quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Nas histórias um do outro

Se minha história não se conectasse à sua muito do que existe hoje não seria sentido, vivido intensamente como realmente dever ser, deixando que nossas palavras se encontrem, para que umas toquem às outras de uma forma delicadamente poética, viva e expansiva.
E depois dessa conexão os dias ganharam novos ares, foram trazendo lições que trocamos, que aprendemos ao mesmo tempo e que vão deixando o caminho mais afável, mesmo quando os espinhos se fazem necessários para que tenhamos que no prender ao que realmente vale a pena.
Por isso mesmo considero que os tais espinhos vão nos dando a chance de aprender mais um pouco sobre quem somos, quais são os destinos que se abrem e como melhoramos ao longo do tempo se assim quisermos...
Aí aprecio também a maneira como cada laço que se forma vai trazendo a cada um a possibilidade de ser maior, de fazer com que cada horizonte não alcance seu fim e nos deixe aproveitar os mais valiosos ciclos que determinam nossos passos.
Deste jeito acabamos criando laços mais íntimos, que não se abrem por estarem presos, mas porque sabemos que seguir em frente é mais importante do que abandonar o que se constrói diariamente, pois todo laço só dura quando diariamente tratamos de afrouxá-lo um pouco para que possamos crescer juntos...
Mas sempre que os dias se tornam simples ganham mais valor, deixam que as trocas eliminem barreiras, fazendo um papel mais importante, talvez até único quando olhamos nossa história, indo ao encontro de tudo o que forma nossa essência...
Mesmo assim precisamos também de certos afastamentos que se conectam por pontes sólidas, para que não nos percamos e para que na certeza das pontes saibamos exatamente quais são os presentes que teremos ao notarmos que do passado sempre poderemos olhar ao futuro...
E assim vamos tentando deixar os mares sempre disponíveis, acessíveis através dos nossos portos seguros que por vezes temos vontade de não deixar, mas que compreendemos exatamente o que significa sair para voltar e reencontrar o que jamais saiu da mente...
Por isso mesmo é que nenhuma história pode ser vivida sozinha, pois sempre temos ligação com outras histórias, e com o passar dos dias vamos aprendendo a escolher quais serão as que estarão conosco por mais tempo ao observarmos que espinhos são importantes, mas não devem ser a prisão que fere a história do outro.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Entre as distâncias que envolvem nosso melhor

Lembranças encurtam distâncias da mesma maneira como nos afastam do presente, nos deixam viajar no tempo, voltar ao instante em que imagens inundas a mente e nos deixam perceber que a cada novo dia nos afastamos das meras datas gravadas em pedaços de papel, mas jamais poderemos fugir de quem somos, daquilo que oferecemos a alguém ou guardamos em um lugar de fácil acesso...
Cada recordação faz com que os dias parem por dado instante, transformando-se em livros sob os quais cada capítulo desenha nossa rota, nossa vida, os sonhos, as aventuras, sentimentos e alegrias, trazendo também as lições que só aprendemos quando precisamos novamente erguer a cabeça.
E então podemos nos pegar sonhando com as mesmas asas que nos trouxeram até aqui, através de cada toque, dos olhares que nos acompanharam, das tenras carícias que vão construindo nosso melhor lado, que acalmam os dias em que tudo parece ter virado do avesso, assim como cada aprendizado faz cada momento nos colocar no caminho certo se assim nos permitirmos...
Porém é preciso voltar um pouco mais e olhar para as memórias mais íntimas que revelam mais uma das faces que possuímos, não porque precisamos nos esconder, mas porque a cada pessoa vamos destinar o nosso melhor, o que temos de mais puro, de mais simples e importante.
E com isso podemos observar que por algumas vezes refletimos diretamente o que recebemos, o que vem do outro e por impulso devolvemos... talvez por não perceber que o mundo que nos cerca sempre nos faz refletir o que chega até nós, talvez porque em certas circunstâncias tenhamos que nos defender...
Então muitos passos dados nem sempre serão seguidos de um passado, dando-nos a chance de caminhar um pouco para o lado, para observarmos melhor se aquele caminho é o mais adequado, se é ali que devemos realmente estar ou se de repente tornamos automático o que sempre deve ser feito com o corpo, a alma e a mente.
Talvez assim tenhamos a chance de olhar nossas histórias de novo, tentando decorar o futuro com muitos acertos sem perder de vista os equívocos, não porque precisamos errar para aprender, mas porque temos que parar de mecanizar a vida, tornando-a verdadeiramente viva e explorável através dos tempos que virão e que deixam os tons do passado guiar quem sabe reverenciar o presente com o seu melhor...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

As certezas de um pertencer

Pensar nos caminhos já percorridos faz com que tenhamos certezas sobre o que cada memória traz ao presente, mas deixa um espaço livre para que o passado nos leva a um futuro com maiores possibilidades, com destinos diferentes e repletos dos frutos que semeamos a cada novo dia.
É intrigante observar a influência do passado no hoje, a forma como o futuro se molda conforme nossas escolhas, como ele é dirigido por aquilo que nos acompanha, nos dando uma base para olharmos com maior cuidado ao que nos cerca, e que com toda a certeza surgiu quando decidimos tomar nossos rumos e marcá-los com nossos próprios pés.
Mas aí surgem dúvidas, que não são tão simplórias, tampouco insolúveis ou que não nos deixem saídas, pois a cada responder das questões temos a certeza de que caminhamos por um percurso nosso, que nos dá razões para ir além do hoje, mas sem apagar a existência dele...
Então o hoje é uma das constantes que mais nos acompanha, que nos abre portas e janelas, que nos permite ver o passado formando o futuro logo ali na frente, que, através dos obstáculos, nos ensina, nos deixa aprender e também permite que por algumas vezes possamos tomar para nós grandes lições ao compartilhá-las.
Além disso, é necessário rever como os nossos pés vão desenhando em areias o que não precisa ser trazido conosco, como se pudéssemos olhar com maior clareza àquilo que nos faz bem, que nos torna melhores e permite que passos sejam dados sem ficarmos ancorados às marcas que o tempo já tratou de levar...
E assim o sentido das decisões também cresce, ganha forma, acaba se tornando maior do que as impressões momentâneas de um agora que vai se apagar em breve, dando-nos a chance de percorrer caminhos que por vezes nos colocam de volta ao rumo correto por mostrar claramente que não é aquele destino que desejamos para nós.
Só assim podemos olhar com cautela às escolhas já feitas, aos destinos mudados, ao mundo que vamos modelando e que por certos dias colocam diante de nossos olhos os vitrais que vamos construindo, como se precisássemos completar um quebra-cabeças chamado de vida, mas que só teremos certeza do tamanho da obra-prima se observarmos calmamente o que cada gesto bom representa... e talvez assim possamos deixar de lado as buscas que não nos pertencem...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Além das estações

