segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Cada um dos caminhos e sonhos

Nenhum dos sonhos que compartilhamos vai ficar trancado em uma caixa, esquecido em um canto, como se estivéssemos à mercê do comum, do trivial tão conhecido que parece inevitável...
Mas para que isto aconteça é preciso olhar com mais calma para nós mesmos, o que temos na essência oferecida entre nós, que fazemos questão de mostrar para que não esqueçamos dos laços que formamos.
Por isso mesmo também olho adiante para não deixar que nossos laços se desfaçam ou caiam no esquecimento, colocando em cada horizonte um pouco mais do que encontramos hoje, abrindo caminho para que nossos passos também tragam nossa história.
Então observo calmamente seus passos acompanhando os meus, sem que isto os impeça de escolherem caminhos separados, da mesma forma com que foram nos conduzindo até o presente em que estamos lado a lado, que podemos observar as mesmas paisagens e ainda assim levar nossos olhos aos lugares que se transformam em histórias que trocamos um com o outro...
E esta caminhada contempla nossos sonhos conjuntos, assim como faz com que cada sonho individual faça parte de uma história que não segue uma única linha reta, comportando curvas, paisagens diversas e que também nos colocam dentro dos desejos que nos pertencem...
Também neste pertencer é possível olhar detalhes que vão fortalecer os laços que construímos, laços que podem se abrir o suficiente para abraçar novas histórias, que se encaixam perfeitamente no presente que compartilhamos e que oferecemos um para o outro, deixando as páginas seguintes livres para abrigar as lembranças que estão por vir... da mesma maneira que fazemos hoje...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Entrelaçar caminhos ramificados...

Cada uma das ramificações do caminho vão entrelaçando vidas, sentimentos e o que podemos compartilhar, trazendo e levando parte de histórias que não chegarão ao fim enquanto estiverem conectadas com nossos passos de agora e futuros, carregando os encontros e desencontros que nos tornam importantes um para o outro...
Com todas as distâncias percorridas lado a lado podemos também olhar os caminhos que nos cercam e são partes da nossa história individual, o que nos molda lá na essência, que faz vir à tona quem somos através de gestos que saltam aos olhos ou simplesmente tocam a alma.
Por isso mesmo vamos nos apegando, ligando nossas histórias mais profundamente, fazendo com que nossas raízes se enlacem, criando mais e mais ramificações para um futuro certo cheio de incertezas tão certas que tornarão os dias ainda mais únicos.
E então tudo vai se transformando, vai ganhando um pouco de nós a cada dia, somando pouco a pouco, sem que haja subtração, nem que a divisão das histórias individuais se sobressaia ao que construímos, ao que criamos e ao que entregamos um para o outro...
Com isso vamos percorrendo nossos sonhos, nossos passos que nos levam aos lugares que nos dão força para seguir o caminho, para olhar ao redor e observar que os jardins também precisam se adaptar às estações para viver ao invés de apenas sobreviver...
Mas tudo o que encontramos vai traçando mais e mais palavras na história que escrevemos conjuntamente, que vai nos mostrando outras ramificações, que deixa sementes a serem revisitadas, que vão colocando diante de nós um novo nascer do sol, outros luares acompanhados de estrelas e as nuvens que trazem chuvas para regar nossos jardins e levemente limpar a alma.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Histórias que repousam nas pétalas

