quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Poucos inteiros...

De pouco em pouco vamos escrevendo nossa história, levando e deixando um pouco de nós, mas também trazendo conosco um pouco de alguém, que pouco a pouco vai se somando até se tornar o único inteiro que não queremos nos distanciar...
Então a sensação de que aquele breve pouco é infinito consome a alma, revela a nós que inteiros são frutos de poucos somados, de breves capítulos que vão se unindo, entrelaçando e germinando novas oportunidades de se encontrar o que mais se precisa.
Mas o que na vida não nos chega aos poucos é alvo de admiração súbita e que pouquíssimas vezes nos damos conta dos diversos enlaces que a vida somou, do que alcançou um grau de raridade sem medida precisa e que é por isso mesmo que vai nos mostrar que os chamados poucos são inteiros que se somam, assim como duas almas que se encontram aos poucos.
Além disso cada dia que nos dá uma pequena chance de ficar mais um pouco com quem representa tanto é digno de ser visto como pleno, mas que para muitos seja muito pouco, mas que para nós sempre será o muito que poucos poderão realmente entender.
Por isso mesmo vamos levando sempre conosco as memórias que preenchem a vida, que nos dão a certeza de que nenhum espaço é pouco quando nós nos tornamos inteiros para encontrar um outro inteiro, para escrever nas páginas, para tirar de nós mais um pouco e transformar cada segundo em uma eternidade que desfrutaremos mais quando acompanhados...
E aí eu vejo que cada dia que passa não é meramente pequeno, mas ao deixar que ele se torne grande compreendo que cada passo, por menor que seja, não me levará a caminhar mais um pouco só por ser uma breve soma, mas trará toda a história que fui escrevendo até o instante em que encontrei alguém para deixar meus diversos poucos virarem um inteiro...

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