quinta-feira, 30 de maio de 2013

Essências e razões dos caminhos

De cada essência surge um caminho a trilhar, percurso que se forma diariamente, que traz consigo o reflexo dos sonhos que alcançam nuvens e nos deixam preparados para viver plenamente, carregando conosco as almas jovens que não se perdem ao observar um céu estrelado ou ao desenhar nas nuvens que encobrem o sol momentaneamente.
Mas só a essência pode não parecer o suficiente em certos casos, então deixamos que cada sonho impulsione nossa visão além do que acontece no agora entre um passo e outro ou até mesmo quando desfrutamos das embarcações que nos deixam ajustar as velas para seguir em frente.
Talvez por isso existam certas dúvidas que não adormecem tão facilmente nas mentes que apenas seguem o vento ou a correnteza, como que presas num trilho que não as libertas, que as faz endurecer e cortar as asas da imaginação...
Mesmo assim os dias podem se tornar melhores se observarmos como cada dia foi percorrido, com quantos passos seguimos ou fizemos uma volta, de que maneira encaramos o nascer do sol e até mesmo as nuvens que nos trazem gotas de chuva que escondem algumas lágrimas em dias mais tristes...
Só que ainda assim muitos preferem encarar a vida como se tudo estivesse dentro de uma tonalidade acinzentada em todas as cores, transformando o que há de belo ao redor em algo comum, tão corriqueiro que até mesmo os passos já não são mais dados por um querer essencial...
E ainda é possível notar que para muitas pessoas as variações dos dias cinzas já são suficientes para colorir tantas páginas quanto possível, num jogo de luzes e sombras que apontam os sonhos tão vivos quanto se pode criar com o que reside dentro de nós, nas asas que povoam as mentes inquietas que fazem das alegrias um movimento maior e que sustenta cada felicidade.
Também é aí que reside o que muitos podem tentar chamar de esperança, só que lá no fundo as pessoas não entendem que as alegrias são maiores, mais importantes e infinitamente mais qualificadas para demonstrar quem cada um é, pois na esperança sempre são jogados os sonhos, desejos e vontades que muitos esperam acontecer de repente, sem fazer nada e por não saber que a esperança só age após nosso primeiro passo.
Aí vamos desenhando novos trilhos sem deixar que as rotulações ou esperanças descabidas ocupem os dias, pois fazemos com que percepções alheias fiquem com quem as projeta, bem como fazemos da esperança uma companheira que nos persegue e não o contrário, indo em busca dos sonhos mais altos e continuando a velejar com a mais leve das brisas para fazer com que o tempo da vida valha verdadeiramente e nos deixe brincar com as estrelas e nuvens que surgem para nos mostrar a razão do viver...

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Universos de mudança

Cada pessoa tem seu próprio universo, suas conexões com o mundo ao qual outros pertencem, fazendo dos mares que cercam a todos o caminho mais rápido para criar portos e caminhar lado a lado, ao mesmo tempo em que se permitem deixar levar pelas asas dos sonhos que determinam os percursos futuros através da história individual que cada um escreve diariamente.
A cada novo amanhecer voltamos a conectar nossas percepções com o mundo que nos permite sonhar após longas jornadas, buscando nosso melhor para ir além do hoje, fazendo do amanhã mais uma página de uma história que se escreve continuamente e que nos deixa a certeza de que muitas questões serão respondidas.
Mas também temos que observar calmamente o que nos deixa livres o suficiente para conviver com as prisões que nos acompanham, que se transformam em palavras, convicções, desejos, passos e voos que sempre vão delimitar territórios, mas não vão limitar a capacidade de sonhar.
Só que estas prisões não são compreendidas pelas pessoas de maneira profunda e plena, como se elas se esquecessem de que em suas raízes existe uma prisão que as tornam livres para seguir adiante, com base em seus sonhos, desejos e caminhadas que podem alcançar o mar em busca dos nossos portos...
E aí vamos tomando novamente uma consciência que nos permite entender que cada ser é similar as árvores que nos refrescam com suas sombras ou nos alimentam com seus frutos, onde as raízes sempre determinarão quem são, quem somos, o lugar de onde viemos, o que podemos nos tornar e quais bondades serão geradas pelas sementes que carregamos conosco.
Então muitas das árvores que nos acompanham apontam para nossas raízes mais profundas no momento em que precisamos tomar decisões, assim como os galhos que se curvam sob a neve e não tentam resistir para não quebrar, do mesmo jeito que as folhas caem no outono para mostrar que esta roupagem também é trocada, para nos dar nova vida, novas possibilidades e deixar outra estação se alimentar com o que chega ao solo.
Mas aí muitos dirão que são livres demais para se compararem com as árvores que parecem eternamente presas ao mesmo lugar, só que estas pessoas se esquecem que aquelas mesmas árvores viajam conosco em nossas memórias para qualquer lugar que vamos, do mesmo jeito que as fotografias registram partes de nossa história...
E com isso vamos olhando ao nosso redor e notando que podemos crescer ao deixar que nossas raízes ganhem mais força, seguindo um caminho que procura um alimento que nos torna diferentes uns dos outros, que por vezes precisam deixar as folhas caírem ao solo para nos alimentar e retomar o crescimento, saindo das mesmices que envolvem o dia a dia daqueles que se dizem livres e são eternamente prisioneiros do imutável que habita suas mentes e corações...

