamente, em uma combinação única, perfeita...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Quando eu te encontrar de novo...

Tudo será como da primeira vez, de um jeito inocente, até meio bobo, mas verdadeiro, do fundo da alma, algo que percorre as veias, preenche a mente e torna a saudade descartável.
Mas ainda assim, ao te ver de novo, cada gesto será gravado novamente, os olhares parecerão diferentes, como se ainda não tivesse te conhecido, para ver e rever o que parece não sair mais do dia adia.
Então tudo o que você faz, mesmo que repetidamente, é especial, fica diferente, é completamente novo, único, como se eu jamais tivesse me deparado com isso, com uma pureza e delicadeza inigualável, daquele jeito infantil e verdadeiro, e acabo me sentido como uma criança.
Também acabo percebendo que mais coisas passam a fazer sentido, as razões pelas quais acabei te conhecendo, como uma história que estava incompleta e hoje aponta para caminhos essenciais, importantes demais para serem ignorados, deixados de lado.
E cada sorriso seu faz o dia ficar colorido, traz alegria para um coração que por vezes parecia amortecido pelo tempo, pelas experiências que deixam cicatrizes, que vão criando o que chamamos de proteção, por medo de fazer o que é importante, medo de dar valor ao que mais interessa, ao que sai da alma, salta aos olhos e atinge os corações.
Por isso é que a minha teimosia não é mais para me afastar, mas para te encontrar de novo como se fosse daquela primeira vez, e é assim a cada dia, mesmo que nos cruzemos inúmeras vezes, que estejamos juntos nos divertindo ou apenas em silêncio trocando olhares, sorrisos e mais palavras do que ninguém imagina.
Então... quando te encontrar de novo acabo voltando no tempo, como na época em que um simples algodão doce já trazia alegria suficiente, pra dividir com todos, pra adoçar a vida, rir e colocar inúmeros sorrisos nas faces de quem precisa...
Mas ainda assim penso todos os dias em como será te encontrar pela primeira vez, de novo e de novo, em um ciclo infinito, imaginário e que me faz pensar como será quando eu te encontrar...
Talvez por isso te olhar me faça tão bem, me traga uma perspectiva nova, faça algo maior surgir, para que eu desfrute da sua companhia, de seus sorrisos, das risadas, da forma como você mexe nos cabelos, como fala e até mesmo quando presta atenção em mim, tornando meu lado criança vivo, pra te fazer sorrir, para estar ali quando precisar e quando não precisar também, porque cada gesto meu não me pertence mais, já que agora todos eles são voltados para você.
E aí também percebo que tudo o que vivi até hoje não foi uma vida solitária, mas um preparo pra te encontrar, porque nenhum encontro é por acaso ou em vão, e é assim que fico imaginando o novo primeiro encontro, tão especial, tão único e tão vivo.
Mas também acabo lembrando que aguardo o novo encontro, pra te olhar como da primeira vez, observar você de novo, conhecer você de novo, ouvir as mesmas histórias como se não as conhecesse, porque acabo deixando de lado toda a boa memória que tenho, pra tentar te fazer sorrir, pra prestar atenção em você e deixar que o meu tempo agora seja nosso, não importando mais o que eu tenha feito por e para mim, doando meu melhor, oferecendo ainda mais, só porque preciso dividir toda a minha felicidade, contar minhas histórias bobas e desejando que este momento não acabe jamais...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Referências da alma

Lembranças surgem quando algo torna a presença de outra pessoa viva, tão clara e cristalina, com uma vivacidade que apaga tudo ao redor, como se a única coisa que importasse é saber como aquela pessoa desfrutaria daquele instante, do sorriso que seria proporcionado, do brilho nos olhos que ofuscariam qualquer recordação que não fosse boa.
Mas na vida tudo ganha um brilho diferenciado, um toque angelical quando menos se espera, delicadamente trazendo àquele local quem não está fisicamente, proporcionando um sorriso meio sem jeito, até mesmo risadas que não são contidas porque vêm da alma, de forma pura, natural e até infantil.
Por isso cada momento que é agraciado desta forma traduz em emoções o que se deseja dividir, pois além de mostrar para ela que as mais singelas recordações são frutos dos sentimentos vindouros de certos encontros, há também aquele instante onde a única preocupação é fazer com que mais alguém esteja ali, ao lado, para desfrutar, compartilhar e escrever mais e mais páginas sobre um breve olhar, um sorriso, que independentemente da duração é eterno, perfeito e único.
Então o que acaba por fazer sentido não pode ser transportado fisicamente para outro lugar, para outra alma, é uma junção de momentos, alegrias, prazeres e razões infindáveis para desejar que nada acabe, e é assim que tudo o que muitas pessoas chamam de bobo passa a fazer sentido, porque é feito de coração, do fundo da alma, como um gesto simples que traz uma reação inesperada, verdadeira, que acaba acompanhada de sorrisos que se encontram sem querer acabar ou se separar, como deve ser cada história que jamais deve ser colocada como pequena diante das tristezas, como muitos fazem por medo de se apegarem ao que é maravilhoso...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ao buscar as estrelas...

