domingo, 27 de maio de 2012

A essência dos passos no tempo

Nossos passos representam mais do que marcas que se apagam ou se afastam de quem somos lá na essência, são formadores de histórias que se aproximam e afastam do que é preciso, que levam aos mais variados destinos, conforme caminhamos e paramos.
Então podemos também transformá-los em algo maior, simples e ao mesmo tempo complexo como cada experiência, cada gesto, cada decisão que vai além do mero optar por determinado caminho, mas que é pouco compreendido por aqueles que não sabem fazer de seus passos a sua história enquanto a conectam com mais histórias ao longo da vida, achando que isto é liberdade...
Mas aí entra em ação o tempo, que vai levando cada passo ao seu destino certo, com aprendizados únicos, além de levar e trazer as pessoas certas para o nosso lado, para a nossa história, nos tornando dependentes e ao mesmo tempo tão livres que só existe o desejo de doar o nosso melhor para o outro.
E desta maneira os dias vão gravando novas pegadas em uma história única e múltipla, conectada a inúmeras histórias, fazendo o tempo sair do foco central e apontando para um caminho em que há uma paisagem repleta de momentos diferentes, no mesmo passo em que se tornam parte de nossa cultura e nos fazem ser quem somos agora...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Semeando em cada caminho

Existem pessoas que podem caminhar ao seu lado por breves instantes e deixar suas pegadas gravadas na areia que a água do mar apaga rapidamente, enquanto outras ajudam a semear novas oportunidades de aprender, de trazer para mais perto o que é conhecido como felicidade, percorrendo este trajeto repleto de momentos inesquecíveis e de grande valor...
As pessoas que passam por nossas vidas vão nos ajudando a montar um quebra-cabeças chamado de vida, que dia após dia reflete nossas escolhas, nossa essência mais pura e leve em ação, como reflexo do que sempre podemos oferecer de melhor, mas que também pode chegar ao ponto em que as imagens vistas já não atraem mais a atenção.
Por isso é interessante olhar como as páginas preenchidas de histórias vão se conectando ao longo do tempo, como as pessoas e suas presenças vão compondo um mosaico único, que vai se completando e formando novas experiências, trazendo lições que servirão para olhar para o passado e entender o motivo real de estarmos neste lugar no presente procurando enxergar o futuro.
E aí também somos surpreendidos com o que aquelas águas do mar vão apagando aos poucos, pois não há mais necessidade de se prender ao que aponta para um caminho diferente do desejado, mostrando que as decisões mais maduras só foram colhidas quando encontramos quem deseja semear o melhor ao nosso lado, ao invés de apenas querer colher os frutos já maduros que outros plantaram por não terem mais capacidade de se desprender de tudo o que leva ao mesmo destino das pegadas na areia...

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Um captar e devolver

O que nos torna melhores a cada dia é algo que vai moldando nossas ações conforme o tempo passa, de acordo com a essência e o reflexo do que acabamos por captar e devolver, além de abrir espaço para o novo e trazer conosco as histórias que nos trouxeram até este momento...
E por mais longo que seja o caminho há sempre mais para se observar, para aprender, absorver e colocar em nosso destino, não como uma linha já preenchida por fatos que só serão percorridos, mas um destino que tem como base o uso de nosso melhor no momento em que podemos fazer mais pelos outros e por nós mesmos.

domingo, 20 de maio de 2012

Entre o receber e merecer

Merecer o melhor parece algo distante na mente de muitas pessoas, que faz com que os dias se prolonguem demais e nada de bom tragam, assim como há uma necessidade estafante de se pertencer a um meio, sem se dar conta de que o estar ganha mais força do que o ser.
Cada um pode tomar suas decisões baseadas em experiências individuais, naquilo que traz dentro de si, em sua essência e no que de melhor pode oferecer aos outros, e que inúmeras vezes é visto como improvável e impossível, como se o simples fato de querer que as outras pessoas estejam bem fosse algo maléfico...
Isto acontece em momentos onde o recebedor não se dá o devido valor, e cai também em uma armadilha em que a percepção de que a pessoa pode receber o melhor é distorcida e recai sobre a incapacidade de se permitir simplificar tudo para então alcançar um estágio avançado que muitos tratam como felicidade.
Até aí não há nada fora do comum, de desconhecido, mas muitos ainda se surpreendem com certas ações de pessoas que não precisariam se submeter ao convencional... que é apenas passageiro e traz razões de sobra para que nada mais de bom aconteça, pois as escolhas não são tomadas para o seu próprio bem, mas para tentar iludir a si próprio, gerando então o maior vazio que alguém pode enfrentar, e que também não é alvo de aprendizado real, pois todas as experiências negativas, e doentias, viram a maior referência para aqueles que sequer sabem aceitar que podem receber e merecer o melhor...