Cada uma das gotas de orvalho que descansa sobre as pétalas pela manhã nos traz uma história, nos dão motivos para que olhemos o passado de forma única, assim como fazemos ao estarmos diante um do outro, para que o mundo que criamos seja repleto de jardins que vão nos ensinar como aproveitar melhor cada dia...
Só que aquelas mesmas gotas também nos mostram a importância das lágrimas que foram disfarçadas sob a chuva, que seguiram caminhos tão distantes quanto nossos sonhos e passos podem imaginar e nos levar, mas sem que isso signifique querer voltar atrás.
E aí percebo que até mesmo as pétalas das flores vão preencher lacunas ao longo dos tempos que em outro instante pareceriam vazias demais, sem um tom marcante, sem um perfume característico ou uma história para contar...
Mas quando as pétalas repousam sobre o solo também apontam para um destino que poucas vezes imaginamos, pois as mesmas flores vão se alimentar de cada folha, de cada pétala que as formaram, e assim somos nós, quando as nossas experiências nos fortificam e dão a certeza de que cada decisão não é mero acaso, por ter a certeza de que as decisões vão passar por estações e provações...
Então as histórias que dividimos são sementes de flores que já podem ter florido ou que ainda poderão exalar seus perfumes quando olharmos todo o caminho que percorremos... seja para ainda olhar o nascer do sol secar as gotas das pétalas ou para que o dia de chuva possar levar consigo as lágrimas de toda natureza...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Os sonhos mais doces

Cada sonho vai compondo um outro lado do mundo que criamos, sem que isso nos isole daquilo que nos cerca, unindo nossos mundos distintos com os daqueles que cruzam nosso caminho, que vão nos mostrar as lições que precisaremos aprender em dado momento, de maneira tão precisa e única que somente após longos dias poderemos perceber o que realmente ocorreu.
Isto revela um pouco dos sonhos que criamos, das pessoas que cultivamos conosco, daquelas pessoas que apenas vieram regar algumas sementes e que também receberão um pouco do nosso eu quando ao nosso lado...
E assim os passos que se seguem ganham maior envergadura, são como asas que nos levam mais rapidamente ao lugar que deveremos ir, aonde o estar se aprofunda através do ser, daquilo que plantamos nos corações das pessoas e do que resolvemos levar conosco.
Mas isso tudo só fará sentido se pudermos olhar com maior cautela o que deixamos no caminho, tanto no nosso próprio quanto no dos outros, e talvez as maiores surpresas sejam encontrar as respostas que fizeram com que houvesse um aprendizado mútuo.
Mesmo assim os dias compartilhados vão ficando para trás quando nos separamos, se deixamos de ter uma determinada presença em nossas vidas, em cada história que criamos em conjunto, nas palavras que foram ditas e na forma como o silêncio disse muito mais...
Só que ao olhar nossas histórias vamos ter que observar com cuidado as lições aprendidas, as lágrimas que percorreram distâncias longas demais para se contabilizar, mas também é preciso notar como a alma se mantém intacta quando tudo o que foi doado foi verdadeiro, único e o melhor que pudemos entregar...
E este entregar vai além de mera confusão com um empréstimo datado, é algo que não sai apenas do momento, de um achar, mas vai fundo da essência de quem esqueceu de amargar a alma para sempre querer colocar um sorriso nos rostos das pessoas...
Talvez o sentido dos sonhos também vá mudando, não porque perdemos a capacidade de imaginar, mas por olharmos para trás e colocarmos à frente um horizonte muito melhor, não para deixar a história ser amarga, mas para ter a plena certeza de que a doçura só será possível se com o passar dos dias pudermos aproveitar nossos jardins para melhorarmos e adoçar a vida de mais alguém...

