quarta-feira, 29 de maio de 2013

Universos de mudança

Cada pessoa tem seu próprio universo, suas conexões com o mundo ao qual outros pertencem, fazendo dos mares que cercam a todos o caminho mais rápido para criar portos e caminhar lado a lado, ao mesmo tempo em que se permitem deixar levar pelas asas dos sonhos que determinam os percursos futuros através da história individual que cada um escreve diariamente.
A cada novo amanhecer voltamos a conectar nossas percepções com o mundo que nos permite sonhar após longas jornadas, buscando nosso melhor para ir além do hoje, fazendo do amanhã mais uma página de uma história que se escreve continuamente e que nos deixa a certeza de que muitas questões serão respondidas.
Mas também temos que observar calmamente o que nos deixa livres o suficiente para conviver com as prisões que nos acompanham, que se transformam em palavras, convicções, desejos, passos e voos que sempre vão delimitar territórios, mas não vão limitar a capacidade de sonhar.
Só que estas prisões não são compreendidas pelas pessoas de maneira profunda e plena, como se elas se esquecessem de que em suas raízes existe uma prisão que as tornam livres para seguir adiante, com base em seus sonhos, desejos e caminhadas que podem alcançar o mar em busca dos nossos portos...
E aí vamos tomando novamente uma consciência que nos permite entender que cada ser é similar as árvores que nos refrescam com suas sombras ou nos alimentam com seus frutos, onde as raízes sempre determinarão quem são, quem somos, o lugar de onde viemos, o que podemos nos tornar e quais bondades serão geradas pelas sementes que carregamos conosco.
Então muitas das árvores que nos acompanham apontam para nossas raízes mais profundas no momento em que precisamos tomar decisões, assim como os galhos que se curvam sob a neve e não tentam resistir para não quebrar, do mesmo jeito que as folhas caem no outono para mostrar que esta roupagem também é trocada, para nos dar nova vida, novas possibilidades e deixar outra estação se alimentar com o que chega ao solo.
Mas aí muitos dirão que são livres demais para se compararem com as árvores que parecem eternamente presas ao mesmo lugar, só que estas pessoas se esquecem que aquelas mesmas árvores viajam conosco em nossas memórias para qualquer lugar que vamos, do mesmo jeito que as fotografias registram partes de nossa história...
E com isso vamos olhando ao nosso redor e notando que podemos crescer ao deixar que nossas raízes ganhem mais força, seguindo um caminho que procura um alimento que nos torna diferentes uns dos outros, que por vezes precisam deixar as folhas caírem ao solo para nos alimentar e retomar o crescimento, saindo das mesmices que envolvem o dia a dia daqueles que se dizem livres e são eternamente prisioneiros do imutável que habita suas mentes e corações...

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