quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Caminhos e lições que se compartilham

Nenhum caminho é percorrido sem trazer lições, dando-nos aprendizados que vão pouco a pouco se somando com tudo o que já trazemos conosco, mas sem que tenhamos que parar no tempo, pois ao continuarmos a jornada teremos a chance de olhar para nossas histórias sem precisar encontrar novamente os mesmos acontecimentos.
Quando descobrimos que todos os caminhos já percorridos nos trazem ao presente é possível entender que todas as lições já absorvidas vão nos levar a locais que terão como destino a realização dos sonhos que nos permitem aprender, do mesmo modo com que a cada nova lição temos novas linhas a preencher e fazer com que perguntas e respostas se encontrem...
Mas mesmo assim tudo o que nos faz seguir adiante é pontuado por experiências que nos tornam melhores ou não, dependendo sempre do uso que daremos ao que nos foi passado, e que também é produtor dos frutos que distribuiremos ao longo de nossas caminhas àqueles com quem nos encontrarmos...
Só que também é necessário ir além da mera troca, é preciso que a vida vivida seja maior do que encontros que viabilizam as trocas, onde nada ocorre sem uma contrapartida, deixando evidente que desta forma tudo o que distribuímos é compensado pelo que recebemos de alguém, algo que reduz o significado dos gestos e traz inúmeros pontos finais aos nossos dias através de laços que se rompem facilmente...
E indo pelos nossos caminhos podemos aprender que na maioria das vezes o que distribuímos faz a diferença para alguém, e que o receptor dá ao que lhe é entregue o destino que já o habita, mesmo que isto não seja tão claro em um primeiro momento.
A partir daí começamos a deixar nossos caminhos melhores, vamos deixando para trás o que nos impede de seguir adiante, preferindo acolher as lições que nos foram oferecidas ao invés de renegá-las a um mero ponto que demarca a vida, encontrando ali um motivo maior para deixar que em nossas essências habitem aprendizados dignos de compartilhamento, não porque estamos escondendo algo, mas porque aprendemos a oferecer o nosso melhor...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Nos pequenos gestos

Dos pequenos gestos surgem as maiores experiências de vida, mas não devemos nos esquecer de que cada instante é fruto de uma conjunção de frações que se somam para formar um todo que nos torna vivos, abrindo caminho para que os menores passos também nos deixem percorrer as maiores distâncias, ao mesmo tempo em que conseguimos desfrutar da vida em cada um de seus detalhes...
Lições são grandes caminhos percorridos através de partículas que vão formando nossa essência, que nos mostram outros ventos a aproveitar durante as navegações que nos permitem encontrar portos seguros que estendem suas raízes até nossas almas com a finalidade de mostrar que os laços que trazemos vão, pouco a pouco, crescendo e mantendo o que é verdadeiro.
Mas além disso é preciso saber que cada um dos gestos da vida vão formando vitrais que contam nossas histórias continuamente, deixando as linhas que se formam por entre os pedaços apontar para quem faz parte de nossa vida, deixando ali um caminho que tem como princípio o encontro das "pequenas" felicidades que dão aos sonhos suas maiores dimensões...
E feito isso é possível redescobrir que nas linhas que separam os pedaços que vão compondo os nossos vitrais existem as conexões vitais para que tenhamos mais histórias a contar, dando-nos a chance de revisitar as lembranças que apontam para as páginas repletas de marcas que nos tornam reconhecíveis e vivos...
Só que somente isto não é suficiente para que muitos dos gestos taxados de pequenos tenham seu devido valor, pois sempre há quem não consiga encontrar seu caminho à felicidade e então prefere minimizar os feitos dos demais...
E nesta hora muitas das histórias ganham marcas que não lhes deviam pertencer, como cicatrizes que interrompem conquistas e demarcam territórios que não serão visitados novamente, apagando o futuro ao fazer com que um presente seja aprisionado em um passado ofuscado...
Mas mesmo assim muitas histórias foram constituídas por instantes que se agigantaram no decorrer dos anos, tendo em sua fonte a nossa essência de aprendiz que consegue distribuir lições para que mais alguém encontre as tais "pequenas" felicidades ao realizar os sonhos mais simples que nos dão a certeza de que cada caminho é feito ao caminhar...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A cada novo limite