domingo, 23 de dezembro de 2012

Detalhes dos caminhos

De todos os caminhos que percorro ao seu lado muito posso dizer, criar e eternizar, assim como são os caminhos trilhados individualmente, por curiosidade, para um aprendizado e também para colocar o devido valor em tudo o que dividimos, naquilo que construímos por nós ao estarmos a sós e também quando nossos passos estão lado a lado...
Mas nem sempre é possível ter a real dimensão do que se encontra pelo caminho, dos dias em que cada detalhe foi além do estar ali, preenchendo mais e mais maneiras de se observar com todo o cuidado quem ao lado se encontra, com suas histórias, com suas percepções e também do modo como tudo vai se conectando ao longo do tempo...
Só que além disso é preciso olhar para as janelas do mundo que preservamos, que vamos moldando, que também deixamos moldar a si próprio e que a cada jornada nos mostra que as mudanças sempre serão reflexo do que plantamos há muito, mas que talvez não tenhamos percebido daquela maneira.
E também vou tentando descrever com palavras o que mais chama a atenção, cada passo dado, visando dar o máximo de detalhes, mas esta tarefa consome todas as palavras e ainda assim se encontra incompleta, sem que seja abandonada ou até mesmo minimizada.
Deste ponto em diante o que antes parecia certo ganha contornos distintos, vai me mostrando uma história que não é escrita antecipadamente por completo, mas vai trazendo novas dimensões para o que se sente, o que se experimenta e o que se vive, ao mesmo tempo em que aproveita cada cenário para se tornar inesquecível...
E isso tudo vai apenas somando o que se torna indivisível, que pode não saltar aos olhos de todos, mas aos nossos já é unicamente perfeito, fruto de cada experiência e do que ainda virá, apenas para tornar real as percepções que hoje compatilhamos e trazemos à vida ao simplesmente viver...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Paisagens com a idade da alma

As paisagens que nos acompanham durante a vida são reflexos diretos de quem somos, do que semeanos e da maneira como acabamos cuidando de quem está ao nosso lado, mesmo em momentos em que uma chuva pode nos molhar ou quando as sombras nos protegem do sol por alguns instantes...
Mas o que mais chama a atenção mesmo é a maneira como lidamos com as paisagens dos outros que vão complementando as nossas, que se integram perfeitamente, que alocam nuances que isoladamente não teríamos e do modo como nos ligamos a quem nos trouxe tal visão.
Mesmo assim podemos apreciar as folhas que se somam no solo para retornarem ao seu explendor num futuro próximo, não de maneira idêntica, mas perfeitamente distinta, com uma nova história, com novo perfume e um magnetismo que atrai o olhar.
E então os caminhos vão contando como as vidas se entrelaçam, como se conectam, a maneira como se unem no exato instante em que precisamos, mesmo quando isto nem sempre é levado em conta, mas torna ainda mais especial o que sentimos...
Aí é possível também observar que a minha dedicação sai do comum, mesmo entrando em um campo que pode ser comum, mas que devido às experiências e histórias distintas ganha um sabor diferente, trazendo consigo raízes que buscam na essência de nossas escolhas o que é realmente importante para entregar...
Só que as escolhas por mim efetuadas não são acaso, assim como as suas, quando ao meu lado, parecem se conectar perfeitamente com o mundo que nos cerca, com as escolhas individuais que fizemos e que se encontram delicadamente, perfeitamente e sem apagar o outro.
Por esta razão o que é sentido sai em busca do que existe nestes dois mundos que se encontram, que vão moldando a história que escrevemos quando juntos e individualmente, para nós e por nós, mas também sempre que outras paisagens se conectam com o que criamos e se transformam em lugares sagrados que visitamos diariamente para crescer e também cultivar a juventude da alma...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Além do silêncio do horizonte

A transformação da noite em dia nos permite observar que os horizontes mudam mas não perdem suas essências, nos levam a observar com mais calma quem nos acompanha, quem recebe mais atenção e faz com que as distâncias sejam encurtadas, como forma de mostrar que a duração de cada momento se deve à importância que damos ao ter a capacidade de compreender o ocorrido.
Dias ou noites são complementares, únicos e convivem em uma harmonia que levamos tempo para entender, mas o melhor é que a cada nascer do sol ou da lua podemos fazer com que aqueles momentos valham e se façam presentes em memórias que cultivamos, para compartilhar futuramente...
Mas quando os horizontes acabam afastando momentaneamente as pessoas que são parte de nossa história, mas também são estes mesmos horizontes que admiramos um ao lado do outro para não esquecer a presença e saber que nenhuma lembrança existe em vão...
Talvez por isso podemos olhar para trás e entender que cada horizonte vai fazer dias e noites se separarem e unirem, vai criar a linha que divide e mesmo assim não consegue abrir espaço para que ambos se afastem, assim como as histórias que vamos escrevendo se encontram e nos trazem surpresas...
E então tudo o que sai de nossa essência vai além do que os olhos podem ver, mas também coloca em cada palavra pronunciada o efeito que encanta, que faz da admiração algo presente e me traz a chance de saber que desde aquele primeiro pôr-do-sol dividido a minha história tomou nova proporção com a sua presença...
Aí encontro novamente razão para usar certas palavras, para deixar que ao seu lado a imaginação flua continuamente, mas além disso também posso fazer com que possamos encontrar outros horizontes para apreciar conjuntamente... e fazer com que esta história seja repleta de palavras, silêncios, olhares e do ouvir em silêncio...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Plenamente simples

