quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Dos laços aos horizontes

Quando as memórias nos levam a encontrar novamente a nós mesmos temos a certeza de que há mais alguém que naquele instante nos acompanha, que passa a fazer parte de nossas história e nos dá a chance de reencontrar futuramente, assim como os laços que se transformam em portos seguros nos habilitam a criar raízes que não nos deixam a sós quando temos o que recordar...
Cada história que se conecta com a nossa própria dá a cada laço formado mais do que a mera amarra a qual muitos se referem, é um estímulo ao viver que nos permite vivenciar inúmeras histórias e torna o que sentimos muito mais profundo.
E assim vamos desenhando pelas histórias conforme caminhamos e gravamos em nossos laços os sentimentos que desembocam em lembranças que nos permitem sorrir em momentos inesperados...
Talvez por isso somos surpreendidos em certos dias com o que nos traz boas lembranças, que nos faz olhar para o nosso interior e ver que o recordar é um ato que floresce nos jardins que se permitem viver, e ao qual poucas pessoas se habilitam verdadeiramente...
Com isso é possível ver em cada memória que laços não nos prendem, mas nos dão sustentação quando os mares velejados parecem maiores do que o previsto, transformando-se nos portos seguros que viajam conosco através das lembranças que geram histórias e nos abrem novos horizontes...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Nas frações do tempo

As frações de tempo que nos permitem formar laços desenham pela vida através dos dias em que nossas memórias nos levam às mesmas emoções que apontam para novos horizontes a trilhar juntos.
Mas mesmo assim vamos encontrar frações que se estendem por longos períodos de tempo, que nos mostram que a cada encontro nossas histórias vão se conectando cada vez mais, vão formando breves capítulos que culminam em longas horas compartilhadas...
E é aí que deixamos de viver uma história para ligar nossas almas em cada encontro, deixando que o viver daquelas frações se una às histórias de cada página através dos tempos que ainda dividiremos em comum...
Só que também é preciso olhar para cada laço e permitir que ele permaneça intacto ou que seja descartado, que fique tão vivo quanto nós mesmos ou que encontre novas histórias em outros portos, pois nem sempre teremos conosco tudo o que por nossa vida passa, mas mesmo assim manteremos as histórias presentes nos diversos presentes a que seremos agraciados...
Por isso é vital compreender que o fracionamento das histórias é feito através dos laços que pontuam nossas experiências, que vão nos mostrando jardins diferentes e também nos deixam voltar àqueles que aceitaram melhor nossas raízes...

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O semear dos dias

Parar para pensar sobre quais sementes deixamos na vida dos outros é essencial à vida que fazemos por nós mesmos, indo além dos meros encontros e permitindo que hajam laços que floresçam continuamente, dando a cada jardim um pouco mais de cada um ao mesmo tempo em que as sementes ali unidas também contarão histórias que se conectam às inúmeras vividas diariamente...
E então percebemos que o florescer de cada dia é a contínua escrita das histórias que vivemos para compartilhar e até mesmo guardar apenas para nós mesmos em dados momentos, criando linhas que vão desenhando pela vida os passos que nos permitem fortalecer os laços com o que nos torna melhores...
Só que ainda assim vamos nos deparar com momentos em que certas sementes não germinarão, pois não nos foram entregues de boa vontade, tampouco vieram de solos aptos a permitir a vida de quem se permite viver e assim se assemelham mais a obstáculos do que a chances de escrever novas histórias...
Mas também é preciso que nós mesmos não sejamos distribuidores daquilo que não floresce, e aí vamos começar a notar que por vezes o fizemos, mas também é certo que se pudermos aprender mais sobre nós mesmos não iremos esvaziar as páginas de cada dia, do mesmo jeito que poderemos tomar as lições vindas de alguém ou de nossa essência para tornar o viver verdadeiramente vivo.
E isso nos faz entender melhor como os laços vão florescendo ao longo dos caminhos, como muitos jardins vão se conectando de forma tão profunda que suas sementes passam a pertencer àqueles que puderam fazer parte dos breves instantes compartilhados em uma vida que não se consome ou limita apenas a um único dia...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O tempo dos laços

Há caminhos que nos permitem encontrar laços que nos permitem trazer ao presente memórias que ficaram guardadas e nos mostram as lições que mais precisamos, do mesmo jeito com que vamos desenhando lições através dos laços que se permitem ter entrelinhas que unem histórias e vão delineando os presentes de cada dia presente, mesmo quando estamos distantes.
Mas além disso é possível olhar mais para dentro de si quando encontramos os laços durante a jornada, como se a presença de uma pessoa mostrasse que ainda há mais para escrever em conjunto, mais a compartilhar e verdadeiramente viver...
Só que isto chega a ficar submerso nos mais variados presentes do presente, nas histórias que vão sendo gravadas em cada um de nossos dias e que geram sombras no passado...
E então estas sombrar vão escondendo um pouco das histórias vividas, mas quando ainda temos a capacidade de viver não as enterramos por completo, pois nem todas são sementes de um futuro interessante e que nos mostra o que viver...
É por isso que cada dia é fundamental para entendermos o que nos fornece sementes aptas a marcar presença em nossas vidas e o que já não pode mais germinar por estar recheado de ausência de viver...
Também é necessário entender que nossas vidas são dignas de memórias quando certos laços se formaram, de um jeito único e que faz entrelaçar histórias que encontraram um momento em comum para compartilhar presentes que já se encontram em passados e fazem um futuro...