sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Apenas construir um passado...

O passado mais presente é aquele que construímos em busca do futuro, dos gestos que nos tornam melhores, das ações que rodeiam atitudes e fazem com que nossas percepções deixem gravadas nas histórias tudo o que temos a oferecer a alguém, sem deixarmos de sonhar, sem perdemos os nossos próprios passos, sem prender nossa alma àquilo que ficou atrás das portas fechadas...
Mas é neste presente que se fixam as histórias que dão ao passado um valor diferenciado, que colocam lado a lado os passos que estiveram conosco, que nos dão a chance de aprimorar quem somos, de fazer melhor, sem que para isso tenhamos que apagar a nossa essência para seguir adiante.
E deste mesmo jeito vamos construindo o caminho que percorremos, fazendo dos dias as pontes que nos ligam a quem está do lado, deixando também muitas portas abertas... e outras tantas fechadas.
Só que além disso é possível olhar com mais cuidado ao que trazemos ao presente, ao que deixamos para alguém, ao que emprestamos ao invés de dar, pois cada vez que um gesto nosso marca a vida de alguém também é carregado conosco, não nos abandona ou se apaga de nós...
Aí temos que aprender a conviver... a doar nosso melhor de maneira simples, de forma singela e única, para que as palavras que escrevemos nas vidas dos outros tenham um sentido, para que valham a pena, para que não se apaguem facilmente ou então sequer tenham tempo para criar vínculos verdadeiros.
Então tomamos para nós um pouco das outras pessoas, tendo proximidades e distâncias equivalentes, deixando laços se formarem ao longo do tempo, fazendo uso de um livre-arbítrio que não tem como fundamento moldar o outro, mas passar lições que serão ou não usadas, até mesmo por nós quando estivermos preparados para entender que diariamente nos construímos, sem exceção.

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