Toda vida é permeada por limites que se transformam nos caminhos que percorremos com um passo por vez, do mesmo jeito que vamos observando os horizontes que, dentro dos seus limites, escondem de nossos olhos o que virá pela frente e mesmo assim nos faz ver que todas as jornadas que trilhamos durante a vida são conectadas por cada um dos limites que nos permitem estar aqui.
Mas quando temos a exata noção de que os limites sempre nos permitem fazer escolhas tudo parece crescer, do mesmo jeito que as árvores vão multiplicando suas raízes e galhos conforme se alimentam do daquilo que lhes é vital, assim como nós mesmo...
Só que para muitos é difícil compreender os limites quando eles se dizem livres, mas não é possível separar nossas essências de quem somos, então ficamos limitados a sempre partir de um ponto, de uma outra história que foi construída por nossos pais, assim como isto lhes ocorreu e nos mostra que futuramente nós seremos o ponto de partida para algo maior.
E mesmo assim alguns insistem em se dizer livres, mas vivem presos ao que lhes é essencial, só que não o percebem desta forma por tentarem fugir de quem são a cada fração de tempo, perdendo-se em meio às supostas liberdades que escravizam por não serem devidamente desfrutadas e usufruídas, tornando-se um vício que aprisiona quem se diz livre.
Mas isto é apenas uma parte dos limites com os quais todos lidam, também é necessário observar que são as limitações que também nos deixam livres, tão livres que por vezes nos esquecemos das prisões que carregamos conosco e nem são notadas tão facilmente, de tão habituados que estamos com o que sempre nos torna reconhecíveis e parte de um mundo que diariamente construímos, tanto individualmente quanto em conjunto...
Talvez estas percepções também nos permitam notar que por inúmeras vezes as palavras que nos fogem são advindas dos limites que nos cercam e nos tornam vivos, tornando-nos eternos aprendizes se conseguirmos entender que as maiores lições não vivem tão livres como muitos imaginam, mas estão sempre conectadas com quem somos e como lidamos com cada uma de nossas ações que sempre nos levam a tocar o que já foi apenas um limite de um horizonte que nos reservou sonhos a conquistar...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O perceber dos tamanhos da vida

A vida é formada dos mais diversos tamanhos, de acontecimentos que servem de paisagem para os caminhos que escolhemos trilhar, mas que também vão nos levar a quem pode nos acompanhar porque prefere fazê-lo sem criar exigências que acorrentam as almas e tornam as jornadas repletas de pontos finais...
O viver faz com que tenhamos a oportunidade de aprender continuamente e ao mesmo tempo permite que cada uma das lições que caminham conosco sejam distribuídas como sementes que serão acolhidas nos terrenos mais férteis.
Mas nem sempre os dias parecem nos apresentar tudo claramente, então é preciso que aqueles trechos se estendam mais, do mesmo modo com que se conectam com partes de nossas histórias que por vezes tratamos como um passado tão distante que já não nos lembrávamos mais, só que este passado nos permite estar aqui e ter o que recordar...
E com isso tomamos para nós muitas responsabilidades, e vamos compartilhando-as com quem deixa seus passos acompanhar os nossos em certos momentos, do mesmo jeito com que carregamos em nós um pouco de quem por nossa vida passa e também leva muito daquilo que nós oferecemos para fazer com que sorrisos brotem e permitam que a alma seja preenchida com novos sonhos...
Por isso mesmo é que os tamanhos vão delineando os momentos da vida, muitos deles parecem longos, só que o passar dos anos nos mostra que as dimensões agigantadas são reflexo das experiências e suas intensidades, não deixando que algumas medidas definam quem ou o que é importante, mas abre caminho para que nossas almas sejam receptivas às sementes que poderemos distribuir quando ao nosso lado estiver quem também sabe sonhar...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Os laços dos instantes e memórias

Existem instantes que se perpetuam nas memórias que vão delineando as linhas que se transformam em páginas que representam nossas histórias com o passar dos anos, revelando que todas as recordações ficam conectadas ao presente enquanto buscamos o futuro.
Seguir adiante é trazer consigo o passado que se fundamenta através dos laços que ligam os acontecimentos enquanto nos direcionamos aos horizontes que solidificam a história de nossa vida.
Mas além disso é possível reencontrar nas memórias os instantes em que as percepções de tempo foram alteradas, trazendo imagens que nos fazem voltar no tempo e comprovar que certos laços não deixam de existir, mas se transformam em algum momento...
E isto vai descrevendo em cada página as recordações que se tornam mais presentes quando buscamos as lições que vão nos colocar em outros caminhos, que nos oferecem outras chances através de outras localidades, que se assemelham às escolhas diárias que confirmam o que é vital às essências de cada um...
Por isso os dias sempre são descritos de forma distinta, mesmo que pareçam apresentar certos objetos iguais, mas que no fundo nos dão a noção exata do que é o reconhecimento dos ambientes que ao longo dos anos nos deixa sentir que naquele local existe um pouco de nós...
Mas não é só isso que emoldura nossas ações, tampouco faz da vida uma prisão em que a essência obtém domínio sobre nossas escolhas, mesmo quando nos deparamos com similaridades que nos farão seguir o que nos representa do que fazer escolhas que não nos pertencem em momento algum...
E tudo o que nos define aos olhos dos outros também é continuamente atualizado, deixando muito evidente que os reconhecimentos são essenciais a todos, pois são as essências que mais nos representam durante a construção das memórias, sejam elas colocadas no presente, passado ou futuro...