domingo, 26 de maio de 2013

Laços e correntes

Laços são mais fortes do que correntes em qualquer momento da vida, pois não perdem seus princípios essenciais de conectar pessoas sem ferir ou deixar marcas, mas também revelam a intensidade com a qual cada vida segue ligada às demais, como os dias e noites deixam linhas devidamente espaçadas para que juntos possamos preencher cada espaço com o que sentimos e dividimos, sem nos acorrentar ao passado que se transforma em âncora quando não mais podemos formar laços...
Cada laço não é fruto de acaso, é uma parte da nossa essência que se encontra com as essências de quem nos acompanhará no futuro através do presente, podendo se desfazer tão rapidamente quanto se formaram ou então envelhecerem ao ponto em que se tornam correntes que nos prendem àquilo que já não é mais instrumento de continuidade.
Mas para cada dia há um laço que se forma, assim como o abrir dos olhos encontra o rumo correto, faz com que possamos perceber que existem laços que se solidificam sem endurecer, não perdem a ternura com que se formaram, tampouco são livres de pequenas diferenças que se somam para tornar os momentos em que estamos juntos melhores...
Só que nem todos vão observar claramente o que acontece quando um laço se forma, com toda a correnteza de certezas e incertezas que o tornam único, deixando-o tão vivo quanto podemos ser nos dias em que o mundo à volta não é mais alvo dos nossos desejos egoístas de mudanças, mas quando firmamos um laço com o mundo onde ambos vivem e convivem tranquilamente...
Além disso é necessário olhar um pouco mais à frente, antever certos acontecimentos que se alocam nos horizontes da vida, mas que não se situam no campo de suposições vazias, mas de certezas de que a cada dia que nasce teremos novas chances de formar laços conosco e com mais pessoas e o mundo que nos cerca.
Mas também teremos que rever a maneira como estamos cercados, pois muitas pessoas se sentem presas porque eternamente buscam uma liberdade que na verdade as prenderá em um outro universo, quando na verdade é preciso saber que toda liberdade jamais terá como intuito ferir alguém...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Conexões do humor além da alma

A forma como o humor tempera a vida depende dos caminhos que escolhemos, das ações que brotam de nossas almas e que deixam passos que se fixam nas histórias daqueles que também navegam com o coração em busca de horizontes diferentes a apreciar, levando consigo lembranças de brisas que trazem folhas e que também nos deixam encobertos por nuvens que refrescam a alma com as gotas de chuva que alcançam nossas sementes mais bem guardadas ou que levam embora tudo aquilo que precisa retornar aos solos para florescer de novo...
Muitos encantos da vida se aconchegam às nossas vidas quando observamos o mundo de outra forma, quando acalmamos o espírito e deixamos fluir em nossas veias o melhor que possuímos, aquilo que praticamos diariamente e que vão envolvendo nossas histórias de tal maneira que certos instantes ficam esquecidos quando aprendemos que cada passo vale a pena se pudermos deixar ali mais do que marcas de passagem.
E por isso vamos temperando os dias, fazendo de nossas palavras ditas ou silêncios absolutos um meio para equilibrar escolhas, definir como e quanto doaremos de nós àqueles que nos acompanham, mas também tomaremos para nós mesmos um pouco do tempo para estar a sós, refletindo e absorvendo as novas páginas que escrevemos e que alimentam a alma.
Então as nossas próprias decisões vão desenhando nas linhas o quanto deixamos variar os dias, com quais temperaturas lidamos, como gravamos em outros caminhos as nossas pegadas, sem que haja a necessidade de se fazer o que não é mais importante e que na certa feriria alguém...
Só que mesmo assim as nossas histórias vão delineando nossa história como que demarcando um território que pode ficar à deriva ou alcançar os portos seguros em um simples entrelaçar de dedos, no mais singelo olhar e no encontro de almas que buscam se conectar cada vez mais para observar o sol nascer ou se por, para transformar os céus estrelados em novas páginas que ganham através das pontas dos dedos mais e mais sentimentos que vão se alinhando com aquilo que se deseja e faz ligar profundamente cada uma das almas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nos textos dos poetas...