Simplicidade é algo que sai do comum e ocupa um lugar diferenciado em nossas vidas, deixando pelo caminho lembranças que apontam para as mais variadas direções e nos colocam no centro de algo maior, que nos cerca de horizontes que vão trazer mudanças que determinam nosso crescimento.
Caminhos existem para ser percorridos de maneira simples, sem impedir que o complexo faça parte dos dias, que una história que parecem desconexas e ainda assim revelem o quanto nos colocamos no centro sem que esta seja a melhor escolha.
Mas os dias repletos de simplicidade não devem ser encarados como monótonos, pois se assim o fizermos acabaremos por abandonar nossos melhores gestos e ações, criando mais obstáculos do que realmente existem e deixando que os caminhos que não nos pertencem verdadeiramente sejam valorizados...
E então os arrependimentos preenchem a vida, fazendo com que cada ponto ao redor fique problemático, além de fazer o sentido de tudo perder o foco...
Só que ao compreender a essência de maneira mais simples temos a oportunidade de realizar as melhores escolhas, de abandonar os arrependimentos por saber exatamente que cada experiência nos faz quem somos, durante toda a nossa existência e deixamos inúmeras sementes que germinarão futuramente, pelo simples fato de olhar o hoje sem o medo do amanhã ou colocando o ontem no horizonte que alcançaremos em breve...

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Além de renovar...

São várias as formas com que um mesmo caminho pode ser percorrido, vivido, experimentado e agraciado, tendo a presença dos jardins que cultivamos de maneira a torná-los parte de um mundo exclusivo, mas sem impedir que se encontrem com jardins que complementam e se misturam com a história que formamos naquele instante...
Os dias também me permitem olhar outros jardins que se conectaram aos meus, que fizeram das estações a ponte de comunicação mais íntima, mais precisa e duradoura com a qual podemos lidar, com o que teremos a certeza de que os dias incertos são o que melhor representam as surpresas que temos a oferecer um ao outro.
Mas além disso cada uma das flores e dos seres que habitam em comum os vários jardins é possível ver que cada uma das histórias só existe quando olhamos para a frente e o horizonte aponta mais terrenos férteis para se cultivar...
E com esta percepção vou olhando para o lado oposto e percebendo que cada florada já presenciada não é fruto do acaso, mas a mais plena certeza de que cada página foi devidamente preenchida, de que as folhas que os ventos levaram se tornaram mais do que detalhes aos olhos de alguém...
Por isso é que o provar não é apenas um jeito de descobrir o que gostamos ou não, mas o de saber realmente o sabor, de buscar em nossa essência o que nos leva ao encontro de cada horizonte, que faz com que as paisagens mudem de tempos em tempos para comprovar que ao mudar também se faz necessário renovar e viver...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Reencontrar com novos olhos