sábado, 19 de outubro de 2013

O englobar dos laços

O tempo com que as histórias são escritas engloba o tamanho de cada um dos sonhos que nos fazem ir além do próximo passo, que desenham os caminhos pelos quais poderemos retornar ou então conectar com os daqueles que passam a fazer parte de nossa vida.
Mas o tempo é algo que só é presente enquanto nossas vidas seguem em frente, tornando o agora num passado que já foi o futuro que buscamos.
Só que ir além do atual instante é fruto do que construímos, ainda mais quando cada dia é delimitado por durações que variam para cada um, e que por vezes podem ser divididos e ainda assim parecem infindáveis...
Talvez por isso a noção daquilo que nos leva a cada sonho seja totalmente diversificada, é algo que só é determinado por nossas experiências, e quando estas experiências passam a somar tudo o que nossa essência carrega é ampliado, elevado a outro nível e faz com que no descrever dos dias as páginas preenchidas jamais se igualem ao que já foi vivido.
E isso tudo nos deixa mais conectados ao que somos em nossa essência, abrindo sempre um novo trajeto quando precisamos alcançar nossos sonhos que vão se modelando conforme damos outros passos...
Também é assim que os dias vão se desenrolando, mas preferivelmente é preciso entender que os laços que se formaram anteriormente são fundamentais para os passos que nos levarão ao futuro que nos permitirá fazer do hoje uma referência a mais para os parágrafos que se seguirão...
Mas ainda assim é preciso tomar conta do que nos faz presentes em nossa própria vida, aproveitando os instantes e suas diversas situações para ir além do que nos define hoje, ao mesmo tempo em que não devemos perder o que nos torna reconhecíveis por aqueles que ainda deixam seus laços se estenderem até os nossos...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Essências e percepções de todos os tamanhos

Cada dia possui um tamanho distinto, que ultrapassa muitas das percepções quando as lições transpassam as horas que tentam delimitar os dias, fazendo-nos entender mais profundamente que tudo o que é absorvido não é refém de definições que visam apenas encaixar o que cada um vive nas palavras que são mais usadas como referência...
O durar dos dias tende a nos mostrar que existem constantes que não são alteradas durante a vida, como se as experiências sempre trouxessem exatamente o mesmo tamanho, intensidade, lições, aprendizados, divisões, percepções etc., deixando-nos mais presos a condições que são mais comuns do que nos mostrando que até mesmo o suposto repetir é diferente.
Mas não são os dias que acabam apreendidos por definições que são mais disseminadas, principalmente quando cada lição tem uma medida, um peso, um contexto totalmente distinto para cada pessoa, apontando sempre para os horizontes que também se tornam únicos aos olhos de cada um e vão sempre permitir que nos dias seguintes ainda exista o caminho que trilhamos até encontrar o que devemos aprender.
Mesmo assim é possível olhar para as histórias que construímos e ver que todas as formas de dimensionamento apenas tentam ilustrar o que vivemos, mas não alcançam a perfeição quando as interpretações também se tornam completamente diferentes a cada pessoa, trazendo a estas interpretações um pouco do que temos em nós mesmo, da nossa essência que diariamente absorve novos aprendizados e abre espaço para que tudo acabe conectado através das linhas que nos permitem escrever...
Só que ainda assim podemos tomar para nós um pouco do que os tamanhos referenciam na compreensão dos demais, mesmo que não expressem exatamente o que foi vivido, trocado, dividido e aprendido.
E então vamos olhando nossa própria história e revendo que o passar dos anos revela que muito do que foi vivido mudou de tamanho ao longo dos dias, talvez porque tenhamos aprendido, talvez porque tenhamos ensinado ou até mesmo tenhamos deixado que o nosso melhor tenha se somado às lições que ali foram apresentadas e que tempos depois foram devidamente compreendidas e conectadas à nossa essência...