Há dias em que muitas lembranças ganham novos sentidos, não porque mudam, mas porque se expandem conforme caminhos pelo mesmo lugar, tendo em paisagens comuns diferenças que tornam as palavras que as descrevem mais encantadoras.
Por isso é que compartilhamos experiências e nem sempre as definimos do mesmo modo, com as mesmas palavras, pois elas sempre tocam lugares que vão acomodar delicadamente sentimentos que saltam aos olhos tocando o coração...
Mas só isso não define claramente o que sentimos, o que deixamos inundar a alma, fazer valer cada segundo compartilhado... verdadeiramente vivido, percorrido com passos que lentamente nos colocam diante um do outro... para olhar novamente no fundo dos olhos e até quem sabe dar as mãos.
E com o tempo caminhando do nosso lado vamos deixando que as sementes trocadas floresçam nos corações que avivam almas eternamente jovens, que dão brilho aos olhos com que me deparo, e que talvez assim também o sejam quando nossos olhares sempre se encontram...
Mesmo assim vamos desenhando sentimentos que ocupam o mundo que criamos, que deixam transparecer o que carregamos dentro de nós, para que até mesmo as intempéries não nos abandonem, apenas mostrando que nossa jornada ainda não acabou.
Então aproveito para rever cada gesto que criou a história até o presente em memórias que carregam mais do que imagens... são frutos que colhemos quando passamos a tratar da melhor forma as sementes que recebemos, que fizemos questão de trocar, de doar um para o outro, de colocar em nossas mãos o que nos faz seguir.
E aí temos que olhar o quanto ainda podemos caminhar juntos, fazer de cada sonho mais do que um mero desejo, criar novas histórias que se somam, que nos deixam mais vivos quando juntos e que não perdem a intensidade quando precisamos nos afastar...
Por esta razão é que aprendemos o quanto poderemos viver sem precisar anular o que nos anima, o que traz sentido para cada gesto, que dá um novo tom às palavras que gravam continuamente as histórias... indo ao encontro de sonhos que nos dão asas para alçar voos mais altos e deixar que o nosso mundo fique mais vivo, independentemente da estação em que estivermos...

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Os laços com o tempo


Dizer que o tempo passa e tudo permanece da mesma forma não é possível, faz com que nossa história se apequene demais, quando no fundo as essências e raízes podem parecer iguais, mas são aprimoradas com o passar dos dias, através das experiências que compartilhamos, dos rumos que cada dia tomou...
Então o tempo já não nos prende mais às lembranças pontuais, pois criamos novos cenários para expandir ainda mais o que sentimos e tornamos parte da paisagem que nos acompanha dia após dia.
E deste jeito conseguimos ir além dos passos que marcaram as areias, mas que não sumiram de nossas lembranças tão cristalinas quanto o presente momento... ainda mais quando vamos olhando atentamente o que nos cerca e que se tornará parte daquilo que construímos.
Aí também nos deixamos levar pelas brisas das memórias que refrescam o que temos de melhor, de maior e mais importante, que nos envolve sem sufocar, abrindo portas e janelas que nos presenteiam com um mundo verdadeiramente vivo...
Por isso mesmo é que as ações mais simples vão delineando os laços formados, que dão cores vivas àquilo que para muitos é um passado apagado, mas que nos olhos daqueles que ainda podem sonhar jamais perdem a força e o vigor.
E assim cada novo dia que nasce não precisa eliminar o anterior, não faz questão de ser mais importante ou mais lúcido, tampouco o único, pois ao aprendermos que todo novo dia soma muito mais do que subtrai conseguimos olhar muito mais à frente sem corrermos para o futuro que nos espera.
Assim cada segundo deixa de ser contado para ser vivido, para ser preenchido com o que temos de melhor, com nossos aprendizados, obstáculos e indecisões tão certas que nos revelam como as respostas provocam novas questões e nos dão a chance de alcançarmos os mais altos pontos ao longo da vida...
Mas mesmo assim encontramos aqueles que se esquecem do básico, que fogem de suas essências por medo de viver, tentando aprisionar a si próprios em lugares completamente isolados, distantes de qualquer janela, sem uma simples porta e também ancorando toda e qualquer chance de aproveitar os ventos para navegar por mares que sempre farão nascer portos seguros que nos sustentam mesmo quando estamos longe...


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Linhas que se encontram e encantam

Cada linha que preenchemos em nossa história dando aos sonhos os contornos ideais, modelando palavras, gestos e ações, criando um universo particularmente nosso, repleto da essência que nos fez chegar um ao outro, que nos deixou caminhar livremente até o presente sem criar amarras, pois cada laço que formamos vai abrindo mais e mais horizontes para que a vida se torne cada vez maior.
Mas além dessa percepção é preciso olhar como as nossas linhas individuais foram preenchidas com algo que procuramos semear diariamente, que fazemos questão de deixar vivo, dar asas e permitir que nos tornemos portos seguros que acompanham as longas jornadas de cada sonho...
Então tudo passa a ter um sentido maior, um jeito tão único que os olhares se alimentam de momentos e palavras que delimitam mundos, que desenham jardins que se modificam a cada estação sem perder o encanto ou que as almas envelheçam.
Só que também é possível olhar as longas distâncias que se formam quando recontamos nossa história, quando nos pegamos viajando pelo tempo através das memórias, de presentes gravados em passados que viram novos presentes que oferecemos um ao outro...
Deste jeito vamos criando memórias que carregam todo o envolvimento, cada traço, cada letra e gesto, dos dias em que as chuvas foram constantes ou de lugares em que o nascer do sol foi testemunha das linhas preenchidas, dando continuidade àquilo que temos de melhor e então no entregamos...
A partir desse momento as histórias contadas vão deixando que novos caminhos se somem aos já trilhados, de forma a colocar em cada passo suas devida importância, sem criar obstáculos, mas aproveitando-se dos aprendizados que fizeram sonhos serem alcançados, caminhos percorridos com um tempo próprio, às vezes a sós, às vezes acompanhados...
Mas aí muitas revelações surgem, dias e mais dias vão dando aos laços a elasticidade suficiente para que as memórias voltem mais adiante, sem perder a força, mas também sem impedir que as solidões se façam presentes para que sempre tenhamos novidades a compartilhar... por meio dos nossos sonhos individuais ou da necessidade de sempre buscar encantar o outro novamente...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Olhares e caminhos que alcançam o coração