Deixar que cada encontro traga novas experiências é algo com que devemos nos habituar, até mesmo buscar incessantemente, para que ao longo de cada história as ramificações permitam que aqueles pontos de alegria venham a contribuir para nossa existência.
Mas por poucas vezes também acabamos olhando aqueles instantes como se já os conhecêssemos, como se a história já estivesse escrita ou fosse profundamente delineada por escolhas que permanecem imutáveis em nossas vidas...
Só que aí também temos que olhar ao redor, reencontrar as portas que nos permitiram sair do comum, para que nos tornássemos essenciais um para o outro, para que fizéssemos os dias valer a pena e então construir histórias novas conectadas ao que de mais puro temos a oferecer.
Então não existem razões para que tenhamos que apagar o passado, o tempo que passou é fonte de referência para nosso futuro, através do presente que trilhamos conjuntamente e que sabiamente damos importância e valor, independentemente dos ocorridos, dos deslizes e dos acertos, das alegrias ou lágrimas que vieram para limpar novamente a alma que cultivamos para não envelhecer...
Mas ainda assim há um certo receio por aquilo que ainda virá, mas que por capricho fará parte do que escrevemos diariamente, daquilo que deixamos percorrer os rios ou mares que navegamos com a intenção de ampliar mais e mais nossos horizontes.
E aí também olhamos ao redor e percebemos que muitas pessoas contribuíram para o colorido jardim que cultivamos, para as estações que apontam as mudanças e como anoitecer e amanhecer são contínuos e nos dão a certeza de seguir em frente novamente...
Também é por este acontecimento que passo a me dedicar aos momentos que virão, aos que já passaram e àqueles que dividimos enquanto caminhamos... sem que isso vire um hábito comum, mas para que se torne a cada passo um hábito único, exclusivo e repleto de sorrisos em seu rosto...
Por isso mesmo é que nenhum dia se repete, mesmo quando passamos pelo mesmo lugar, pois conseguimos deixar as surpresas do caminho existir de forma inigualável e única, acompanhando nossos passos, guiando nossos olhos ao que pode até ser conhecido, mas que merecidamente recebe nossa atenção mais uma vez, só para que não esqueçamos dos dias que virão com todas as variáveis, sem exceção...

domingo, 16 de dezembro de 2012

Às respostas e compreensões

Certas respostas não são compreendidas no primeiro instante, parecem não satisfazer a curiosidade ou ser o que foi idealizado, até mesmo desejado, colocando novas oportunidades de aprendizado em nossas mãos, em nossa evolução diária, no íntimo de cada um e com a precisão que só será assim definida após longos dias de efeito...
Desta maneira o sentido do que encontramos é profundo, tendo um efeito permanente nas decisões seguintes, que levam a buscar o que de melhor existe, sem levar em conta, por inúmeras vezes, que de qualquer forma sempre alcançamos o melhor, só não entendendo plentamente que o ocorrido assim o é.
Mas ainda assim muitos dias parecem prolongar algo que vai além das escolhas, das dúvidas e de nossa história futura, como se houvesse um lapso entre o hoje e o amanhã, tentando desconectar o passado do futuro em meio ao presente...
Talvez esta seja outra forma de olharmos com mais cuidado o passado que nos trouxe até aqui, que nos forma a cada dia, um meio de compreendermos que nenhuma ação foge da nossa essência, que os dias são surpreendentes quando estamos abertos ao melhor dos demais e então reconhecemos ali sentimentos e sensações que desejamos perpetuar, mesmo que por um breve segundo imortalizado em nossa memória...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Os passos mais vivos