Poetas escrevem em linhas que não precisam ser retas, usando folhas que podem estar nas árvores, passando pelos galhos, trilhando o tronco, alcançando nuvens e retornando ao solo na forma de gotas de chuva que alimentam novas sementes para que os ciclos e estações continuem ativos...
Mas estes mesmos poetas também se aproveitam dos ventos para encontrar nos mares as referências de seus textos, tendo nas mais suaves brisas o tempo ideal para apreciar o nascer do sol, mas quando se deparam com tempestades também encontram razões para perceber nuances que apontam novamente para palavras que servem de guia àqueles que percorrem outros caminhos.
Então novas janelas são abertas, mesmo que só no imaginário, deixando a mente fluir, ir encaixando palavras que se transformam em vitrais a serem apreciados mais tarde, só que sem acabar toda a obra ali, deixando sempre um segmento a se completar, uma nova porta para se abrir e também a oportunidade de poder retornar.
Por isso todas as nuvens contornadas com palavras ganham formas que as crianças reconhecem com mais facilidade, pois ainda não aprisionaram suas mentes e conseguem habilmente compreender que somente as almas mais jovens se entendem sem se preocupar em demasia com o que é irrelevante...
E aí os dias ganham sempre novas chances de encantar outras almas, assim como cada palavra que se segue nos textos que podem até alcançar um ponto final, mas jamais terminam ali, trazendo às demais mentes um universo a se percorrer, deixando-se levar pelas brisas descritas, ou então fazendo daquela semente um outro porto seguro para voltar quando um caminho não parece tão agradável...
Ainda assim cada uma das folhas preenchidas por palavras não é o suficiente para aqueles que dia após dia escrevem com a alma, saindo do mero aglomerar de palavras para conectar céus e mares através das frases e letras...
E feito isso tudo ao redor se renova, assim como as folhas das árvores que retornam como alimento para as futuras gerações, sentindo novas gotas de chuva que retornam preenchidas por aquilo que nutre e torna possível viajar sem sair do lugar, criando e recriando continuamente histórias daquilo que nos cerca e que com o passar dos anos já não parece interessante para quem abandonou a alma há muito...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

As raízes dos passos

Por mais que os passos nos levem adiante é na parceria com a mente que tudo se transforma em um jardim que percorremos todos os dias, indo para outros mares ou lagos que permeiam os solos onde nossas construções se solidificam e também se modificam, trazendo para nossos olhos as paisagens que carregamos dentro de quem somos, e que não se diferenciam da essência que nos deixa livres para observar e até buscar horizontes que se encontram com os céus que tocamos ao voar através de nossos sonhos...
Se os passos caminhassem sozinhos não teríamos muitas escolhas, não faríamos das ramificações outros campos a se explorar, a conhecer e fazer com que as raízes ali fincadas se transformassem em laços que conectam todas as pessoas com as quais nos encontramos, mesmo que brevemente, mas essencialmente àquelas que carregam conosco sonhos compartilhados.
Por isso os sonhos povoam as mentes daqueles que sabem percorrer caminhos novos, que vão aos poucos buscando na própria essência as essências que determinam os rumos a seguir, que deixam os passos livres para voar de vez em quando, retornando ao solo e também aos portos que nos acompanham durante cada nova jornada.
Só que mesmo assim cada dia é feito de rotas que nos apresentam paisagens diferentes, pois cada uma das sementes não para de crescer de forma direta, deixando-se multiplicar nas sementes que gera após florescer, como se renascesse a cada estação, reacendendo sonhos que deixamos gravados nas folhas que repousam nos solos e servem de alimento para os frutos futuros que já se mostram em nosso imaginário por terem raízes que se espalham sob os solos férteis que nos presenteiam com os jardins que passamos a frequentar...
E deste jeito passamos a deixar que os passos não mais nos carreguem sem destino, pois conseguimos sonhas a cada caminhada sem nos perdermos em meio aos jardins, independentemente de quem os possua, já que sempre teremos conosco as raízes que nos sustentam e nos fazem alcançar os céus através das folhas que retornam ao chão para nos mostrar que a vida não acaba numa mudança de estação e que pode ser preenchida quando há sempre um novo sonho para se sonhar...