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Os trajetos das linhas que nos acompanham

Toda trajetória, quando bem absorvida por nós, traz à essência mais do que um caminho percorrido, fazendo de nossa história algo que se conecta a tantas outras histórias que por vezes é inimaginável olhar para o que já foi vivido e tentar apagar as lembranças que obtivemos ao lado de quem nos acompanhou...
Mas não é só isso que faz os dias tomarem proporções que se tornam percepções de tempo que variam de acordo com o que provamos, dando-nos a certeza de que as linhas que nos deixam formar laços também convivem com bifurcações que já não são mais visitadas.
E isto vai nos mostrando que os caminhos trilhados são compostos por momentos que se alojam nas memórias que vão nos acompanhar e servir para reconhecer a quem ainda nos permite estar ao lado, do mesmo jeito com que certas histórias se afastam das nossas e voltam a se aproximar mais adiante...
Então tudo o que é feito vai além do que absorvemos e observamos, sai do que é experimentado e se aproxima do que vem até nós na forma de lições que nos são oferecidas enquanto temos tempo para deixar que outros passos nos acompanhem.
Talvez por isso a vida seja única e tão plural, mostrando que todas as vias sempre vão nos deixar no lugar em que precisamos, mesmo que não tenhamos esta visão ou que tenhamos voltado a um porto seguro que novamente se apresentou diante de nós, só para mostrar que existem ciclos que vão unir as lições do mesmo jeito que muitas linhas retas nos mostrarão os horizontes que pretendemos alcançar em breve...
E é desta maneira que os trajetos ganham um valor diferente, podendo nos mostrar claramente que cada detalhe não está ali para preencher uma lacuna, mas para mostrar que em todo espaço de nossas vidas sempre existem laços que vão acomodar as experiências que nos fazem ser quem somos até este momento...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Respostas e caminhos que se somam

Nenhum caminho é longo o suficiente para abrigar nossa história que a cada novo dia se conecta cada vez mais profundamente com a história daqueles que nos acompanham, deixando páginas que se prolongam e desdobram enquanto nos deslocamos até os horizontes em que nossos sonhos se encontram, do mesmo jeito que nenhuma linha ficará vazia se pudermos entender que um caminho surge após nossos passos terem deixado suas marcas.
Ir além das páginas que formam nossas histórias é fundamental para entender quais são as premissas que definem o relacionamento que mantemos com nosso caminho, indo além do mero registro, deixando que por vezes as palavras se tornem poucas para ilustrar o que acontece, formando um conjunto em que nenhum passo é ponto final...
Mas isto é passível de observações diferentes a cada um, pois as linhas que formam as páginas também podem ser parte dos destinos que seguimos, ainda mais se olharmos como os horizontes ficam mais próximos quando ao caminharmos escolhemos nos manter conscientes de que cada curva ou montanha é essencial para preencher as lacunas que surgem nos retilíneos traços que separam as frases que se acomodam umas sobre as outras...
E isso vai se somando ao que nos permite entender como um caminho é recheado de tudo o que nos chama a atenção, do que percebemos e do que já nos é conhecido, mas também nos reserva um pouco de aptidão a provar o que não nos é familiar, seguindo por rumos que não foram desbravados e que nos revelam questionamentos que acomodam muitas das respostas que pouco a pouco se formam ao longo da vida...