As estrelas nem sempre estão visíveis, como se se escondessem em dados momentos para aguçar a curiosidade, deixar a mente viajar, recordar o que foi visto, passear por caminhos que antes pareciam indisponíveis ou que sequer eram imaginados.
Os céus acabam por trazer inúmeros presentes dia após dia, tentando mostrar que os caminhos escolhidos podem ter a companhia correta quando as atenções estão voltadas para o horizonte certo.
Mas o quotidiano nem sempre é visto com os mesmos olhos, as experiências vão moldando tudo o que se sente, o que se faz e o que se pretende fazer.
Então o que as estrelas acabam ensinando é mais profundo, assim como as pessoas que surgem, que se fixam em algum lugar dos céus que cada um leva consigo e transforma em um universo individual, onde todos os desenhos levam às memórias mais puras, mas felizes e que dão novas oportunidades de se escrever novamente com aquele brilho único e mágico que somente as estrelas mais brilhantes conseguem gravar nas histórias e almas que dia após dia procuram por aquele ponto que transforma e faz tudo ao redor sumir.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Escolher o melhor de si

Nem sempre é possível entregar toda a verdade, faltam palavras para expressar o que ocorre, não como forma de fingir algo, de esconder, mas por uma condição onde a mente flui rapidamente, não dando o devido tempo para que as palavras sejam escolhidas de maneira apropriada, fazendo com que o silêncio se transforme em um remédio.
Palavras são comuns no quotidiano de todos, escritas, faladas, ouvidas e intepretadas em suas mais variadas possibilidades, tons, momentos e razões, mas também são os vínculos que aproximam e afastam, que dão um rumo e podem mudar um caminho.
Por isso cada uma delas deve ser escolhida perfeitamente, não para esconder quem se é de verdade, mas para revelar o que se sente, gravar naquele momento uma memória que vai perdurar longos anos, quem sabe até o último instante.
Mas mesmo assim, dia após dia, as pessoas se esquecem de olhar para dentro de si, de fazer o que é correto, saindo em uma busca desenfreada pelos segundos que causam sorrisos e alegrias superficiais, quando no fundo podem escolher algo que perdure em pequenos gestos, ações que demonstram verdadeiramente a importância daquelas palavras escritas na memória e gravadas em lugares tão diversos quanto a mente pode imaginar.
Então cada dia não é mais uma página em branco, todo o histórico acompanha cada um, e tudo o que é verdadeiro provoca sensações diferentes, que vão preencher inúmeros dias, anos e até mesmo alcançam uma longevidade com a qual as pessoas não conseguem se acostumar, por simplesmente terem perdido a capacidade de ser quem realmente são...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Multiplicidade dos dias

Inúmeros são os dias em que tudo se resume a uma variável, como se todo o restante saísse do campo de visão, deixando mais vivo tudo o que é importante.
Agir como se nada estivesse ao redor pode parecer confuso, irracional e até mesmo impossível, mas o que muitos não levam em conta é o momento em que as coisas acontecem, a hora onde tudo desemboca em um único lugar.
Mas ainda assim cada dia parece se desenhar de forma diferente, com figuras que até pouco tempo atrás estariam representadas apenas no imaginário, ou até mesmo nas estrelas.
E com isso os brilhos tão distantes de cada estrela ficam próximos, como se todos os rumos apontassem para um caminho, com um ambiente perfeitamente decorado, tão simples quanto ideal, revelando que o que é construído ganha formas e vida assim que todas as sementes são devidamente acomodadas no local apropriado...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Inseparavelmente constante

