segunda-feira, 25 de maio de 2015

A cada história que se encontra

O encontro de histórias faz com que as linhas que tecem o viver formem laços que nos permitem ter e ser companhia em alguns trajetos percorridos, mas também é necessário compreender que as lembranças ali gravadas vão unindo as histórias que nos trazem até o presente vislumbrando o futuro...
Por mais que as histórias pareçam distantes é interessante notar como as similaridades vão desenhando diariamente o que nos faz aproveitar mais o que ainda estamos escrevendo, como vamos fazendo destes encontros um novo horizonte e quanto passamos a compartilhar, mesmo em breves percursos...
Só que na vida cada linha conta com um repertório infindável de conexões, como se pudéssemos ter vivenciado as experiências de outras histórias, da mesma forma com que também não as vivenciamos...
E é a partir destas uniões que vamos nos conectando mais profundamente, é ali que deixamos nossas histórias se fundirem, talvez até confundirem, com aquilo que já temos gravado e deixamos formar as páginas que diariamente escrevemos...
Mas ainda assim é possível olhar para muitas histórias que vão nos mostrar certos pontos finais que se transformam em mudanças de direção, em afastamentos de certos caminhos, nas escolhas que dão às histórias a liberdade para serem escritas por outras mãos, mentes e almas...
Talvez por isso muitos não entendam prontamente como as histórias tecidas podem ter finais, quando no dia a dia há um infinito a se explorar, novas histórias para conectar e fazer das novas lembranças mais do que meros arquivos de experiências, trazendo para os futuros presentes não uma luz de um passado, mas a história que nos deixa chegar até aqui e faz valer cada um dos laços de quem resolveu dar um pouco de si e receber em troca um pouco de cada um de nós em cada encontro...

segunda-feira, 11 de maio de 2015

No florescer da felicidade

A felicidade floresce apenas àqueles que sabem lidar com suas sementes, cultivando-as de maneira a desfrutar de sua presença por momentos tão ínfimos e perpétuos que se tornam lembranças de momentos em que parecemos estar longe do que nos aflige...
Mas o que representa cada instante de felicidade é fruto direto do que carregamos conosco para alimentar os dias, são revelações diretas de quem somos e como distribuímos o que há de melhor sem querer nada de volta, do mesmo jeito com que os rios alcançam os mares para depois se transformar em nuvens que escondem lágrimas através das gotas da chuva...
Só que mesmo assim temos que entender que os ciclos são necessários e vão nos formando durante o viver, trazendo-nos sempre as histórias de quem nos acompanha por breves trajetos e tecendo os jardins que podem ser cultivados...
Ainda assim é possível encontrar dias em que as sementes parecem não germinar mais, do mesmo jeito com que podemos nos esquecer de que as felicidades são plurais como estrelas que apontam os rumos que devemos tomar e como podemos enfeitar inúmeros céus alheios que talvez estejam escondidos atrás das nuvens...
E também vamos compreendendo que das muitas felicidades da vida são trilhados caminhos que nos oferecem aprendizados, talvez por isso muitos encarem o aprender como algo intransponível, pois em certos momentos há uma tendência em se achar que o outro pode ser mais feliz, só que a felicidade faz com que os laços que formamos sejam duradouros nas vidas tecidas em momentos que podem nos ensinar o que nem sempre entendemos no mesmo instante...
Talvez por isso os solos cultivados para a felicidade sejam tão escassos na vida de muitos, pois há uma preocupação excessiva com o que nos cerca e não nos é ideal...
E assim vamos olhando para trás e descobrindo que a felicidade é múltipla e única, tão abrangente quanto pontual, feita das linhas que preenchemos dia após dia e vindas de um passado que nos revela o futuro através dos presentes que temos a oferecer a nós e aos demais em ações e memórias que surgem quando cada um encontra novamente a felicidade...