domingo, 19 de maio de 2013

O crescer das histórias

Começos não são os fins de etapas ou acontecimentos, mas são os laços que formam o todo que envolve cada história, cada ação, todos os gestos e ramificações com as quais a vida se desdobra e encontra outras almas para navegar pelos sonhos partilhados e aqueles que se individualizam de certa maneira.
Dizer que tudo tem começo e fim é um processo no qual muito se resume, mas por certas vezes não são percebidas as nuances que encobrem pequenos fatos, certos detalhes que se engrandecem quando os pontos finais não acabam a história por completo, mas deixam que outra linha seja criada e faça valer o que já trazemos conosco...
Mas aí os dias são eternos começos e fins, também levando consigo os meios que recheiam as histórias, que ditam os tons e as cores que permeiam linhas e atravessam gerações como fonte de referência e de um conhecimento que só possuímos ao termos uma história, compartilhada ou não.
No entanto muitas pessoas não tendem a aproveitar o que acontece entre um passo e outro, deixando que o começo seja o final derradeira daquilo que sequer provaram, por pura preguiça e também por tornar a própria vida uma soma de descartes egocêntricos e que servem de base para ações nada interessantes...
Então surge o hábito de se descartar tudo na vida, a começar pela própria, e estas pessoas não percebem que para se construir uma história é necessário compreender que cada fato ocorrido não é parte do que se joga fora, pois assim a pessoa acaba por se deixar levar pelo caminho onde tudo desmorona facilmente.
Só que ao mesmo tempo existem aqueles que observaram atentamente a conexão de todas as ações, reações, compartilhamentos, alegrias e tristezas, elevando a si a um estágio onde as folhas já cansadas caem no solo para virar alimento para um novo crescer, servindo então como lição absorvida realmente...
E deste ponto em diante todos os ciclos não se deixam mais levar por meros começos e fins, envolvendo cada vez mais cada história em seu contínuo escrever, mas sem perder a capacidade de se renovar a cada nova estação, deixando que as gotas de chuva deem vida às sementes e que o aprendizado sempre seja carregado com aquele que se dispôs a crescer...

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O sentir de cada gota da chuva

Para cada laço formado há uma passagem que se abre e pode manter a porta aberta enquanto valer a pena caminhar lado a lado, mas por muitas vezes existe um desvirtuar dos laços que se desmancham como nuvens  que se transformam em chuva para molhar a alma e alimentar sementes melhores...
Mas só isso parece muito simples em meio às histórias que diariamente escrevemos, aos passos que damos lado a lado, com o conhecer mais aprofundado de simples gestos, de ações que não visam a separação entre certo ou errado, mas que optam por trazer ou não momentos de alegria que futuramente serão definidos como felizes.
Só que ainda assim passamos por portas que se transformam em portais que nos colocam diante da capacidade de rejuvenescer ao sonhar novamente, tendo em quem nos acompanha uma referência importante dos passos seguintes, sem amarras ou prisões que forçam o final de tudo.
E talvez assim vamos nos dando conta de que de todos os apegos que nos cercam os melhores criam raízes, não se acabam com o final de uma estação, geram sementes que florescem em outros corações, quando compreendemos que cada laço não é apenas uma conexão, mas um semear nosso melhores nos solos que se aconchegam no coração de quem faz da sua presença algo maior...
Mesmo assim muitos podem não entender como cada laço surge, até que ponto ele se prolonga, pois há uma preocupação excessiva com supostos ganhos ou perdas, que no final das contas são meras suposições de adultos que não sabem mais voar através de seus sonhos.
Neste ponto fica claro que toda chuva só traz para cada um as gotas e as nuvens certas, seja para limpar um pouco a alma que fica empoeirada com os trajetos em terrenos mais áridos ou então alcançar o coração para regar as sementes que ali repousam, mostrando-nos que as estações passam e somente o melhor que há dentro de nós consegue lidar com a felicidade, de cada um e dos outros também...
Talvez isso possa parecer simplório demais quando tudo é colocado em um pedaço de papel somente pela racionalidade irracional que domina alguns, mas quando as almas jovens conseguem compreender que os instantes de felicidade são fontes de renovação tudo muda, e é assim que fazemos quando crianças, pois não temos o costume de querer tudo...
Por isso mesmo é que os dias são tão longos para as crianças, ainda mais quando trazem para seus dias os sonhos que durante as noites as fazem ir além dos instantes alegres, alcançando uma felicidade que somente depois de certa idade os adultos compreenderão, mas aí acharão que já é tarde, voltado a fechar suas asas por não enxergarem mais sentido em viver.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Lugares que nos encontram