O cruzar dos caminhos traz surpresas que não devem ser medidas de forma comum, desleixada, como se os níveis fossem sempre os mesmos, pois todas as experiências são resultantes de escolhas feitas há muito tempo, quando o que as pessoas chamam de destino já havia deixado o tempo em um estado puro e único, tão simultâneo que passado, presente e futuro viram apenas referências do que cada um guarda dentro de si e mostra ao demais.
Mudanças são constantes absolutas da vida, tão presentes que passam despercebidas em dado instante, pois não estão ao alcance dos olhos, e quando as pessoas se deparam com o que ficou diferente há um deslumbre, um encantamento que faz quase tudo sumir, sair do foco por momentos que, invariavelmente, perduram e se eternizam diariamente.
Mas nem sempre as pessoas percebem que todo o caminho trilhado trouxe aprendizados, realizações e a oportunidade de doar o seu melhor, fazendo valer cada segundo compartilhado, cada memória que retorna tão rapidamente ao agora que os mais diversos sentimentos passam a povoar a mente de novo, deixando a tal história de dividir tudo em passado, presente e futuro de lado...

domingo, 27 de novembro de 2011

Decisões e trajetos

O tratamento dispensado aos demais sempre retorna, como um ciclo que apenas mostra o quanto de cada ação pode fazer valer a pena ter agido daquela forma ou como a cobrança virá em breve, deixando dúvidas quando a percepção das ações e decisões tomadas é apurada, vivenciada e trazida consigo com o passar dos anos.
Tudo o que é feito sempre traz um retorno, partindo e retornando conforme os ventos permitem, mostrando o que cada um constrói ao longo dos dias, como age, como demonstra ao mundo quem verdadeiramente é, mas mesmo assim sujeito às melhorias que o tempo permite.
Só que muitas pessoas tendem a acreditar que as pessoas mudam, quando na verdade elas melhoram ou pioram, tomando para si decisões que alteram trajetos, mas não a essência, como se o fato de acordar de repente fizesse sentido, permitindo se desconectar do ambiente e ao mesmo tempo absorvê-lo de tal forma que as ações ruins já não fossem mais interessante...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um amanhã único

Ciclos são comuns na vida, parte do processo de aprendizado, de se aceitar as histórias vividas, poder se aproximar mais de quem se é, além de compreender melhor a alma dos demais, como fruto de uma semente plantada há muito, em um terreno que foi regado com cada uma das ações e experiências, transformando rotinas, criando novas vias e abrindo novas portas onde parecia não haver nada.
Dias não se repetem, não trazem situações iguais, mas permitem que o aprendizado anterior seja usado com sabedoria hoje, mudando o amanhã ainda no presente, com ações que abrem caminhos para o recebimento do que é melhor.
Mas as pessoas tendem a não entender como algumas situações serão benéficas, e talvez não sejam, ainda mais quando falta algo, tornando o passo seguinte mais demorado, arrastado e pesado.
Por esta razão fica evidente que aprender não é apenas a questão de absorver algo, mas de transformar aquela experiência em algo maior, tão único que os sonhos são libertados, as ações passam a ser expostas com o coração, sentindo, pulsando e apontando para um horizonte onde o melhor não está apenas aguardando, mas já envolve o caminho e dá a chance de parar, refletir e levar consigo muito mais do que imagens...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nas gotas da chuva

Sob as gotas da chuva muita coisa desaparece, como que livrando a alma de certos pesares, deixando acontecimentos para trás, preparando o terreno para receber novas sementes, que ao germinarem, mostram que certos acontecimentos só ficam na vida enquanto cada um se permite viver naquele momento.
Abandonar certas ideias não é um fato comum na vida de todos, pois as pessoas se apegam demais àquilo que chega à vida, fazendo com que tudo ao redor não pareça mais real, criando uma realidade um pouco alternativa, onde a suposição da perfeição parece encobrir o que realmente acontece.
Então os dias em que as gotas de chuva caem tudo ganha um novo ângulo, não importando mais o presente, pois toda a trajetória de cada pessoa é avivada, como se a chuva retirasse a poeira que o tempo trouxe, que turvou as janelas e solidificou a alma.
Mas o que é mais interessante mesmo é a falta de capacidade em se adaptar, em fazer de cada dia único e escrever a história pelas próprias mãos, como se as pessoas fossem perdendo o que na infância foi tão presente e verdadeiro.
Com isso a chuva também perde a graça, pois assim que as primeiras gotas caem todos procuram um abrigo, tentando fugir, escapar da oportunidade de limpar e reavivar a alma, para que os dias seguintes não sejam mais compostos por campos infinitos de poeira e pedras...