domingo, 13 de outubro de 2013

Escolhas além das dualidades

As melhores palavras que dividimos são aquelas que vão semeando futuros onde as lições se somam, deixando-nos mais aptos a compreender que nos dias em que as sementes não são devidamente regadas há um lapso que as deixa para trás e sem perspectiva de florescer como deveriam...
A cada palavra que dividimos há um futuro que se apresenta, mas quando estas palavras vão se ligando às lições que já trazemos conosco tudo fica mais claro e nos permite observar que sem um rumo escolhido não há como entender os motivos pelos quais encontramos este ou aquele horizonte.
Mas também é preciso ter consciência de que nossas escolhas vão além das dualidades com que nos confrontamos ou que, ingenuamente, tratamos apenas como sendo duas opções excludentes em meio ao mar que nos permite seguir em qualquer direção...
Além desta percepção é necessário olhar um pouco mais adiante do que estamos acostumados, criando o caminho que seguiremos antes mesmo de saber o que encontraremos do outro lado dos sonhos que realizamos, das montanhas que nos testam ou das planícies que por vezes nos dão a oportunidade de transformar as lições em algo muito maior do que a acomodação que parecem representar.
E assim os dias podem ser moldados sem um formato único, pois os traços que os delimitam são referências do nosso interior ao mundo que cultivamos e entregamos um pouco a cada um daqueles que por nós passa...
Talvez isto possa ser compreendido mais profundamente quando conseguimos conectar as lições com o nosso melhor, dentro de cada escolha que nos fez ser quem somos hoje, assim como nos deixam escolher quais são os jardins que revisitaremos enquanto caminhamos, pois existem jardins que não precisam ser carregados eternamente, mas suas lições podem fazer com que cada experiência que não se repete seja fruto do jardim mais belo que ainda cultivamos ao encontrar a serenidade interior que nos fortalece...
Mas para que tudo isso seja experimentado é necessário tomar para nós as lições que não vieram nos melhores momentos, pois estas sementes vão germinar de acordo com o que tivermos em nossa essência, podendo ou não fazer parte do presente que nos acompanha diariamente, já que a natureza de cada lição não deve ser meramente tratada como maléfica ou benéfica, senão ficaríamos reduzidos a uma mera dualidade que sequer define os rumos que tomamos ao dar um passo após o outro...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O semear das palavras

Quando uma palavra encontra o seu momento o mundo se torna favorável a cada um dos jardins cultivados por toda a nossa vida, deixando que nossos aprendizados se tornem lições que vão nos guiar por muitos caminhos em que poderemos decidir quais serão as emoções e sentimentos que levaremos conosco através dos horizontes que enxergamos logo adiante.
Todas as palavras podem definir as histórias que vivemos diariamente, que vão delineando nossa essência com o passar dos anos, que deixam as nossas marcas nas vidas de quem se encontra conosco em determinados caminhos, revelando que todas as lições são válidas se tomarmos para nós o que engrandece a vida.
Mas também é necessário observar que muitas palavras podem ser subtraídas dos encontros, revelando que atingimos mais um degrau de sabedoria, sem apressar o uso do que não precisa ser dito, mas também deixando que algumas lágrimas não encontrem os solos que sustentam nossos passos...
Só que nem sempre vamos encontrar quem consiga segurar as palavras a ponto de levar o bem ao outro, e é aí que muitas diferenças surgem e se tornam mais valiosas do que as similaridades que nos aproximam e deixam a sensação de que estamos em casa.
Além disso é preciso entender que por vezes nossas sementes podem estar preenchidas por algo que não lhes é de direito, e então o silenciar se faz maior do que o agredir, outro ponto que somente a sabedoria torna possível, e que faz com que voltemos aos dias em que sonhamos com os jardins recheados do que temos de melhor...
Mas este melhor não é figurativo ou mero engano, é uma oportunidade de sairmos em busca de sonhos que não precisam florescer nos jardins alheios, ou até infectá-los com mudas que não desejamos a nós mesmos e que em certos momentos são levadas àqueles que se encontram diante de nós...
Por isso temos que olhar atentamente o valor de cada palavra que colocamos no mundo, compreendendo que nosso jardim não é uma caixa isolada, mas um caminho para que possamos encontrar as belezas que nos encantam para oferecer a quem encontramos ao longo da vida.
E mesmo assim poderemos nos deparar com as sementes que brotam em momentos inadequados, carregando consigo lições amargas que, quando bem absorvidas, não serão repassadas a outros corações, pelo simples fato de termos aprendido que toda semente possui um terreno para germinar, mas nem tudo o que germina precisa ser repassado quando preenchido inadequadamente...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Distâncias e laços

Toda distância que surge entre nós permite que nossos laços fiquem mais fortes, que tenhamos a chance de aproveitar os reencontros da melhor maneira, deixando que nosso universo compartilhado cresça enquanto os jardins que semeamos florescem com o que de melhor compartilhamos...
Se todas as distâncias que surgissem fossem apagadas não teríamos a oportunidade de nos rever, deixaríamos de aproveitar a companhia um do outro e acabaríamos nos esquecendo dos sonhos que cultivamos...
Mas mesmo assim todo reencontro é composto por um apertar de laços que não vira uma prisão, assim como o distanciar não é transformado num perder...
Por isso tudo o que construímos é composto por um brilho diferente, é fruto daquilo que vamos cultivando quando separados e oferecemos um ao outro quando nos reencontramos, do mesmo modo com que levamos conosco, em cada separação, um pouco do outro que permanece guardado nas experiências que dividimos e tornamos nossas ao nos permitir caminhar lado a lado sem pressa.
E assim os jardins que nos representam através da essência que compartilhamos vão ganhando mais razões e motivos para caminhar conosco, dando-nos a oportunidade de reencontrar ali o que nos une e faz perpetuar esta união nas pequenas ações que nos deixam sonhar...
Além disso também vamos permitindo que nossos laços sejam fortes o suficiente para fazer do caminho que escolhemos algo maior, até mesmo quando parecemos distantes e deixamos que cada dia seja preenchido com as razões ideais para nos mostrar que cada passo não nos afasta um do outro...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Além do apequenar em nossos caminhos