Muitos preferem buscar o que se encontra ao longe correndo sem notar que ao lado existe o caminho para que tudo se desenhe perfeitamente na vida, fugindo através de supostos atalhos que levarão até o lugar que não se quer estar, criando de maneira artificial um breve instante de felicidade, mas ao mesmo tempo tudo se dissolve rapidamente por ser apenas algo irrelevante para quem não soube aproveitar o percurso para fazer seu destino valer a pena.
Por inúmeras vezes os caminhos trilhados são insatisfatórios para aqueles que não aproveitam a jornada, querendo que tudo aconteça de repente, num simples piscar de olhos ou entre a inspiração e expiração, como se já tivessem vivido o suficiente e percebido que nada haviam feito para que mais alguém sorrisse enquanto os caminhos se cruzavam...
E assim vão trazendo novas percepções diluídas em sonhos que não lhes pertencem, que nasceram com outras pessoas, fazendo da importação dos sonhos dos outros o único meio de existir e perdendo a oportunidade de viver.
Então este comportamento vai consumindo todas as oportunidades de se olhar para horizontes que vão dar o rumo que se deve seguir, deixando que cada passo seja dado em seu devido tempo, harmonizando e equilibrando os dias sem que passem diante dos olhos como borrões que nada significam...
Só que muitas vezes as pessoas se apegam somente a isto, não se deixam navegar por entre os sonhos, não fixam portos e tampouco sabem quando içar ou recolher as velas, assim como se esquecem de acender as velas nos dias em que as dúvidas pairam sobre os pensamentos...
Mesmo assim é preciso olhar atentamente ao que cerca cada um, pois cada caminho sempre vai ter a paisagem que cada um deseja encontrar, aos apressados resta apenas um muro, mas àqueles que se deixam parar por breves momentos é aberto um novo mundo de possibilidades.
E aí o sentido seguido é sempre o melhor para si, cativando novas experiências ao longo dos trajetos, voltando aos caminhos que deixam as melhores impressões sem precisar eliminar o presente, aproveitando-se da respiração para caminhar ao invés de fugir do passado...
Só que o viver não vai apenas se definir no aproveitamento do caminhar, mas o que construímos com outra pessoa, aquilo que deixamos gravado em outras histórias e como deixamos que alguém participe ativamente do preenchimento das linhas que temos, velejando pelos mares até que cada porto nos traga o melhor, mas também levando algo melhor até cada parada, não como troca, mas porque só encontraremos um local seguro se o procurarmos com o coração...

domingo, 12 de maio de 2013

Instantes escritos...

Entre cada um dos passos dados há um breve instante que molda o destino a ser seguido, deixando que as percepções fiquem aguçadas, criando um território mais fértil para que sonhos e desejos se encontrem no próximo horizonte...
Por isso mesmo é que todo passo faz o tempo parar, deixa o imaginário fluir, construir algo maior a se alcançar, dando-nos um novo ângulo para observar nossa própria história e como as ramificações se conectam com quem nos acompanha.
E assim as marcas gravadas pelos passos mostram como os ritmos variaram, quais laços se fizeram de maneira permanente, quais horizontes foram contemplados e quantos mais fizeram parte de certos trajetos...
Mas também é necessário salientar que muito do que é escrito não resume plenamente o que se sente, como cada experiência deixou referências para os caminhos seguintes, tendo como base o alcance ou não da essência que nos define...
Então o que nos faz seguir também vai ganhando novas linhas, agregando outras páginas ao que já escrevemos desde o nascer, permitindo que o essencial não se perca em meio às bifurcações que formam o futuro pelo qual deixaremos novas marcas e que se aproxima cada vez mais do passado quando o encontramos realmente.

sábado, 11 de maio de 2013

Nas páginas do amadurecer

O que faz com que as páginas de cada dia sejam preenchidas vai além do que se observa, daquilo que se sente, do que se experimenta, de tudo o que se toca ou que se ouve, criando uma conexão direta entre sentidos, sentimentos, desejos e a capacidade com que cada um encontra o rumo correto para percorrer a cada amanhecer.
Mas só isso pode parecer pouco quando no fundo vamos mudando muitas das percepções, aprendendo a amadurecer, convivendo com uma alma que a cada novo sonho fica mais jovem e mais forte, sem que para isso tenhamos que abandonar os caminhos que escolhemos percorrer.
Então todas as experiências se unem ao que mais importa na vida, variando para todos e ao mesmo tempo tendo uma conexão com nosso íntimo, que traz uma essência imutável que amadurece e aprende a aproveitar cada novo segundo das linhas que são gravadas durante nossa caminhada...
Depois disso também podemos observar que muitas das nossas individualidades são encontradas ao longo dos demais jardins, como a maneira como olhamos para os céus e encontramos nas nuvens e estrelas mais palavras para gravar o que vivemos, sentimos e compartilhamos, deixando que as asas de cada sonhos nos levem além do presente com a mesma essência que nos permitiu rabiscar os céus com as pontas dos dedos.
Talvez por isso esses breves caprichos não são entendidos por aqueles que teoricamente amadureceram e se esqueceram do que é feita a vida, tendo como premissa os trilhos pelos quais se deslocam e não apreciam a paisagem ao redor por terem que voltar ao ponto de partida todos os dias...
Também é fato que nas almas mais jovens os dias não são divididos mais por horas, minutos ou segundos, pois os sonhos ultrapassam essa simples interpretação do tempo, deixando-nos preparados para percorrer as distâncias mais longas para realizá-los, transportando e deixando pelo caminho um pouco de nós e carregando um pouco dos outros...
Só que poucas pessoas se sentem à vontade para assumir que os pequenos deleites são mais valiosos, aquilo que marcou uma infância e fez chegar às idades mais avançadas sem nos proibir de viver a vida plenamente, procurando respostas e ainda admirando o mundo que nos cerca, que nos deixa mais vivos e também abre espaço para que nos sonos das noites, e também das tardes e manhãs, possamos reencontrar a razão pela qual as asas dos sonhos não se fecham ao amadurecermos com liberdade...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A vida entre os passos