Não posso aprisionar a lua em uma caixa para te dar, pois prefiro que você seja surpreendida ao olhar para os céus reencontrando-a exatamente com o mesmo brilho que ilumina seu olhar, que nos dá a oportunidade de caminharmos novamente sob a luz que nos deixa sonhar acordados, que faz com que o encontro de nossas mãos conecte ainda mais nossas essências, deixando sorrisos pelo caminho, como semente que germinam em corações que sustentam as almas mais jovens...
E deste jeito posso compartilhar contigo caminhadas que por vezes encontram as gotas da chuva, que acabam sob árvores que nos refrescam com suas sombras, que nos deixam aproveitar os dias mais ensolarados, que também vão mostrar o sol se pondo nos aproximando ainda mais.
Então muito do que dedicamos um ao outro foge da vontade de aprisionar algo, pois conseguimos trilhar caminhos que nos levam a encontrar e reencontrar o que alegra a nossa alma, que faz dos dias algo surpreendente, que cria situações para que nenhuma palavra trocada seja vazia, assim como aprendemos a ler os olhares que trocamos...
Neste instante tudo o que nos pertence não está preso às almas que alimentamos diariamente em nossos encontros e ausências, nas palavras ou silêncios, com ou sem carícias que desenham nas estrelas o que deixamos preencher nosso ser... para que as luzes de um certo luar ou pôr do sol também se façam únicos como os dias que dividimos um com o outro.
E por isso mesmo cada sentimento vai crescendo aos poucos, vai colocando em nossa história a essência que nos liga, que nos colocou diante um do outro, como se as linhas já escritas da vida apenas conduzissem a cada um por um caminho que se encontrou em nossos olhos e passou a se estender em nossas mãos...
Aí percebo que em cada novo instante é criada uma sustentação que nos deixa sonhar livremente sem deixar o solo, mas que quando nos faz usar asas também nos traz a possibilidade de tocar as estrelas para rejuvenescer um pouco mais as almas que sempre nos permitirão alcançar novos horizontes sem virarmos prisioneiros de nós mesmos...
Com isso a lua ainda permanecerá tão brilhante quanto seu olhar, deixando que poesias saiam de sua alma enquanto me pego apreciando todas as nuances que são externalizadas em seus olhos para me dizer o que somente o coração pode ler.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Às luzes da inspiração

Dos teus olhos saem poesias sem palavras, que iluminam o mundo, que dão novas tonalidades às almas ao seu redor, fazendo com que as mais variadas descrições preencham as linhas da vida, tornando-os a fonte de inspiração para se percorrer caminhos que nos mostram como as nossas sementes também se refletem nas pétalas que acompanhar as brisas e colorem os dias.
No âmago da minha imaginação residem palavras que não podem ser descritas, pois são sentimentos que se dedicam a recordar sua presença, a ter imagens do que partilhamos por longos momentos que passamos juntos... tanto nos breves passos quanto nas mais longas caminhadas que encontramos ao longo da nossa história...
Talvez assim eu recorde de momentos que transformaram meu mundo, que redefiniram gestos, que trouxeram para fora meu melhor, mas também colocou no caminho um aprendizado sem tamanho, com proporções que ocupam universos, mas que também definem minha alma.
E aí meus passos se transformam em asas que colocam em nossos sonhos o rumo que traz brisas e ventos que necessitamos, para voar mais alto, para deixarmos que as sementes que ficam pelo caminho também sirvam para fazer o mundo sorrir através dos lábios ou nos olhares que apontam para os céus acompanhando o nascer do sol ou o luar de uma noite estrelada...
Também posso olhar novamente para os dias que ainda virão ao seu lado, sem me desfazer das memórias que engrandecem nossos laços, que deixam as tonalidades flutuarem para mostrar toda a gama de cores, para que eu passe a perceber também as sonoridades, os silêncios, os gestos e tudo o que se refere ao encontro das almas que trilham caminhos sinuosos e não se deixam envelhecer...
Então posso tornar mais claras as histórias que partilhamos, sorrisos que dominaram o tempo, que perduram por toda a eternidade e ainda se renovam a cada instante, em cada lembrança e a cada movimento que para muitos se repete, mas sabemos que são tão únicos quanto cada estrela que ilumina as noites mais escuras.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Entre os saberes das asas...

Quando asas carregam nossos sonhos tudo fica muito mais próximo do coração, tendo um caminho que revela todas as referências de nossa essência, dos passos que nos preparam para alçar voos mais altos, que nos deixam ao lado de quem não nos amarra, e sim forma laços que nos permitem ir muito mais longe do que inicialmente pensamos...
As mesmas asas que nos deixam sonhar vão fazer com que todas as viagens gravem de leve as histórias que as lembranças trazem com o passar dos anos, como penas que se aproveitam do vento para conhecer o mundo e depois retornam para nos contar o quanto cativaram e cultivaram.
Mas até o dia em que as penas façam suas jornadas temos que olhar quantas delas encontramos pelo caminho, desprendidas fisicamente das pessoas, mas conectadas eternamente às histórias que cada um traz, que deixam sementes que viajam conosco e vice-versa.
E aí podemos observar que quanto mais alto voamos maiores são os mundos que exploramos, mas não devemos nos deixar levar pelas correntezas só para fugir de responsabilidades, temos que aproveitar o crescente para irmos além, assim como precisamos voltar ao solo para semear as histórias que coletamos.
Isso vai fazendo com que os desenhos das nuvens mudem um pouco, mas não percam a graciosidade e a magia dos tempos de criança, das formações que tornavam as penas compartilhadas com alguém mais interessantes, com histórias que se ligaram sem jamais se separar...
Deste jeito acabamos entendendo a razão pela qual os sonhos só frutificarão no terreno certo, trazendo a cada dia as luzes e sombras para moldar a essência, tanto no tempo seco quanto nas chuvas, vivendo e revivendo estações que nos mostram que até mesmo nossas asas passam por mudanças e se alinham com aquilo que mais precisamos...
Também é preciso olhar a maneira como os dias mais distantes se aproximam conforme nossas viagens se prolongam ou encurtam, como a percepção do percurso vai se alterando, como se as raízes que nos sustentam apenas revelassem aos poucos os horizontes que preenchem nossas histórias de companhias que dão uma tônica diferente àquilo que escrevemos ao longo do tempo... mesmo sem saber.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Viver com alma