domingo, 20 de novembro de 2011

A riqueza das dúvidas

Os momentos mais ricos são levados por muitos anos em memórias que apontam o quanto foi interessante estar ali presente, naquele instante, com quem tudo sempre parece melhor, único e acaba por revelar que as ações vão além das individualidades com que são tratadas em momentos aleatórios.
Só que isso vai tomando uma forma diferenciada, e por isso é única, fortalecendo o que é construído pouco a pouco, apontando para a direção correta e trazendo dúvidas que viram referências na busca pelas respostas certas.
Mas as respostas podem não ser encaradas como certas ou erradas, tudo acaba sendo reflexo das ações, das decisões tomadas há muito tempo, do modo como cada um lida consigo próprio, dos momentos em que o máximo foi feito para se perder aquele instante mágico.
Só que dia após dias todos acabam tomando decisões de forma rápida, como se tentassem se livrar das dúvidas, esquecendo-se de olhar para o lado e refletir mais um pouco, deixando de dar valor ao que realmente importa, evitando as alegrias, cortando as próprias asas por causa de experiências anteriores, até o ponto em que não é mais possível fazer sorrir quem tanto somou...

sábado, 19 de novembro de 2011

Entre os inúmeros dias

Dias repletos de momentos maravilhosos podem parecer não se repetir durante a vida, como se as pessoas não fossem capazes de suportar ou lidar com aqueles instantes onde nada mais é percebido, o foco ganha uma única direção e faz tudo ao redor desaparecer.
Assim são os dias em que a perfeição acompanha cada um, estando presente em uma pessoa que, pela simples presença, torna tudo inesquecível, gravado na memória de tal jeito que nada mais é classificado como impossível.
Isso também permite que cada segundo de felicidade seja compartilhado, apontando para um horizonte onde cada passo dado marca as histórias unidas, assim como permite que inúmeras experiências sejam divididas.
Ainda assim tudo parece insuficiente, como se o tempo estivesse correndo contra o que de melhor acontece, só que ainda assim tudo ao redor para, some e só retorna quando aquela presença parte.
Nesse instante é possível perceber que as distâncias criadas pelas pessoas já não fazem mais sentido, as experiências passam a fazer parte do sangue, do imaginário e da infinita espera.
Então o tal tempo infinito se acaba, outras experiências são compartilhadas e tudo volta ao que era, mas ainda melhor, mais vivo e tão presente que os intervalos já não são mais obstáculos, pois servem como um motivo a mais para preparar corpo e alma, doando o melhor àquela pessoa que não pode receber nada além do melhor...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Além do passar dos dias

Cada um escolhe o que vai receber, tomando decisões em momentos onde o futuro parece longe demais para chegar, trazendo a certeza de que aquele ato não influenciará os passos seguintes, como se fosse possível isolar um momento, colocar pontos finais em outros e se esquecer do que foi vivido, talvez para se proteger, talvez por não ter coragem suficiente para olhar mais adiante e constatar que cada passo é válido, além de ser surpreendentemente inspirador.
Dia após dia as decisões parecem dominar as ações, os gestos, como se todos estivessem presos a um trilho imaginário, sem possibilidade de fugir ou de mudar o rumo, chegando ao ponto em que as escolhas são tomadas como erros, desvalorizando as maiores e melhores experiências, e fazendo do futuro um universo incerto, pela simples incapacidade de entender realmente o que já foi construído até aqui.
Mas as pessoas são assim, não todas, mas certamente todas passam por dias em que o incerto é que há de mais certo, julgando ações como certas e erradas, tentando moldar o mundo ao seu bel prazer, para chegar ao final da vida e se arrepender.
Por essa razão é que cada história acaba entrelaçada com inúmeras outras, para que o aprendizado traga novos ares às mentes que vão ficando empoeiradas com o tempo, pelo simples fato de já terem sido deixadas em um canto, enquanto os dias passam e o melhor é banido da vida...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sob a proteção das asas