Somos responsáveis pelos passos que gravamos ao longo do caminho, assim como na revoada dos sonhos aos quais nos apegamos deixamos certas sombras pelo percurso, para que tenhamos noção de que cada caminho é feito de luzes e sombras que variam de acordo com as estações, nossos sentimentos e aquilo que doamos aos demais em nossa companhia ou ausência física.
Caminhar em busca de novas histórias é algo corriqueiro, faz parte da vida de quem olha ao redor e descobre um universo praticamente infinito de possibilidades, mas ainda assim se atém à sua essência, aos sentimentos mais puros e que determinam o tamanho das impressões de cada pegada gravada no caminho de quem nos acompanha...
E então tudo fica ainda mais claro quando os dias mais chuvosos nos mostram novas sementes a germinar, outros sorrisos a brotar quando trocamos histórias, do mesmo jeito com que criamos histórias com quem está ao nosso lado e sempre nos mostra uma nova janela para se olhar...
Ainda assim é possível ter certos medos enquanto caminhamos, e isso é fruto da cautela com a qual passamos a conhecer novos mundos, outros universos que se unem aos nossos por meio das sementes que deixam raízes se entrelaçarem continuamente.
Mas então observamos que muitos dos sonhos não voam solitários, e por muitas vezes são frutos de visões em comum, de alto partilhado de coração, com os pés no chão e desenhando nas nuvens ou estrelas quais são as melhores rotas, aproveitando-se das correntes marítimas e deixando que as velas tomem para si os ventos que nos levam aos portos seguros da vida...
E aí conseguimos ter uma visão melhor e maior de quem somos, das diversas pessoas que se conectam conosco, que vão também delineando suas histórias em busca de novas experiências, que deixam seus vínculos propícios a explorar ainda mais os voos que as mentes dão quando os sonhos se fazem presentes, indo ao encontro de outras mãos que também passam a construir um pouco mais do mundo que jamais para de crescer quando a alma ainda está realmente viva.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Enquanto houver uma semente no caminho...

Nossos passos são como semente que deixamos ao longo da estrada da vida, como marcas que ao passar dos dias vão se modificando sem perder a essência, deixando-nos por muitas vezes intactos na memória de muitos, mas que em certas vezes parecemos ter ido além do horizonte que ambos contemplamos quando juntos no mesmo caminho...
Em cada semente há um pouco de quem somos, e nas diversas trocas da vida vamos delineando jardins com as sementes que nos são entregues, algumas levadas diretamente ao coração, outras ficam em memórias e um pouco florescem para que os ventos as levem para longe de nossas futuras caminhadas.
Mesmo assim ainda poderemos encontrar pétalas que recobrem nossos passos como que dizendo que em breve novos frutos virão, que com o germinar póstumo vamos novamente desenhando outros jardins em nossas mentes e sonhos.
E aí o espírito maduro e jovem toma conta das decisões que sempre tomamos, não porque sentimos preguiça em crescer, mas porque optamos por apreciar os breves instantes em que o melhor nos acontece, cativando pessoas ao nosso redor e por inúmeras vezes fazendo a simples troca de sementes para que no futuro os jardins voltem a se conectar.
Mas com cada fruto soma-se uma responsabilidade, um novo laço que se cria e nos mostra a direção a qual pertence, e quando vindo do coração já não precisamos mais nos preocupar com as raízes entrelaçadas, pois em terrenos puros e férteis surgem floradas que se somam aos ciclos contínuos de frutificação e renascimento...
Por isso vamos deixando que nossas pegadas sempre fiquem próximas das árvores que mais nos agradam e que também compartilham desta percepção até infantil, mas singela e repleta de verdade, abrindo espaço para novos sonhos, novas caminhadas e floradas como ainda não encontramos...
E com os passos seguintes sempre poderemos olhar para trás de ter a certeza do lugar em que viemos, que não há preocupação com o que encontraremos de bom, mas que também teremos desafios intensos que precisam de calma e paciência, do mesmo jeito que as sementes lentamente germinam, crescem, florescem e nos deixam os frutos mais saborosos para provar, sem egoísmo e com uma simplicidade que apenas mostra que a cada estação ficamos mais fortes se aproveitarmos as mudanças que acontecem diariamente...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Escolher sementes ao longo do caminho