Se todos os dias fossem iguais não haveria sentido para estar ao seu lado, para caminhar lado a lado, fazer surpresas, ser surpreendido... olhar cada pôr do sol, cada nascer da lua... assim como esta presença faz com que nossos sonhos se alinhem sem consumir um ao outro, pairando sobre as nuvens que regam os jardins que construímos, aos quais dedicamos a alma, fazendo de nossa companhia sorrisos que inundam os corações e dão o toque ao nascer e renovar dos dias seguintes...
Então percebo que as breves igualdades se tornam tão diferentes quanto posso enumerar, desenhando as mesmas impressões, os mesmos trejeitos, que são divinamente únicos, sólidos e ao mesmo tempo bailam em meio às decisões que tomamos para acompanhar um ao outro.
E aí as percepções vão nos colocando em ângulos diferentes, vão nos dando a oportunidade de conhecer mais profundamente quem somos, o que ainda me encanta, aquilo que talvez te cative... sem perder a forma, sem perder o conjunto e que também acaba por explorar os céus a cada noite para olhar cada estrela que forma um novo desenho e mostra que sem o pôr do sol ficariam escondidas...
Mas aí me pego olhando para o que já desenhamos anteriormente... recordações que me fazem voltar no tempo, que dão o tom das escolhas, que permitem te surpreender, para quem sabe encantar novamente...
Só que também volto a observar que de todas as vezes em que te fiz sorrir já pude também cuidar da sua alma, saindo do comum sem perder a simplicidade, sendo criança ao sempre fazer tudo de um jeito único, talvez iluminado, talvez profundo como a alma, vivo como o coração e alegre como os olhares trocados...
Sei então que cada alma rejuvenesce quando sorri, quando se sente apreciada, avivada por alguém que ainda mantém vivo o espírito de criança, que faz coisas infantis para arrancar sorrisos, para trazer alegrias, dar novas asas à imaginação, para fazer as nuvens tocarem os solos, dando um ar de mistério ao que virá em seguida... presenteando o presente com uma presença verdadeira, de coração e de alma...
Por isso mesmo é que nenhum dia se repete, a alma traz novos caminhos, rumos que quando percorridos nos dão a capacidade de tocar as estrelas e uni-las como se fossem desenhos, do mesmo jeito que uma criança faz, não porque se esqueceu de crescer, mas porque trouxe consigo a maturidade infantil que nos dá o dia seguinte para viver sorrindo, para reviver e também conviver...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Apenas construir um passado...

O passado mais presente é aquele que construímos em busca do futuro, dos gestos que nos tornam melhores, das ações que rodeiam atitudes e fazem com que nossas percepções deixem gravadas nas histórias tudo o que temos a oferecer a alguém, sem deixarmos de sonhar, sem perdemos os nossos próprios passos, sem prender nossa alma àquilo que ficou atrás das portas fechadas...
Mas é neste presente que se fixam as histórias que dão ao passado um valor diferenciado, que colocam lado a lado os passos que estiveram conosco, que nos dão a chance de aprimorar quem somos, de fazer melhor, sem que para isso tenhamos que apagar a nossa essência para seguir adiante.
E deste mesmo jeito vamos construindo o caminho que percorremos, fazendo dos dias as pontes que nos ligam a quem está do lado, deixando também muitas portas abertas... e outras tantas fechadas.
Só que além disso é possível olhar com mais cuidado ao que trazemos ao presente, ao que deixamos para alguém, ao que emprestamos ao invés de dar, pois cada vez que um gesto nosso marca a vida de alguém também é carregado conosco, não nos abandona ou se apaga de nós...
Aí temos que aprender a conviver... a doar nosso melhor de maneira simples, de forma singela e única, para que as palavras que escrevemos nas vidas dos outros tenham um sentido, para que valham a pena, para que não se apaguem facilmente ou então sequer tenham tempo para criar vínculos verdadeiros.
Então tomamos para nós um pouco das outras pessoas, tendo proximidades e distâncias equivalentes, deixando laços se formarem ao longo do tempo, fazendo uso de um livre-arbítrio que não tem como fundamento moldar o outro, mas passar lições que serão ou não usadas, até mesmo por nós quando estivermos preparados para entender que diariamente nos construímos, sem exceção.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

As distâncias do aprender

Enquanto nossos passos acompanham um ao outro temos a certeza de que as distâncias que ocorrem vão completar nossas histórias, como caminhos que precisamos trilhar sozinhos para então estarmos preparados para voltar a andar em paralelo...
Todos os passos que demos um ao lado do outro são tão importantes quanto aqueles dados separadamente, que desenham outros trajetos, que nos tornam maiores para que possamos doar mais ao outro, para satisfazer certas dúvidas, para obter novas certezas e também transformar sonhos em realidade...
Mas são poucas as vezes em que podemos realmente compreender como os laços podem se afrouxar sem se desfazer, talvez por egoísmo, talvez por esquecermos da individualidade, tendo como suposta desculpa a preocupação disfarçada em prisão sem grades.
E aí temos que escolher caminhos diferentes, ações que vão nos colocar em outros jardins, que nos permitem sonhar novamente, sem precisar aprisionar, sem deixar de lado, mas tendo um cuidado muito maior com as sementes que deixamos um no outro, para que floresçam e tragam frutos melhores...
Só que os dias parecem nos revelar outra realidade, outros caminhos... percursos que não nos deixam ver o que está mais à frente, pois temos uma certa mania em cegar a nós mesmos por não compreendermos a existência do outro, as liberdades que nos aproximam sem precisar ferir...
E com uma ação diferente podemos fazer mais, podemos dar mais do que uma presença momentânea, um rabisco de quem somos, um rascunho de nossas ações que acabam por promover uma prisão ao invés de proporcionar novos sonhos, muitos deleites com a companhia e também com a ausência que se transforma em saudade...
Mas aí pode entrar o ego, a constante obrigação do pertencimento em forma de prisão, como se apenas uma história fosse importante, só que por uma tal de sorte não é assim que acontece quando aprendemos que para sermos nós mesmos temos que cultivar o outro.
Então tudo passa a ser maior, encantador, sonhador, imaginativo, alegre e repleto de lágrimas que contam histórias sem precisar de palavras, que curam certas ferias e também vão alcançar aquelas sementes do outro no coração de quem aprendeu a viver de verdade...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nos tamanhos mais simples

