terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ao escolher caminhos para percorrer

Há caminhos que não frequentaremos em momento algum, sendo que por vezes nos pegamos imaginando quais seriam as diferenças se os tivéssemos trilhado e nos esquecemos que as histórias não vividas sempre nos reservam tempo para viver aquilo que nos constitui, que nos dá a chance de imaginar como seria a vida se por vezes escolhêssemos a outra ramificação que se apresentou, do mesmo jeito que devemos tomar para nós mesmos as linhas que desenhamos e os laços que formamos...
Todo caminho pode ser percorrido e fará com que nossa história ganhe nuances que também nos mostram os horizontes que não conheceremos, revelando a nós mesmos que toda escolha que forma laços duradouros é maior do que aquilo que não esteve conosco.
Mas ainda assim muitos acham que deveriam ter feito outras escolhas, esquecendo-se de que desta maneira irão apagar quem são hoje, deixando para trás tudo o que fizeram e eliminando as alegrias e felicidades que encontraram para tentar capturar o duvidoso...
E assim é possível olhar também para os horizontes que ainda não conhecemos e para os quais nos direcionamos, acompanhados ou não, tendo vivido inúmeras experiências e formando quem somos agora, com todos os laços desmanchados e com aqueles que resistem devido às suas raízes fortes e que nos oferecem mais do que pegadas que acompanham as nossas, criando histórias mais concretas num solo que se toca através das almas...
Só que em certos dias as dúvidas sobre as nossas escolhas vão ocupar a mente por breves instantes, mas é assim que passamos a olhar melhor para cada uma das nossas decisões, o que nos trouxe para perto de alguém e o que permitiu que naquele instante voltássemos a percorrer os jardins da vida que vamos cultivando diariamente ao saber que as certezas mais incertas formam os caminhos que percorreremos acompanhados ou não...
Daí em diante poderemos tomar em nossas mãos muitas das escolhas que tomamos para compreender melhor o que fizemos com cada semente que nos foi presenteada, tendo na natureza de cada uma delas o que a outra pessoa quis nos oferecer realmente, e é aí que vamos notar que não são os solos que dão ou não a chance de florescimento, mas sim o que há dentro de cada semente que chega até nós, do mesmo jeito que fazemos ao oferecer aquilo que possuímos e chega a gerar frutos em outros jardins que escolhemos conhecer por ter tomado um certo caminho há muito...

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