Dentre todas as escolhas possíveis sempre colocamos em nossa história o que realmente fica gravado, conectando-se com cada uma das linhas escritas anteriormente, do mesmo jeito que se ligam com o que ainda virá, apontando para um caminho central que trilhamos e não desviamos quando em nossa essência existe sempre outro horizonte a se conhecer...
Mas nos dias em que nada parece se conectar é que precisamo olhar com mais calma o início de tais percepções, como forma de olhar profundamente o que não está tão evidente, que desenha ao lado da trilha principal os desvios que nos permitem conhecer novas pessoas e revisitar quem já é parte de nosso ser.
Só que ainda assim cada passo que trilha jardins novos é fruto de laços que se formam até os horizontes que percorreremos em busca de novas histórias, mas que diante destes momentos ganham cores distintas, podendo se tornar mais fortes ou então se desfazem com a mesma rapidez com que se formaram...
E ainda assim cada caminho percorrido se conecta a nós de maneira única, envolvendo cada parte, cada sentimento, cada visão, cada um dos sonhos que se desenrolam quando podemos novamente olhar para frente com o mesmo jeito das primeiras descobertas...
Mas aí também temos que olhar atentamente às raízes que vamos deixando fortalecer nossa essência, que dão novas linhas para que preenchamos com histórias que se conectam com nosso íntimo e produzem as sementes que deixamos nas outras pessoas que optam por deixar florescer ou não.
Outro ponto a ser carregado conosco vai mostrar que as sementes que trocamos na formação dos laços vão repousar nos solos que mais se adaptam às conexões que formamos, que preenchem corações quando podemos verdadeiramente viver por nós mesmos, deixando que cada sentimento seja percebido e absorvido, mesmo quando tudo ao redor parece se desconectar daquilo que semeamos anteriormente...
E então todos os passos vão nos mostrando os campos que geram os frutos que mais precisamos quando seguimos nosso caminho, indo em busca dos sonhos que servem de alimento para as decisões mais importantes e que dia após dia deixam que cada linha livre ainda recolha cada palavra do que vivemos...

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Para cada instante

A quantidade de desafios para que cada um compreenda o próprio caminho se encaixa na capacidade de seguir adiante, não como mera metáfora, mas como a maneira certa para que ao final de cada página da vida tenhamos a certeza daquilo que aprendemos.
Mas em certas ocasiões nos deparamos com algo que parece não nos pertencer, pois o laço com a nossa essência só virá quando percorrermos a distância correta, algo que por vezes gera impaciência de alguém que está à nossa volta e acaba nos contaminando.
E com isso acabamos deixando de lado nosso melhor, pois passamos a seguir instruções que não estão habilitadas a gerenciar nossos passos, criando então momentos em que intempéries se apossam do nosso caminho e nem sempre nos deixam refletir sobre isso...
Só que cada linha escrita anteriormente é forte o suficiente quando encontramos ali nossas próprias palavras, frases, caligrafias, sentimentos e razões... deixando-nos mais próximos de quem não devemos nos afastar e que em certos dias acabamos esquecendo...
E se no final do dia olhamos para as memórias e entramos em conflito conosco é porque aquela pessoa de que nos afastamos deixou-se levar por certas palavras alheias, que não vieram na forma de lições, mas como um jeito de ser que não pertence ao nosso eu.
Sendo assim tudo ao redor parece mudar de repente, as paisagens que se estendem ao nosso redor são muito mais íntimas de outra pessoa, fazendo-nos refletir melhor quando voltamos a caminhar com nossos próprios passos.
Talvez por isso certas peças não se encaixem na nossa história quando alcançamos outros patamares, mas com certeza existem momentos em que nossa curiosidade se faça maior, mas se passamos a apagar as lições mais importantes da vida perdemos o nosso melhor...
Só assim tudo o que construímos pode ser estranho aos demais, mas para quem viveu cada uma das experiências é provável que nada na essência não tenha mudado, mesmo quando precisamos tomar decisões que para alguns são impensadas ou geram declarações de que as pessoas não esperam aquilo...
E aí muitos vazios só se criam quando não temos mais nada a escrever, só que se pudermos escrever até mesmo neste momento pelas linhas da vida, passamos a ganhar lições que de outra forma não chegariam até nós... e que talvez possam ter colaborado para nos mostrar exatamente quem somos neste exato instante.