A longevidade das memórias eterniza sentimentos, momentos que dão novos rumos ao essencial, àquilo que doamos, mas também faz jus ao que acaba definindo os caminhos pelos quais damos nossos passos, para que no final do percurso tenhamos a certeza de que tudo correu da melhor maneira...
Em certos dias achamos que nossos passos nos levam para longe do que queremos, quando na verdade eles nos colocam no caminho certo, no rumo para que encontremos dentro de nós os sentimentos que nos conectam às outras pessoas, o que faz com que passemos a nos dedicar a alguém, que dão sentido à vida, não para sobreviver, mas para simplesmente viver...
E aí temos que observar com muita calma os detalhes que desenham outras histórias, que vão aprofundando a troca mútua com o outro, o que nos faz ter a certeza de que ser importante não é um desejo, mas uma percepção da outra pessoa, de algo que somente nós podemos fazer quando juntos, colocando mais do que uma presença diante da pessoa...
Mas também temos que entender que do outro lado só haverá esta atenção quando muitas coisas forem escolhidas pelo coração, feitas diretamente por ele, sem exceção, sem a posse, sem a prisão de pertencimento que preenche algumas vidas, sem se apoderar ou escravizar...
Só que então somos surpreendidos ao longo da vida, encontramos caminhos que parecem rotas sem saída, sem brechas para que a convivência exista, como se a posse fosse mais importante, o ter suplantasse o ser e fizesse com que houvesse uma única via a seguir.
E isto só nos dá outra chance para alocarmos o nosso melhor, pois até mesmo naquele momento em que tudo parece vazio é que nos damos conta de que os preenchimentos são diferentes, e que mesmo que não nos agradem devem existir, mesmo quando um pouco de egoísmo nos toma e tenta mudar o imutável...
Por esta razão é que os caminhos mais longos nos fazem voltar à essência, nos deixam outras saídas, nos fazem olhar para o pôr do sol como jamais o fizemos, deixando claro que as mãos que seguram as nossas estão ali, sejam presentes ou na mente que nos faz melhorar ao lado de certas pessoas...
Talvez assim possamos entender que nenhum caminho é trilhado em vão, as presenças marcantes são reflexos diretos das nossas ações, do nosso ser que tem a esperança do melhor, de fazer algo grandioso, mas que em certos dias se tornam mais importantes para o outro se colocarmos a simplicidade em nossos corações...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Em tantos silêncios...

Há momentos em que encontramos novas histórias, mas por muitas vezes também somos encontrados pela história de outra pessoa, conectando-as de tal maneira que a história a ser escrita posteriormente vai contemplando e complementando quem somos, nossos aprendizados anteriores, os dias em que sorrimos, as diversas imaginações que figuraram em nossas mentes até que se tornaram vivas.
Mas também temos que compreender que as histórias que levamos conosco para encontrar novas e as que chegam até nós vão formar laços quando olharmos com mais cuidado ao que nos cerca, quando colocarmos em pauta mais do que linhas vazias, quando conseguirmos preencher os espaços com o coração e a alma.
E aí teremos a capacidade de entender que os gestos que mais encantam são os mais simples, que trilham a delicadeza ao se tornarem vivos como os olhares trocados, como o apreciar o ser vai além do estar presente e faz com que cada dia possua seu devido valor...
Talvez por isso tenhamos que olhar nossas histórias com mais cuidado, enxergando o quanto estivemos felizes ao termos em nossas mãos a simplicidade que preenche de verdade os gestos, saindo do passado para ser no presente o maior presente que poderemos doar e receber, sem que haja um sentimento egoísta de retorno, sem que a anulação esteja presenta, mas que ambos possam verdadeiramente viver...
Então todos os dias de simplicidade ganham mais requinte, viram fontes de uma riqueza que não pode ou deve ser medida, pois assim vamos acabar tratando o nosso melhor, e também do outro, como parte de um jogo em que o maior é relevante, quando no fundo a proximidade dos corações é que faz tudo valer a pena.
E desta maneira os dias que seguem seus rumos vão abrilhantando mais o que compartilhamos, os detalhes vão passando diante dos olhos, alcançando o coração e favorecendo a exposição da alma, dos trejeitos, da observação, dos carinhos e também dos silêncios...
Por isso mesmo é que as histórias só se encontram verdadeiramente quando distraídas, pois é ali que reside um dos segredos das alegrias, dos dias em que poderemos olhar para traz e notar que toda felicidade também passa por momentos em que não a enxergamos, mas poderemos senti-la se em certos instantes preferirmos um silêncio ao invés de nos tornarmos o centro de tudo.
Mas não é só isso que vai construindo nossos caminhos, que permite que as flores dos jardins floresçam ou que deixem transparecer os sentimentos, pois sempre que pudermos ser presentes vamos nos tornar melhores sem a vaidade desnecessária, sem que exista o consumo, a troca, o descabido controle de tudo... vivendo plenamente um presente, não pelo tempo, mas pelo significado que o hoje toma ao seu lado, mesmo que em silêncio...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

E dentro dos sonhos que percorremos...

