quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cada escolha alimentada

Aquilo que alimentamos diariamente é parte do que aprendemos a cultivar e distribuir, de dias de aprendizado em que cada lição foi uma soma e não se deixou perder pelos inúmeros caminhos que poderíamos ter trilhado e onde as dúvidas mais certas nos dão a chance de olhar mais adiante e reconhecer qual percurso nos trará a fonte ideal de histórias que nos farão seguir as escolhas essenciais e que formam laços...
Os dias nos apresentam diversos caminhos pelos quais não iremos trilhar, ao mesmo tempo em que vão formando as condições a partir dos nossos gestos para criar um ambiente favorável ao aprendizado que nos faz cultivar um jardim repleto de laços...
Mas mesmo assim é preciso observar atentamente que nossos caminhos não se iniciam com nossos primeiros passos, mas são continuamente conectados a tantas histórias que os laços formados vão delineando histórias que tecem uma espécie de teia que conecta fatos, acontecimentos, lembranças e desejos delicadamente.
E é assim que os dias não acabam porque um período de tempo passou, pois a linha contínua da vida nos faz caminhar por lugares sem ir apagando o que já se conhece, preferindo nos mostrar que todas as experiências e lições se colocam à nossa disposição para ir além do hoje sem perder o contato com o passado ou o futuro.
Só que mesmo assim é preciso ter consciência do que alimentar, daquilo que nos dará a chance de olhar para trás sem vontade de voltar ao ponto que já não faz mais parte das nossas escolhas, do mesmo jeito que este desejo não deve dominar os dias seguintes por apenas ser uma possibilidade não efetivada, criando-se então um outro destino que não foi percorrido anteriormente por não parecer mais atrativo...

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ao escolher caminhos para percorrer

Há caminhos que não frequentaremos em momento algum, sendo que por vezes nos pegamos imaginando quais seriam as diferenças se os tivéssemos trilhado e nos esquecemos que as histórias não vividas sempre nos reservam tempo para viver aquilo que nos constitui, que nos dá a chance de imaginar como seria a vida se por vezes escolhêssemos a outra ramificação que se apresentou, do mesmo jeito que devemos tomar para nós mesmos as linhas que desenhamos e os laços que formamos...
Todo caminho pode ser percorrido e fará com que nossa história ganhe nuances que também nos mostram os horizontes que não conheceremos, revelando a nós mesmos que toda escolha que forma laços duradouros é maior do que aquilo que não esteve conosco.
Mas ainda assim muitos acham que deveriam ter feito outras escolhas, esquecendo-se de que desta maneira irão apagar quem são hoje, deixando para trás tudo o que fizeram e eliminando as alegrias e felicidades que encontraram para tentar capturar o duvidoso...
E assim é possível olhar também para os horizontes que ainda não conhecemos e para os quais nos direcionamos, acompanhados ou não, tendo vivido inúmeras experiências e formando quem somos agora, com todos os laços desmanchados e com aqueles que resistem devido às suas raízes fortes e que nos oferecem mais do que pegadas que acompanham as nossas, criando histórias mais concretas num solo que se toca através das almas...
Só que em certos dias as dúvidas sobre as nossas escolhas vão ocupar a mente por breves instantes, mas é assim que passamos a olhar melhor para cada uma das nossas decisões, o que nos trouxe para perto de alguém e o que permitiu que naquele instante voltássemos a percorrer os jardins da vida que vamos cultivando diariamente ao saber que as certezas mais incertas formam os caminhos que percorreremos acompanhados ou não...
Daí em diante poderemos tomar em nossas mãos muitas das escolhas que tomamos para compreender melhor o que fizemos com cada semente que nos foi presenteada, tendo na natureza de cada uma delas o que a outra pessoa quis nos oferecer realmente, e é aí que vamos notar que não são os solos que dão ou não a chance de florescimento, mas sim o que há dentro de cada semente que chega até nós, do mesmo jeito que fazemos ao oferecer aquilo que possuímos e chega a gerar frutos em outros jardins que escolhemos conhecer por ter tomado um certo caminho há muito...