Por muitas vezes as pessoas acabam protegidas por alguém que lhes traz novas asas, que permite que novos sonhos e histórias sejam criadas, não colocando mais o ponto final como objetivo comum.
Raramente as pessoas se dão conta do que deixam de ganhar ao longo da vida ao doarem o seu melhor, o que há de mais puro e singelo, apenas por terem perdido a capacidade de voar quando crianças.
Isso acontece pela pressa em amadurecer, em crescer e deixar para trás inúmeras alegrias sem saber ao certo o que virá, mas que parece atrair cada vez mais a atenção e vira um destindo.
Sabe-se então que o passar dos anos pode aproximar cada vez mais as pessoas da essência de criança ou torná-las diferentes, sem memórias suficientes para sonhar e realmente viver.
Com esta ação que aproxima também fica evidente que toda a proteção recebida surte um efeito melhor, coloca tudo dentro de um caminho onde cada segundo se torna inesquecível.
Indo além é possível olhar para trás, reencontrar as histórias que tanto marcaram e deram inúmeros inícios às outras histórias dos demais que são parte do que cada um chama de vida e tenta tratar de maneira individual, sem conseguir separar-se dos demais em momento algum.
Lançando então a mente em um mergulho nas memórias todos acabam descobrindo que há algo maior, uma história melhor para ser escrita e que mantém o mesmo ritmo desde o dia em que se nasce.
Assim são formados os dias, com as pessoas sendo protegidas e protegendo as demais ao mesmo tempo, recordando o tempo em que as asas da infância deixavam os sonhos povoar a mente e fazer com que estas asas não se escondam novamente...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Distinções, nuances e experiências divididas

Comparar pessoas é um hábito tão enraizado que chega a ser tratado como comum, tão corriqueiro quanto respirar ou pensar, mas no fundo é uma forma de tentar igualar o que é diferente, colocando as experiências e histórias de vida sob as mesmas palavras, sob um olhar que não se permite enxergar as nuances que tornam as trocas mais interessantes, que dão novas cores à vida e permitem que dia após dia cada um tenha a oportunidade de se tornar alguém melhor.
Certas manias são trazidas de tempos que não estão mais tão claros na memória, por isso muitos acabam se habituando a tratar todos da mesma forma, como se as pessoas fossem peças fabricadas e sem histórias a contar.
Mas mesmo assim é possível encontrar aqueles que encontram tempo suficiente para olhar para os demais como seres únicos, que agregam experiências, trocam histórias e encontram sonhos que ainda serão alcançados.
Então leves diferenças que marcam histórias são encontradas, transformadas em memórias que dão novos rumos às escolhas que para muitos pareciam desencontradas, mas que sob o olhar de muitos poucos ainda se revelam as melhores escolhas, principalmente quando os frutos colhidos não são mais tão iguais aos que o hábito tentou moldar...

domingo, 13 de novembro de 2011

Tão presente no passado

Tudo o que desaparece de repente fica mais vivo com o passar dos dias, como se o mero deixar de existir não fosse suficiente para suprimir aquela presença, tornando cada situação complexa e delimitada em um raio que os olhos não alcançam, deixando incertezas vivas demais quando no fundo apenas o que já é certo parece ser procurado com muito mais afinco.
Lembranças sempre acabam trazendo o que não existe mais, um momento gravado em memórias profundas que se alinham de tempos em tempos para mostrar que muitas respostas ainda não foram encontradas, que há muito mais a se descobrir ou que os pontos finais não foram suficientemente aplicados naquela hora.
Então todo o desenrolar das situações acaba ganhando um peso maior, que vai, pouco a pouco, sobrecarregando os dias, como se não fosse mais possível deixar a história seguir um outro curso, percorrendo um caminho diferente, com outras possibilidades e até mesmo paisagens distintas.
Mas tudo o que já foi devidamente gravado não some tão facilmente quanto desejado, talvez por ser uma forma de defender o que foi escrito, talvez por uma teimosia que não é assumida no primeiro instante.
E aí cada novo passo em uma direção diferente é mais demorado, como se tudo se arrastasse e trouxesse novamente ao presente o que deve ficar em um passado distante, e no mesmo momento ainda é possível de se perceber que todo o futuro a ser construído também já faz parte de um lugar no passado, mesmo sem ter acontecido.