Dentro de cada dia os sonhos vão se construindo aos poucos, unindo as experiências que ganhamos com o tempo, fazendo de cada passo uma história maior, ampliando os horizontes, deixando o conhecer a si próprio se aprofundar, fazer novas viagens, aproveitar a imaginação e realizar...
O que importa para cada um vai tomando conta da alma, vai deixando que as histórias compartilhadas com cada pessoa ganhem conexões com quem somos, trazendo conosco um pouco do outro e também deixando em algumas pessoas um pouco de nós mesmos.
Mas aí passamos a tornar vital cada vínculo formado, por meio dos laços que aproximam, dos sentimentos que desenham as ações futuras, do jeito como aprendemos a lidar com os trajetos assim que damos o passo seguinte.
E é isso mesmo que vai desenrolando o novelo de lembranças, que soma almas e as une de tal maneira que as sementes serão compostas pela união de cada instante que dividimos, com cada novo horizonte conhecido, dentro de cada um...
Também é preciso compreender que todos os sonhos sempre estarão vivos, alguns se transformam de tal modo que os consideramos excluídos da vida, sem enxergar que tomamos outros rumos em busca do melhor para nós, com toda a alma, o espírito e o coração...

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Palavras tão presentes

Saber quantas palavras vão chegar ao seu coração só é possível quando elas saem do mesmo local, viajando nas mais variadas formas, com aromas e gostos distintos, tentando fazer com que o dia mais belo seja a constante que acompanha o novo viver, o estar ao lado um do outro, o ser mais do que uma presença...
E deste jeito me pego tentando adivinhar o que colocará um sorriso em seu rosto, o que fará com que sua mente também compartilhe dos sonhos que tenho, ao mesmo tempo em que os teus sonhos viram meus, fruto daquilo que dividimos sem medo, que semeamos em conjunto, enquanto percorremos os caminhos que refletem quem somos e o que de melhor temos.
Só que apenas isso não é suficiente para entender que todos os caminhos trilhados com o coração levam até o ponto em que podemos esquecer os medos, talvez porque tenhamos encontrado a resposta que faz com que as asas de cada sonho se revelem maiores quando estamos juntos, levando conosco gestos simples, ações tomadas com o coração e que há muito estavam reservadas para este momento...
Por isso os dias vão ganhando cores diferentes, vão desenhando aos poucos os mapas que definem nossos mundos, que delimitam territórios conhecidos que se conectam com o que ainda iremos explorar, do mesmo jeito que aponta para o horizonte que nos faz parar por um breve instante para apreciar tudo o que já fizemos.
E o reflexo disto é fruto de um desejo incessante que nos coloca diante de escolhas feitas mutuamente, sem impedir que algumas delas sejam tomadas por nós em uma individualidade que nos permite abrir caminhos em conjunto, aceitando mais e mais sonhos, vivendo plenamente os momentos que dedicamos um ao outro e ainda assim guardando novas surpresas...
Talvez assim seja possível colocar diante de nossas escolhas o que podemos fazer, aquilo que queremos construir, o que iremos sonhar e também aproveitar para encantar... tendo nas almas mais jovens a capacidade eterna de prosseguir, de fazer por merecer e também de se entregar sem se anular...

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Desenhos, sonhos e sementes...

Cada dia vai se desenhando lentamente enquanto constrói os sonhos, tendo em nossa história o mundo perfeito para se dividir, acompanhando os passos um do outro, encontrando novas experiências ao longo da convivência, sem que para isso tenhamos que deixar de viver a vida individual que nos colocou lado a lado.
Então nos pegamos imaginando os dias seguintes, voltamos no tempo ao recordarmos o que já provamos, o que gravamos em nossa história, mas também aproveitamos este presente tão constante para seguir em frente.
E aí vamos viajando conforme as brisas ficam suaves ou se tornam mais fortes, observamos as viagens que as folhas das árvores também ganham durante as chuvas, com os ventos e até mesmo quando retornam ao solo para servir de conforto às sementes que deixamos ali repousando.
Mas por um breve tempo tudo isso se torna eterno, fica mais presente, deixa que os olhos gravem lembranças na forma de imagens que se complementam com os sons, os sentimentos e o toque, para que então haja uma nova troca de olhares que mesmo se repetindo jamais parecem iguais...
E deste jeito vamos moldando os dias, aproveitando as presenças e ausências necessárias para um viver pleno, e que para muitos é um conviver, mas se esquecermos de que o viver nos faz seguir em frente, perdemos a grande chance de conviver.
Só que ainda vamos além, pequenas memórias se tornam histórias longas quando nos unimos para recordar, para voltar no tempo, redescobrindo que nos frutos que colhemos estão as sementes que deixamos no solo mais fértil que poderíamos ter encontrado, fazendo com que os corações que se tornaram um passem a tomar para si nossas melhores sementes...
Mas não é somente isto que ocorre, há algo que por muitas vezes levamos tempo para entender, para absorver e também para deixar partir... dentro do tempo que precisamos nos olhar novamente no fundo dos olhos para perceber que ainda há muito para percorrer, muito para transformar, para criar, deixar partir e compartilhar...
Aí vamos olhar mais à frente... tomar novos fôlegos, reencontrar nuvens que trazem gotas de chuva que formarão novos rios a se percorrer, levando até os mares mais distantes os sonhos que de certa maneira estiveram aprisionados em sementes que saíram de nossas almas...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Quando nos permitimos seguir adiante

Há sempre uma forma de olharmos àquilo que criamos, aos laços que se formam, que se apertam e afrouxam para tornar a proximidade tão íntima que nenhuma prisão se faz presente, ao mesmo tempo em que cada nascer do sol contempla a brisa que percorre seus cabelos, afaga seu rosto e também faz com que pequenas gotas de chuva mudem de direção para nos mostrar que nada frutifica sem um propósito real...
Então me pego relembrando o passado recente, que fez com que nos encontrássemos inúmeras vezes para desfrutar dos aprendizados que a vida traz, das lições que trocamos e que vão mostrando novas portas para se explorar, novos mundos a conectar ao nosso...
Por isso mesmo é que cada dia é tão único quanto repetitivo, criando um paradoxo que resolvemos ao olhar com mais atenção a cada detalhe da nossa história, tendo como guia sonhos, desejos e tudo mais que passa a nos dizer respeito quando estamos juntos.
Mas também é preciso entender que o mais importante não é mais enumerado, é vivido, é trilhado e compartilhado, como uma experiência que se modifica diariamente, assim como nossos corações foram pulsando até encontrar um ao outro...
E aí vamos olhando para a história que escrevemos e compreendemos que ao tratar da proximidade também entendemos a necessidade de afastamentos, criando conexões que não amarram, mas que servem sempre para somar, para nos tornar merecedores um do outro.
Só que algumas dúvidas também virão, e serão elas que delinearão as linhas tênues entre as doações e recebimentos, dos carinhos, das conversas, dos dias em que apenas observar o pôr do sol foi o suficiente para dialogar sem usar palavras, do jeito que aprendemos a lidar um com o outro em cada instante, longe ou perto...
Talvez por isso tenhamos aperfeiçoado uma habilidade em fazer cada dia valer a pena, com cada diferença, com todas as similaridades, falando por horas ou silenciando e dizendo muito mais, amadurecendo sem envelhecer a alma, perpetuando uma juventude em cada gesto, do modo como poucos ainda conseguem fazer...
Então paramos de medir o tempo como se fôssemos presos ao que vai aos poucos virando história, passamos a traçar novos caminhos aproveitando cada hora, cada instante em que nos encontramos, até mesmo quando precisamos ter um tempo individual, mas que se soma àquilo que mais queremos, e que de melhor fazemos juntos...
E por esta razão é que tudo o que construímos já não pode mais se desfazer, não pode se apagar, pois no passo seguinte que daremos juntos tudo passará a fazer parte de uma história onde as certezas mais certas são as dúvidas que nos unem e proporcionam momentos que se aproximam dos sonhos de infância, com muitos risos, com um apreciar mútuo similar àquele usado para desenhar nas estrelas e encontrar nas nuvens os sonhos que nos permitem seguir adiante...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Caminhos que ocorrem