domingo, 5 de maio de 2013

Enquanto se aprende com os ventos

Os melhores ventos são aqueles que sopram e nos dão a oportunidade de continuar a velejar nos mares em que observamos um horizonte distante e que quando alcançado nos oferece outra visão, fazendo-se, assim, um novo ente a nos mostrar que lições valiosas sempre permanecem em movimento, mesmo quando intactas em nossa essência...
Ventos são necessários para nos levar ao longe, mas quando ausentes no deixam desfrutar dos lugares em que estamos, fazendo um breve diálogo com as palavras que escrevemos em nossas histórias, criando uma conexão mais íntima com quem somos, ao mesmo passo em que deixa novos laços se formar...
Mas poucos aproveitam os movimentos que os ventos proporcionam, porque temem o conhecimento, porque se acham perdidos só porque o novo se apresenta diante dos olhos, mas também porque preferem suas âncoras para solidificar a própria essência em um emaranhado que não torna a percepção da mudança real.
E assim muitos seguem por caminhos que afastam dos mares, que deixam o vento muito distante, como se em terra firme não pudessem senti-lo ou notar sua ausência, evidenciando assim um estado onde praticamente tudo passa despercebido, encoberto por uma névoa que não se dissipa com o vento, apenas por puro capricho de quem se esqueceu de viver o presente.
É por isso que se os dias nos oferecem ventos vamos mais longe, mas se os mesmos se vão aproveitamos para crescer internamente, para fazer aquele trecho da vida ser marcante, encontrando pessoas que caminham conosco e até viajam com os ventos que levamos na mente quando trocamos histórias...
Assim mesmo parece difícil entender como a percepção dos ventos traz ou leva conhecimentos, pela simples razão de que em certos momentos acabamos presos em nós mesmos porque deixamos de desfrutar o que carregamos conosco ao compartilhar com mais alguém...
Mas o que precisamos entender é que para muitos pareceremos aprisionados quando na verdade temos consciência de que nossas escolhas não nos prendem, mas nos deixam seguir por um caminho que queremos, onde é possível aproveitar as experiências e até mesmo os ventos que nos ensinam a velejar para que possamos aplicar no lugar ideal as lições que aprendemos...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Com a soma e a atenção...

Cada dia é uma soma que por muitas vezes passa despercebida, saindo do foco quando nos esquecemos de cada experiência, dos momentos em que novas lembranças foram gravadas, outras linhas escritas e vários sonhos encontraram seus caminhos para chegar até nós.
Mas o que não fica tão evidente é o que preenche muitas das linhas das histórias que construímos, de um jeito sutil e ao mesmo tempo impactante quando nos damos conta de que após o primeiro passo nada mais é difícil...
E com isso vamos olhando as linhas que povoam nossas memórias com um olhar que somente hoje temos, porque vamos nos moldando ou construindo ao longo do tempo, mesmo quando para muitos o tempo parece não nos ter envelhecido.
Então os dias deixam de ser frutos de um acaso que insere breves desafios em nossas vidas, indo no caminho em que busca revelar o melhor de nossa essência, e que por vezes nós mesmos não percebemos ter...
Diante disso o que ocorre enquanto caminhamos parece reverenciar nossa história, nossos passos que são dados quando tocamos o solo para alçar voos mais altos, deixando que sonhos se multipliquem até a nossa capacidade, para então olharmos para trás e perceber, talvez pela primeira vez, que só deixamos de realizar o que não nos pertence verdadeiramente.
Só que mesmo assim teimamos em seguir por trilhas que desconhecemos só por curiosidade, seguindo passos que nos trarão de volta ao rumo principal de nossa vida, agregando outras experiências aos dias que na soma vão nos deixar mais leves se conseguirmos seguir em frente mais uma vez...
Mas para alguns tudo gira em torno de certezas, só que nossas maiores certezas são as dúvidas, que vão deixando espaço em certas linhas para que voltemos um pouco só para ter novamente aquela sensação, para desfrutarmos do nosso melhor, das melhores companhias, da entrega e do que se recebe ao poder seguir estrelas através dos mares que conectam os portos que nos dão segurança para não temer mais do que o necessário e também não abandonar o que nos permite ter prudência e atenção...