sábado, 12 de novembro de 2011

Incompreensões e comparações de histórias

Nem tudo dura o suficiente, parecendo sempre querer mais tempo para ser aproveitado, para durar e trazer novas percepções, novos detalhes que desenham histórias iniciadas para não ter fim, para passar a sensação de imortalidade e fazer com que cada preocupação desapareça, que saia da mente por alguns instantes e se torne parte da história ligada às pequenas peças de todo o quebra-cabeças.
O fato de perder algo de repente torna a mensuração das histórias proibida, ancorando todo o desenrolar das páginas, como se apagasse as linhas aos poucos, ou sequer as deixe aparcer, tentando colocar um ponto final em tudo o que foi feito até ali.
Então os dias são transformados em páginas que pouco a pouco são preenchidas, ganhando marcas, traços e memórias que dão a cada um a oportunidade de ser quem são, de estarem no lugar em que se colocam e ainda assim mostrando que, por inúmeras vezes, o que de melhor acontece não é reverenciado corretamente.
Por isso os dias ficam cada vez mais curtos, tentando sugar o melhor e deixá-lo sob os tapetes, dando ênfase àquilo que traz dificuldades, que coloca as pedras no percurso e gera um desconforto muito maior.
Mas o mais interessante mesmo é a capacidade com que, dia após dia, todos deixam de aproveitar o que de melhor acontece, o dividir de alegrias e até mesmo o compartilhar de uma presença, que mesmo sem dizer uma palavra já é o bastante para tornar aquele simples encontro parte do que futuramente muitos tratarão como um passado distante por se deixarem levar e não perceber que a cada dia vão apagando suas próprias histórias e lembranças por puro e simples medo de repetir os atos e gestos que trouxeram as maiores alegrias...

domingo, 6 de novembro de 2011

Atemporal

Muitos acham que o tempo acaba ajustando tudo, fazendo a parte que lhe cabe e deixando cada coisa da forma como deve ser, sem ao menos entender que cada ação, e decisão, tomada durante o tal tempo é que determinam o desfecho das histórias, as continuidades e memórias.
Fazer com que tudo dê certo é uma responsabilidade que recai sobre cada um, que mostra a maneira como a história já vivida traça um percurso onde sempre há mais a se criar, com que pessoas aproveitar o tempo, mesmo que muitos achem que gastam tempo com pessoas.
Só que a questão do tempo sempre vai apontar para a relatividade, e os melhores momentos sempre serão percebidos como curtos, só que quando somados passam a ser a maioria do tempo da vida, só que todo capricham para não perceber, dando mais ênfase àquilo que não funcionou.
Então os dias podem ser tão grandes quanto as alegrias que podem ser compartilhadas, e estas alegrias acabam inclusas em gestos que por muitas vezes são considerados pequenos, e por isso exigem tanto esforço, dado que a natureza humana sempre prefere complicar as coisas, e se esquece de fazer o que realmente é importante.
Mas sempre há tempo para aprender, para dividir um capítulo de uma história com outras pessoas e tornar aqueles breves instantes, que podem durar horas, dias, anos e décadas, tão memoráveis que as tristezas ficam de lado, como se não existissem, apenas para provar que a melhor companhia é sempre aquela que está ao lado na chamada hora certa, e todas as horas são certas...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mudanças repentinas

De repente algo some, deixa de existir, como se jamais estivesse presente onde foi avistado recentemente, criando uma nuvem de ideias e pensamentos desencontrados, que passam por milhares de opções e desembocam em um final desejado ali mesmo.
É interessante notar que muitas coisas da vida parecem tão comuns que quando somem ganham um valor inestimável, colocando incertezas em uma mente que já havia desenhado toda uma história sem a necessidade de corrigir ou apagar algo.
E então um fator repentino cria um abismo que parece infinito, que leva todas as memórias, que deixa tudo tão amplo quando mínimo, mesmo sendo duas oposições que acabam se encontrando e não chegam a um equilíbrio naquele instante.
Mas o tempo acaba passando, inúmeros momentos surgem, só que não conseguem encobrir a história construída anteriormente, fazendo com que uma mudança na forma de avaliar tudo seja trazida à tona, como forma de tentar reconstruir novas ações e outros caminhos...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Livres como as árvores