Os caminhos que percorremos sozinhos sempre nos levam a encontrar quem nos acompanhará por inúmeras jornadas, fazendo de cada passo um complemente das histórias que carregamos dentro de nós mesmos, dos dias em que precisamos voltar às lições mais antigas para seguir em frente, para poder olhar adiante e observar que as distâncias inalcançáveis estão nas barreiras do esquecimento de quem somos...
Todo caminho faz mais sentido se percorrido com a alma, com os sonhos e os desejos que nos colocam diante de portas a serem abertas e fechadas, que vão pontuando nossas ações, que mostram o reflexo de nosso interior ao mundo, especialmente quando uma lição que aprendemos pode ser compartilhada.
E aí as inúmeras bifurcações que se seguem vão trazendo histórias que se combinam com as nossas, que deixam os dias mais completos, mesmo quando já não estão imediatamente ao nosso lado, mas as experiências divididas foram suficientemente fortes para imortalizar memórias...
Por isso mesmo é que outras paisagens sempre farão parte do nosso íntimo, de nossas escolhas, dos caminhos ingrimes ou planos que percorremos, que cultivamos e semeamos, tanto para contemplarmos os frutos quanto para observarmos com calma e tranquilidade a história que já escrevemos e teremos como parte daquilo que doamos a quem caminha conosco, independentemente do tempo em que isto ocorra...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Sonhos acompanhados por outras asas

Quando encontramos outro par de asas que auxiliam na sustentação dos nossos sonhos podemos ter a certeza de que cada passo valeu a pena, não porque seríamos incapazes de voar mais alto, mas por fazê-lo em conjunto, deixando mais evidente que a dedicação de cada caminhada sempre traz a companhia ideal para que possamos alcançar os pontos mais altos, mesmo quando levamos conosco a companhia de nossos pensamentos, lembranças e desejos.
Ao tomar um rumo novo cada sonho vai além do que inicialmente aparentava, tendo também novos olhos e sonhos ao lado, deixando que novas sementes sejam regadas, florescendo e criando um mundo único e que só é viável se estivermos dispostos a compartilhar os mais íntimos desejos...
E isto não é fraqueza, é apenas uma maneira de entender que jornadas mais longas sempre serão mais coloridas quando estamos acompanhados, quando quem está o nosso lado também sonha e ainda possui uma alma jovem...
Aí podemos realizar mais, sair do corredores em que as portas se fecharam há muito e tornar possível a observação pelas janelas que recebem a luz do sol e mostram que a paisagem ainda se transforma conforme as estações, da mesma forma que nós.
Mas só isso pode parecer muito diferente do imaginado, mas é o que ocorre se conseguimos absorver cada aprendizado da forma correta, assim como as lições que trocamos vão modelando os percursos e conectando mais profundamente as almas que almejam tocar os céus conjuntamente, pois nenhum sonho mais pertence a uma única pessoa...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O caminho dos sonhos

Por trás de cada sonho há um universo único, intransferível, sólido como a essência que nos guia e tão maleável que se permite semear e florescer, trazendo para cada um de nós o reflexo do que somos, assim como as sementes que deixamos que os outros acomodem podem colorir mais o caminho...
Seguir por um caminho único é algo que parece inviável, mas é assim que tudo acontece, nossas escolhas nos levam a tomar decisões que podem percorrer distâncias quase que infinitas, mas traçam uma linha que chamamos de vida.
E sendo assim temos que observar bem o que semearemos, o que se tornará fruto, mas também vamos dar os passos de acordo com o nosso tempo, indo e vindo, parando e continuando, da mesma maneira que nos recordamos de cada momento marcante.
Mas além disso é preciso entender que mundos podem ser conectados, podem se expandir ou permanecer do mesmo tamanho, ser floridos ou desérticos como nossa alma, colocando em cada sonho um pouco das fantasias de criança que sempre olham para o futuro sem se preocupar com os obstáculos.
Então tudo o que nos cerca pode nos engrandecer, fazer com que fiquemos mais fortes, mas também pode ser o motivo pelo qual vamos apagando as memórias mais alegres e cheias de vida, principalmente se perdemos a capacidade de sonhar e dividir os sonhos com alguém...
E esta divisão não é mera causalidade, é um efeito nato daqueles que tentam sair do comum, que vão por caminhos que parecem sombrios para aqueles que apagam seus sonhos assim que acordam, mas que no fundo são tão iluminados que nenhuma cor se apaga ou some para deixar as outras mais vivas...
Por isso é necessário olhar os sonhos que foram nos moldando ao longo dos dias, que nos deixaram mais vivos, que contemplaram nossas escolhas e abriram espaço para que novos passos fossem dados com alguém, sem seguir ou ser seguido, dentro de um tempo perfeitamente adequado, com o mesmo brilho nos olhos e o desejo de seguir os caminhos da alma...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Caminhos tão novos quanto almas jovens...