Os maiores passos que damos só são assim descritos quando olhamos a distância que já percorremos, com cada desafio devidamente alinhado com os momentos em que recorremos àquilo que temos de melhor, de maior e mais importantes, mas mesmo assim é possível perceber que nenhum passo se apequena ou engrandece sem razão...
E com o passar dos dias cada passo vai também modelando nosso caminho, nossas aventuras particulares que encontram o sol, a chuva, as estrelas e cada semente que floresceu enquanto buscávamos ir além do presente, trazendo nosso passado conosco e indo em direção ao futuro que nos aguarda dentro de nós e no caminho que nos leva aos horizontes de cada dia.
Aí também é preciso levar em conta quanto levamos aos demais, como levamos e as diversas trocas efetuadas durante o caminhar, independentemente do tempo que leve, mas está ali presente em cada palavra, em cada gesto, no jeito de ser, no simples estar e preenche as páginas do diário da vida de tal forma que podemos enxergar além de nós mesmos, encontrando então os maiores presentes que recebemos...
Mas ainda assim ficamos atentos ao que nos cerca, ao que interessa e ao que pode atrair nossa atenção, sem que isso signifique anular quem somos, mas saber que os maiores passos são dados quando o valor do que nos cerca é devidamente percebido, absorvido e vivido, para então escrevermos entre cada passo mais do que palavras de uma jornada, levando ao encontro do que faz valer a pena o cultivo dos jardins que são agraciados com as presenças mais diversas e ilustres...
Talvez por isso o maior passo não seja o primeiro ou o último, mas o que nos faz parar para observar com calma e entender com clareza quem somos, além de mostrar a nós mesmos que ao nos doarmos ao outro acabamos nos doando a nós, saindo do caminho comum e fazendo destas histórias algo muito maior, mais rico e verdadeiramente vivo...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O tempo das somas

Há dias em que o tempo parece passar mais lentamente, que vai desenhando calmamente as linhas pelas quais vamos gravando nossas histórias, onde nossos sonhos revelam o que é mais importante, o que faz com que todos os gestos valham a pena, mas também trazem lembranças de um passado que abre caminhos para um futuro em breve presente...
Então o que ocorre a seguir é reflexo da nossa essência, fruto produzido do âmago, que dá ao atual instante um ar de novidade, de algo puro e singular, tão evidente e ao mesmo tempo surpreendente, que vai apontado para o horizonte que buscamos conhecer ao dar novos passos em frente.
E aí também nos deparamos com alguns supostos obstáculos, com caminhos que parecem levar a um lugar sem saída, mas no fundo a nossa capacidade de compreender o que ocorreu ainda não está tão apurada e nítida, por isso acabamos confundindo algumas experiências da vida com suposta perda.
Mas aí olhamos para traz quando nossos passos já nos levaram para outro lugar e apreciamos nossa história, passando a entender o que aconteceu, sem precisar apagar o que nos tornou quem somos agora, e sem precisar seguir outro caminho senão aquele que torna possível nossa jornada...
Mesmo assim todos acabam por observar calmamente as diversas histórias já em um futuro no qual a dita velhice se aproximou, mas no fundo o tempo que passou não deve ser tratado como parte de uma posse, mas de um caminhar contínuo que vai revelando aos poucos quem somos, dando a nossa história mais do que um acúmulo de páginas e experiências, continuando em frente mesmo quando os desejos se mostram num horizonte ainda longínquo...
Somente após isso poderemos ter a certeza de que cada passo valeu a pena, de que cada conquista foi além do que entendemos no primeiro instante, saindo do comum, assim como cada dia que é vivido de verdade o faz se tornar.
Por isso mesmo os dias sempre vão se moldando conforme nossa capacidade de aprender, de saber lidar com os outros, de doar um pouco mais de nós mesmos e de também saber receber, não pode sermos egoístas demais, mas por saber que nos dias seguintes a nossa história terá novas somas...