Para muitos a liberdade está associada a não ter laços, ser completamente desconectado, como se isso fosse posssível, sem avaliar que a cada dia todos acabam presos às próprias ideias, aos desejos e a tudo o que é feito para si e para os demais.
As pessoas tendem a acreditar que podem ser livres, esquecendo-se de suas raízes, do mais íntimo dos desejos, dos sonhos, das experiências vividas, do que as colocou ao lado de outras em dado momento, tentando fugir de quem se é na maior parte do tempo, e tornando-se cada vez mais parecidas com as árvores.
Então a liberdade não é o estar solto integralmente, fato que pode parecer alcançável, só que sempre haverá algo para conectar cada um com alguma coisa, mesmo que seja pequena, praticamente invisível e que dê alguma referência para seguir em frente.
Só que as pessoas parecem teimar em se libertarem, prendendo-se cada vez mais àquilo que são em suas essências, no coração de tudo, assim como na dependência dos demais para existir, tanto em lembranças quanto fisicamente.
E é desta maneira que tudo o que não faz sentido passa a se encaixar, como peças de um quebra-cabeças que dia após dia é construído, e que liga cada pessoa à própria alma, às ideias e ao que suas ações determinam, assim como as árvores que se curvam com o vento e mostram que a flexibilidade é a maior liberdade que pode existir...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pedaços...

Quando as pessoas percebem que cada experiência vivida torna tudo mais equilibrado há um etendimento maior das ações que tornam cada segundo tão único e ao mesmo tempo comum.
Mas mesmo assim cada gesto ganha uma dimensão diferente quando as análises teimam em medir tudo, tentando fazer com que as pessoas se tornem pedaços unidos de recordações que não devem ser estilhaçadas.

domingo, 30 de outubro de 2011

Memórias conectadas

Muitas coisas importantes saem do dia a dia das pessoas, como que para serem preservadas em um lugar aonde ninguém mais terá acesso, como um jeito de tornar cada palavra tão única que sequer pode ser trazida ao presente de maneira simples e natural, conectando diretamente cada uma das memórias e experiências e ainda assim permanecendo em um estado tão puro e único que fica difícil transformar em palavras e frases para os demais.
Poder entender o tamanho de cada acontecimento parece uma tarefa difícil e complexa, devido à natureza humana, às inúmeras vias conectadas e aos resultados obtidos.
Mas o que realmente pode fazer a diferença não é a forma como tudo é exposto, mas como são guardadas as lembranças, com quem são compartilhadas e ligadas ao que há de mais íntimo.
Talvez por isso seja necessário observar com mais cuidado tudo o que acontece, as reações, as ações e como elas impactam em momentos preciosos que geram memórias de um passado deste presente em algum momento do futuro, de maneira tão simultânea e ao mesmo instante temporal.
Mas estas classificações acabam por delinear as perspectivas da vida, o que cada dia traz e o que guarda, sendo uma via de mão dupla em que poucos se atentam às paisagens e ao que podem dividir com mais alguém.
Por isso existem dias que são guardados pela eternidade, tão únicos como os demais e mesmo assim especiais o suficiente para ganharem marcas distintas, com a finalidade de mostrar o quanto se pode fazer e quais são os frutos resultantes.
Ainda assim cada dia vai se desenhando continuamente, como uma história que não tem final previsto, e que tem um ponto final abreviado pelas lembranças e memórias de ontem...

sábado, 29 de outubro de 2011

Diferentes

Cada um dos gestos é tratado de forma diferente, o que para alguns são pequenos para outros são os mais puros e raros lampejos de humanidade que ainda saltam aos olhos quando demonstrados.
É comum encontrar momentos em que certas expressões parecem fora do contexto, que trazem ao mundo ações que fogem do comum, que vão apenas revelar que sempre há mais a se oferecer aos demais do que uma mera presença física.
Só que isto acaba saindo do chamado padrão, como uma desordem ou uma falha no sistema, incompreensível para muitos e encantadora para poucos, tirando dos trilhos o que jamais deveria ter sido colocado ali.
Por esta razão é que as surpresas da vida ficam reservadas aos pequenos instantes em que tudo o que existe é puro e sai do fundo da alma, e que, quando conservado e praticado, dia após dia, torna possível dar um breve instante de luz aos dias mais sombrios de quem já perdeu a capacidade de ser humano na prática...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Percursos e escolhas