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Nas linhas interligadas

Existem caminhos que são trilhados inúmeras vezes durante a vida, como se a cada visita pudéssemos voltar um pouco no tempo sem nos deixar apegar àquilo que passou e nos fez bem, mas para muitas pessoas há sempre um tom irônico de suas ações passadas sobre o presente, é como se elas se deixassem levar por aquilo que as trouxe até aqui sem ver o valor daquilo que construíram enquanto buscavam novos horizontes através de seus passos, do mesmo jeito com que o voltar a um determinado ponto é válido após termos constatado que os dias que se seguiram não se transformaram em prisões, mas nos deram asas para prosseguir e ver que aquela decisão foi tão importante quanto os passos que ainda daremos...
É interessante observar como certos portos da vida nos atraem após um tempo enquanto aproveitamos o velejar para formar laços entre as inúmeras lições que carregamos em nossa essência dia após dia, mas também é possível notar que não devemos nos deixar amarrar por aquilo que não nos deixará seguir adiante e ainda assim pode parecer o mais acertado naquele instante...
Mas a vida é recheada de instantes assim, fazendo com que o seu tecer vá ganhando aos poucos os desenhos que nos representam quando olhamos além do agora, criando os vínculos ou raízes que nos sustentam e nos deixam aptos a seguir a caminhada até que uma lembrança nos faça perceber quem somos e quais são os passos seguintes a dar.
Só que mesmo assim muitas pessoas ainda preferem apagar quem são por não terem o interesse em envelhecer, mostrando claramente que já se deixaram consumir por aquilo que não mais permite que suas almas sejam jovens, enclausurando cada experiência em uma caixa que é jogada fora só para manter vivo o que não possui vida.
E deste instante em diante tudo vai perdendo o sentido, pois não há mais portos seguros para encontrar, principalmente porque eles não foram construídos para fortalecer, mas apenas viraram pontos apagados de uma história vazia...
Também é fato que por vezes os dias parecem nos levar a pontos que já não nos lembrávamos com tanta clareza para nos oferecer as lições que ali estão e nos fazem refletir sobre o que gravamos a cada novo dia, dando-nos a chance de olhar quais pontos ainda nos confortam e como cada vírgula faz com que a continuidade da história ganhe mais e mais referências de um passado que outrora era o futuro vivido por meio de um presente que se tornou mais do que um presente quando bem aproveitado...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Em contato com nossas histórias

Os sorrisos repentinos advindos de recordações são viagens no tempo que nos permitem melhorar a quem somos, criar novos vínculos com nossas essências ao mesmo tempo em que os dias se prolongam através dos laços que formamos e ainda nos trazem ao presente as sensações iniciais, apontando para um horizonte que já nos pertence em memórias e faz valer a caminhada até aquele que ainda não alcançamos...
E desta maneira cada vínculo que aprofundamos com nossa própria história vai delineando os dias que se seguem e nos revelam novos caminhos a percorrer, trazendo à história que escrevemos detalhes que vão semear os jardins que futuramente serão conhecidos pelos novos laços que formaremos...
Só que mesmo assim é provável que em dados instantes deixaremos de lado um pouco da história que nos forma, como se de repente entrássemos em um caminho que não nos mostrasse um vínculo real com quem somos, mas mesmo assim nos traz lições que vão deixando pistas sobre aquilo que faremos após reencontrarmos a nós mesmos ao nosso redor...
Mas do mesmo jeito com que percorremos caminhos onde não residem nossas raízes é preciso tomar consciência sobre as sementes que deixaremos naqueles locais, podendo ou não gerar frutos, servindo ou não como fonte de aprendizado ou até mesmo sendo uma referência daquilo que já não é mais necessário em nossa vida, mas que nos faz perceber que todas as ramificações de quem somos formam laços que se conectam de alma para alma nos dias em que os jardins propícios ao florescer se tocam e permanecem em contato...