quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nos tamanhos mais simples

A longevidade das memórias eterniza sentimentos, momentos que dão novos rumos ao essencial, àquilo que doamos, mas também faz jus ao que acaba definindo os caminhos pelos quais damos nossos passos, para que no final do percurso tenhamos a certeza de que tudo correu da melhor maneira...
Em certos dias achamos que nossos passos nos levam para longe do que queremos, quando na verdade eles nos colocam no caminho certo, no rumo para que encontremos dentro de nós os sentimentos que nos conectam às outras pessoas, o que faz com que passemos a nos dedicar a alguém, que dão sentido à vida, não para sobreviver, mas para simplesmente viver...
E aí temos que observar com muita calma os detalhes que desenham outras histórias, que vão aprofundando a troca mútua com o outro, o que nos faz ter a certeza de que ser importante não é um desejo, mas uma percepção da outra pessoa, de algo que somente nós podemos fazer quando juntos, colocando mais do que uma presença diante da pessoa...
Mas também temos que entender que do outro lado só haverá esta atenção quando muitas coisas forem escolhidas pelo coração, feitas diretamente por ele, sem exceção, sem a posse, sem a prisão de pertencimento que preenche algumas vidas, sem se apoderar ou escravizar...
Só que então somos surpreendidos ao longo da vida, encontramos caminhos que parecem rotas sem saída, sem brechas para que a convivência exista, como se a posse fosse mais importante, o ter suplantasse o ser e fizesse com que houvesse uma única via a seguir.
E isto só nos dá outra chance para alocarmos o nosso melhor, pois até mesmo naquele momento em que tudo parece vazio é que nos damos conta de que os preenchimentos são diferentes, e que mesmo que não nos agradem devem existir, mesmo quando um pouco de egoísmo nos toma e tenta mudar o imutável...
Por esta razão é que os caminhos mais longos nos fazem voltar à essência, nos deixam outras saídas, nos fazem olhar para o pôr do sol como jamais o fizemos, deixando claro que as mãos que seguram as nossas estão ali, sejam presentes ou na mente que nos faz melhorar ao lado de certas pessoas...
Talvez assim possamos entender que nenhum caminho é trilhado em vão, as presenças marcantes são reflexos diretos das nossas ações, do nosso ser que tem a esperança do melhor, de fazer algo grandioso, mas que em certos dias se tornam mais importantes para o outro se colocarmos a simplicidade em nossos corações...

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