Aquele que se apequena diante do conhecimento cresce rapidamente, faz com que os dias valham a pena e traz ao mundo mais alegrias que germinam sorrisos em faces que por vezes pareciam imutáveis, mas mesmo assim é preciso que o apequenar seja acompanhado pelo aprendizado que deixa cada sonho mais vivo ao ganhar as asas que lhes foram destinadas...
Nos dias em que a pequenez parece crescer é que nos tornamos mais aptos a seguir nossos sonhos, deixar que outras pessoas nos acompanhem e também tenham seus jardins semeados com lições e aprendizados que vão moldar os próximos passos das caminhadas que nos apresentam paisagens que se tornam parte de nossa história.
Mas mesmo assim tudo o que nos faz sentir pequenos é o que nos permite crescer, caminhar por locais em que a imaginação ganha asas e nos leva a tocar os céus sem precisar sair do chão, do mesmo jeito que faz cada semente germinar através das nuvens que povoam os céus e se transformam nas gotas de chuva que alcançam os solos e nos deixam marcá-los com nossos passos durante o percurso...
E assim vamos percebendo que por inúmeras vezes os menores passos são os que nos levam mais longe, prolongando os caminhos que mais nos ensinarão, mas que mesmo assim permitirão que cresçamos se soubermos aprender que cada dia é composto por inúmeras histórias que se unem às nossas e formam quem somos na essência desde o primeiro instante de vida...
Então tudo ao redor ganha mais significado quando podemos contribuir com as histórias daqueles que caminham conosco, levando também suas lições que preenchem suas essências com as sementes e as chuvas que se transformam com os raios do sol ou o céu estrelado que nos faz perceber que a cada dia temos em mão páginas que só estarão devidamente preenchidas se nas incertezas pudermos perceber que certamente aprendemos a cultivar o que nos torna únicos e vivos a ponto de trilhar nossas próprias histórias sem nos preocuparmos com um ponto final, pois a cada nova página percebemos que toda a vida é formada por um capítulo que se engrandece se em nossa pequenez formos hábeis para vivenciar cada experiência...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Nos pontos das jornadas

As distâncias dos inícios e fins dependem dos intervalos de cada um dos passos que formam nossos caminhos, que levam consigo um pouco mais das histórias que escrevemos continuamente, mesmo quando vírgulas são trocas por pontos que colocam alguns finais após um determinado tempo...
Mas estas mesmas distâncias são contrastantes o suficiente para que possamos olhar novamente o que já provamos, deixando cada uma das experiências em seu lugar, ao mesmo tempo em que todas as lições absorvidas passam a ser parte de quem somos mais adiante.
E isto também nos dá a certeza de que todas as perguntas só se tornam completas quando os dias mais vívidos são vividos em sua plenitude, através de aprendizados e ensinamentos, com ou sem os obstáculos que nos mostram que muitas das escolhas tomadas nem sempre se assemelham às águas que contornam as montanhas mais altas para alcançar um lugar maior...
Só que também temos que voltar a certos portos que nos deixaram lições a completar, como se o eterno início e fim passassem apenas a ser uma definição de chegadas e partidas que ocorrem em presenças e ausências que se tornam reais em alguns momentos...
E desta maneira é preciso tomar para nós mesmos um pouco mais de quem somos, mesmo que isto pareça tão ilógico, mas que no fundo nos mostra que por determinadas vezes somos levados pelas correntezas ao nos esquecermos de içar as velas que podem nos dar outras possibilidades...
Por isso mesmo é que entre cada começo e fim reside a história que os afasta ou aproxima, dando o ritmo com o qual cada dia é experimentado, absorvido e vire parte dos caminhos que vamos desenhando conforme os portos seguros se tornam mais do que os pontos de partida ou fim das jornadas...