Tudo o que aproxima também distancia e faz com que a reflexão diária seja ainda maior, mas quantos momentos são dedicados a enteder realmente que sempre há uma única escolha a ser feita, ponto que raramente é tido como real pela maneira como as pessoas lidam com suas escolhas e tendem a querer tudo no momento em que desejam.
Por mais que existam inúmeras escolhas na vida é necessário conviver sempre com dois lados onde as bifurcações são definitivas, que levam as mentes aos lugares mais improváveis e mostram que cada curva feita demarca um pedaço de um território mais amplo e vivido.
Só que mesmo assim tudo pode trazer certas dúvidas, como que colocando as escolhas em níveis que se tornam opostos, mas que, quando equilibrados, se tornam passíveis de posse compartilhada, tornando as histórias mais interessantes.
E com isso há um longo trajeto a ser percorrido, tornando mais palpável cada capítulo escrito, cada palavra gravada, tendo como pano de fundo as memórias que alimentam o dia a dia e dão ao presente uma particularidade única, assim como as escolhas que cada um fez para alcançar o hoje.
Mas também existem aqueles que deixarão de lado muitas coisas, pois não acham que fazem as escolhas certas, e se enganam ao imaginarem que se tivessem escolhido a outra opção não teriam a mesma incerteza, e tudo na vida é assim, como um grande percurso que deixa inúmeras possibilidades e torna o passado tão presente que define o futuro.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Entre ser e estar...

Ser e estar são percepções diferenciadas de situações que podem trazer os reflexos do que existe dentro de cada um, a personalidade mais pura e verdadeira, ou então o que os demais enxergam nos outros, pois é natural perceber que as similaridades aproximam e também parecem afastar quando há um julgamento de que aquela característica não é mais interessante e passível de ser uma referência positiva.
Os passos que são dados diariamente podem mostrar o quanto é possível aprender, a olhar para tudo o que já foi feito e o que foi alterado com o passar dos anos, como forma de adaptação ou de negação daquilo que parece não servir mais para o presente.
Só que as pessoas não notam que tudo o que é vivenciado faz parte da vida de tal forma que fica praticamente impossível retirar, é como arrancar um pedaço de si, apagar quem se é ou até mesmo anular o que trouxe cada um até aqui, que moldou o ser para então estar.
Mas isto também só reforça que o ser e o estar caminham lado a lado, e entre os dois há uma linha tênue que some rapidamente quando a análise parte de outra pessoa, que leva uma percepção diferente às demais pessoas e então passa a associar ideias que nem sempre formam o devido julgamento.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Escolhas e possibilidades

Ficar ancorado pode parecer mais seguro em determinadas épocas da vida, como se nada mais pudesse ser feito, gerando um conforto com o qual as pessoas se acostumam e não querem mais abandonar, como se as escolhas a serem feitas já estivessem presas aos trilhos e então só sobrasse uma única via.
E é interessante ver como as pessoas acabam preferindo as âncoras do que as asas, tentando evitar riscos, prendendo a si próprias em casulos que não se abrem, como se tentassem se proteger delas mesmas.
Também é difícil entender como foi possível chegar neste nível, como cada ação levou à perda da percepção de que há muito mais a ser feito, das grandes realizações e da possibilidade de sair em busca de algo maior.
Talvez por isso seja necessário olhar para trás, lembrar de como as âncoras não existiam e chegar à conclusão de que os responsáveis não habitam outro corpo, já que cada um acaba delineando suas ações conforme vai se libertando.
Mas ainda assim as pessoas acabam perdendo aquele toque diferenciado, algo que as crianças sempre usam, e que acaba bloqueado por aqueles que se esqueceram de viver...

domingo, 23 de outubro de 2011

Especialmente comum...

Sair do comum parece estranho demais para muitas pessoas, que sequer enxergam que o comum não é algo que coloca a todos dentro de um mesmo pacote, fazendo com que todos sejam únicos, diferentes demais para serem percebidos como iguais, do mesmo modo que, desta maneira, acabam tendo uma similaridade, que até parece contraditória, mas é assim que todos acabam mais próximos, através de detalhes não percebidos, de nuances que viabilizam muito mais do que meras reações, fugindo da lógica do dia a dia, formando laços que tornam tudo mais simples, mais suave e de fácil paladar.
Mas também é possível ver que as ligeiras diferenças é que dão graça às coisas, que tornam as pessoas tão únicas e hábeis quanto se permitem...
Por isso mesmo é estranho, e até engraçado, ver como muitas pessoas tentam lidar com todos da mesma maneira, com as mesmas palavras e o mesmo tempo, criando limites para tudo, perdendo a oportunidade de contarem com um relacionamento verdadeiro, sincero e que faz o tempo parar, até mesmo voltar e escapar por entre os dedos, para então ficarem as lembranças, os momentos únicos divididos e cada gesto dedicado especialmente àquela pessoa que esteve ao lado, independentemente do tempo disponível...