domingo, 9 de dezembro de 2012

Ao construir recordações mais vivas

A cada novo encontro mais e mais certezas preenchem o que anteriormente eram dúvidas que me levavam a percorrer caminhos que cruzam os seus, que nos aproximam e também deixam portas a serem abertas individualmente, como que nos preparando para estar lado a lado mais uma vez...
No mesmo instante há também a percepção de que histórias individuais são carregadas por quem está ao nosso lado, que acaba levando consigo uma pitada de quem somos, do quanto marcamos a vida de alguém e da forma como certas vírgulas surgem para que possamos olhar para trás e ter a certeza de fazer o nosso melhor sempre.
Aí também volto a olhar o que levo comigo, as pequenas histórias que você me trouxe, além daquelas que construímos juntos, em instantes que pareciam infindáveis e que se transformaram em tesouros que levamos conosco e que vamos adicionando mais valor ao longo dos dias.
Por isso mesmo cada segundo é distintamente aproveitado, mesmo que no silêncio muito seja dito, e quando tudo é transformado em palavras não há razões para não ouvir, para não aproveitar as doces melodias que saem de seus lábios e me fazem viajar em suas histórias...
Assim os dias vão revelando mais e mais sobre nós mesmos, colocando em evidência a forma como desenhamos nossa história, das compreensões, das dúvidas, de cada certeza, dos sonhos e dos eventos que futuramente preencherão nossas lembranças.
Um pouco mais além é possível retornar aos momentos em que os sonhos pareciam distantes, no lugar em que as histórias foram se conectando de forma suave e delicada, apontando para os horizontes que nos revelam cada nascer e pôr do sol, assim como trazem as estrelas e a lua que iluminam seu olhar...
Lembro também de cada vez que pudemos compartilhar sorrisos, que tratamos de eternizá-los ao deixar que cada dia pudesse ser repleto do melhor que oferecemos um ao outro até mesmo quando as dúvidas pareciam preencher de incertezas o caminho a seguir.
Ao olhar os dias que já se passaram também vamos deixando o futuro se aproximar vagarosamente, vivendo cada dia não como se fosse o último, mas para que também se torne uma página de nossas vidas de recordações vivas...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Poucos inteiros...

De pouco em pouco vamos escrevendo nossa história, levando e deixando um pouco de nós, mas também trazendo conosco um pouco de alguém, que pouco a pouco vai se somando até se tornar o único inteiro que não queremos nos distanciar...
Então a sensação de que aquele breve pouco é infinito consome a alma, revela a nós que inteiros são frutos de poucos somados, de breves capítulos que vão se unindo, entrelaçando e germinando novas oportunidades de se encontrar o que mais se precisa.
Mas o que na vida não nos chega aos poucos é alvo de admiração súbita e que pouquíssimas vezes nos damos conta dos diversos enlaces que a vida somou, do que alcançou um grau de raridade sem medida precisa e que é por isso mesmo que vai nos mostrar que os chamados poucos são inteiros que se somam, assim como duas almas que se encontram aos poucos.
Além disso cada dia que nos dá uma pequena chance de ficar mais um pouco com quem representa tanto é digno de ser visto como pleno, mas que para muitos seja muito pouco, mas que para nós sempre será o muito que poucos poderão realmente entender.
Por isso mesmo vamos levando sempre conosco as memórias que preenchem a vida, que nos dão a certeza de que nenhum espaço é pouco quando nós nos tornamos inteiros para encontrar um outro inteiro, para escrever nas páginas, para tirar de nós mais um pouco e transformar cada segundo em uma eternidade que desfrutaremos mais quando acompanhados...
E aí eu vejo que cada dia que passa não é meramente pequeno, mas ao deixar que ele se torne grande compreendo que cada passo, por menor que seja, não me levará a caminhar mais um pouco só por ser uma breve soma, mas trará toda a história que fui escrevendo até o instante em que encontrei alguém para deixar meus diversos poucos virarem um inteiro...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Luzes e tempos...

Ao trazer para o presente as diversas memórias que vão nos formando dia após dia encontramos novas percepções sobre o quanto ganhamos, sobre cada um dos gestos que foram ao longo do tempo nos definindo, moldando as linhas pelas quais escrevemos e transcrevemos histórias, lembranças, recordações e emoções...
Os dias mais presentes em nossas vidas sempre apontam para um lugar que parece se afastar quando deixamos as datas consumirem o que vivenciamos, como se tentássemos fixar em um único lugar toda a vida, toda nossa existência e o que somos.
Mas as memórias são atemporais, são vidas que nos dão vida, como peças que tecem um quebra-cabeças que vai aos poucos aperfeiçoando quem somos, cada história, cada sentimento e dá ao hoje um tom mais vivo sem precisar apagar o passado ou deixar o futuro muito iluminado...