Encontrar o caminho correto é o que se faz diariamente com cada passo que nos leva cada vez mais perto dos sonhos, das realizações conquistadas há muito e daquelas que virão ao tornarmos possível enxergar nosso reflexo mais íntimo em um futuro que ainda não existe em nossos desejos.
Todos os dias são repletos de futuros e passados, vividos no presente, aprisionados em mentes que deixam as memórias tão vivas quanto nossas almas, quanto os passos que damos em busca de novos horizontes, criando assim histórias que se entrelaçam, conectando-se ou então abrindo espaço para que outras histórias se façam presentes durante a longa jornada.
Mas aí podemos nos pegar sonhando, não como na infância em que tudo era novo, pois a mania de envelhecer o espírito parece inseparável, mas só se faz presente quando tratamos de não regar mais as sementes que nascem conosco e sempre são as melhores fontes de referência...
Por isso mesmo é que as reprises da vida retornam... não porque caminhamos em círculos, mas porque as experiências já apontam o resultado rapidamente, algo que as almas mais jovens não conseguem encontrar, pois se tudo é tratado como novidade não há o que reviver, pois só é preciso viver.
E o viver não é o que se transforma em uma existência singular, mas numa pluralidade jamais imaginada por muitos, desfrutada por poucos e encontrada nos olhos das crianças que ainda são capazes de olhar para o mesmo objeto e ainda assim encontrar nuances diferenciadas...
Então a vida pode seguir tantos caminhos quanto forem necessário, do mesmo jeito que os passos dados por um mesmo caminho jamais se repetirão se pudermos aprender a olhar o futuro como o presente que logo chega, que vira história sem a amargura da definição do passado daqueles que perderam a juventude da alma, que se colocam acima das crianças porque jamais souberam que na verdade estão deixando toda a graça trancafiada nas gavetas do esquecimento.
Mas esta mesma vida é assim, tão única, tão diferente, ampla e mínima, complicada e simples, tão nossa e dos outros, desde que possamos entender que a juventude não é imaturidade, mas sim o jeito mais fácil para sempre encontrarmos dentro de nós o melhor que podemos ser, que podemos entregar, e que também sabe aceitar sem egoísmos desnecessários ou que viram prisões imaginárias que nos impedem de olhar pelo vidro translúcido mais límpido...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Entre os tempos e as escolhas

O tempo que afasta também aproxima, colocando em nossas vidas as escolhas que tomamos e deixamos escrever novas histórias, novos dias, começos e fins, do mesmo modo que percorre ao nosso lado os caminhos mais longos ou adversos, e torna curta a maneira como as recordações voltam ao presente, apenas mostrando que se uma história enraizada em nossa essência é verdadeiramente vivida tudo passa a ter um sentido maior.
Os dias são divididos em pequenas porções para que tenhamos muito a aproveitar, mas durante alguns momentos nos deixamos levar pela correnteza, perdendo assim o contato com nosso interior, abrindo mão do que mais gostamos de fazer, não estando ao lado de quem nos permite aprender e olhando fixamente para um único horizonte ao deixar de lado nosso melhor.
Por esta razão é que alguns dos conflitos que enfrentamos parece não ter fim, pois acabamos nos esquecendo de quem somos, deixamos sob as sombras nossas melhores histórias, nosso melhor ser, não porque assim o queremos, mas porque também temos que olhar realmente quem somos e equilibrar a maneira de viver...
Só que isto não parece tão simples, porque sempre somos surpreendidos pelas reações que não parecem nos pertencem, mas também podemos observar que nenhum dia é plenamente vivido se esquecermos de todas as arestas que a vida representa.
Então se faz presente uma necessidade de tornar a vida realmente viva, mesmo que isso pareça estranho em um primeiro momento, pois aos poucos deixamos para trás muitas das histórias que nos formaram, e é exatamente assim que a alma envelhece rapidamente, perde toda a flexibilidade e não assume mais os riscos da infância...
E aí ficamos nos perguntando como é que deixamos o tempo passar quando já fizemos uma longa caminhada, e inevitavelmente procuramos a resposta no lugar errado quando as sementes que deixamos ao longo do caminho não foram devidamente regadas.
Mas mesmo assim o tempo sempre é alvo, como se as pessoas que não possuem uma alma jovem fossem donas dele, tentando controlar mais do que seus passos, criando redomas que não protegem e isolam cada um dos mundos existentes dos demais.
E deste jeito muitos passam a olhar o passado de forma triste, como se hoje já não pudessem mais viver de verdade, e talvez não possam mais se acabaram perdendo o vínculo com a alma de criança que habita a sabedoria e torna possível sonhar mais e mais a cada anoitecer... sem que isso signifique deixar de amadurecer, de experimentar ou então poder ensinar e aprender da mesma maneira que as crianças fazem sem que as cobranças fiquem no ponto mais alto, pois elas só vão descobrir a influência do tempo quando pararem de viver verdadeiramente...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Laços e raízes

O tempo faz com que os laços criem raízes, desenhando em nossas almas as linhas que contornam os caminhos percorridos, dando novas tonalidades às lembranças que vão colorindo nossos dias e fazendo de cada paisagem encontrada um campo seguro que percorremos lado a lado.
São os dias ao seu lado que formam os laços que mais precisamos, que compartilhamos e deixamos trazer nosso melhor de um para o outro, do mesmo jeito que a cada dia percebemos que o tempo não precisa mais ser medido, mas apenas trilhado...
E nestes dias em que as raízes vão se formando posso observar que o florescer das sementes não se dará apenas porque queremos, mas na época correta, com as chuvas adequadas e com tudo o que nutrimos afim de melhorar.
Mas para chegar neste ponto é preciso olhar para trás e reencontrar nossas raízes mais profundas, nossa verdadeira essência, as palavras e sorrisos que já dividimos, os momentos em que o silêncio era o melhor a oferecer... para que talvez, somente assim, possamos compreender a razão pela qual nos encontramos...
E aí nenhum dia mais se repete, mesmo que essa impressão se aproxime das histórias que escrevemos, só que sem surtir tal efeito, por termos aprendido que o conviver é a soma de cada viver com...
Por isso os mais diversos tons vão colorindo as estradas que percorremos lado a lado, mas também nos fazem recordar de como em certos momentos precisamos trilhar nossos caminhos sozinhos, só que sem perder o que passa a ser parte de nós ao olharmos no horizonte e encontrarmos dentro um do outro um pouco das raízes que estamos a compartilhar...