sábado, 12 de maio de 2012

Sementes e dúvidas

O que fazemos de bom pelos outros nada mais é do que um desejo de se mostrar alguém melhor, em que a semente da confiança floresce com o passar dos tempos, regando-a continuamente, de forma regrada e precisa, mas também trazendo momentos de tormenta, de dúvidas e até mesmo um afastamento necessário para que possamos olhar novamente para a outra pessoa da mesma forma.
Mas o curso da vida é curioso, e até certo ponto engraçado, divertido e nos prega peças dia após dia, só para mostrar que as dúvidas devem ser nossas maiores certezas, que ao fazermos o melhor hoje estaremos abrindo espaço para que o amanhã seja viável e traga mais do que meras recordações em uma data futura distante.
Então cada dia é semeado novamente com aquilo que podemos compartilhar por breves ou longos instantes, que vão do simples dizer de uma palavra ou olhar, saindo de um contexto rígido e criando novas rotas pelos mares que devem ser navegados continuamente...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Determinadas fugas

Não há como fugir de quem somos, daquilo que construímos diariamente desde o nascer, e que também vira o registro nas memórias das pessoas que nos conhecem, e por incrível que pareça até na mente daqueles que imaginam que nos conhecem.
Mas a cada dia tudo vai se desenhando por um caminho nada retilíneo, mutável e que torna a visão mais ampla com o passar dos dias, que dá um novo rumo àquilo que pertence à nossa história passada, experimentada e projetada mais à frente, e isso acontece porque a cada dia vamos fazendo uso de nossos conhecimentos...

domingo, 6 de maio de 2012

Caminhos a pertencer

Nossas asas são cortadas quando perdemos o que temos de melhor, quando deixamos que nossa essência seja abolida do dia a dia... de tal forma que pouco nos preocupamos com o que fazemos, com o que realmente queremos, deixando para que a suposta sorte determine o que teremos mais à frente.
Então os caminhos mais curtos são percorridos com os pés que deixam marcas dignas de quem se é e outras que revelam um lado hostil, aproximando e afastando pessoas, remodelando a percepção dos demais para conosco.
Até aí nada mais natural, mas chega um momento em que a essência é mais poderosa, e se faz valer deste requisito, mostrando que nenhuma decisão ou escolha é tomada em vão, pois aprender vai além do mero fazer tudo do que é julgado correto...
E deste jeito vamos moldando nossos dias, com alegrias e lágrimas, com surpresas e decepções... dentro de um mar onde os ventos só nos levarão até um porto seguro se soubermos exatamente como direcionar as velas ao que mais vale a pena, só que em dado momento temos a preguiça de seguir em frente por influência de situações que não nos trazem boas recordações.
Mesmo assim ainda nos ocupamos demais com as histórias que supostamente virão a se tornar a realidade, mas quando estes sonhos são motivadores de ações que nos pertencem acabamos por voltar a usar as tais asas e deixar nossa própria vida mais interessante e aberta àquilo que verdadeiramente nos pertence...

sábado, 5 de maio de 2012

Tratamentos e ações

A maneira como tratamos tudo é fruto de nossa capacidade de ter a exata noção do que é importante e do que nos consome, e que portanto tratamos claramente como nosso, como não compartilhável e apto a permanecer eternamente trancado em uma caixa.
O que acontece é algo curioso, que nos leva a não pensar de forma linear, pois tudo o que parece valer a pena é alvo de um aprisionamento individualista que muitos confundem com outro sentimento... e aí perdem a noção da realidade, acabam tomando decisões equivocadas e que não deixam muito claro o desfecho...
Por isso cada dia é composto de situações que podem não ser mais previsíveis, e então muitos dirão que aí reside a casualidade, mas no fundo os erros e acertos, que são definidos depois do fato em si, acabam compondo um mosaico que nos faz ir ao futuro, ao passado e manter os pés em um presente que eternamente nos acompanha e é, em dada hora, definido como algo a vir ou que já se foi.
Talvez assim muitos consigam compreender melhor quem são, só que na essência tudo o que é visto como mudança é apenas o reflexo de uma motivação... tanto para coisas boas quanto para as ruins, ficando apenas aguardando a conexão das peças, das palavras e das ações.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Aprender a apagar

Muito do que construímos é parte de algo que vai além do hoje, que sai do mero passado e mostra que no futuro cada uma das etapas da vida valeu a pena, que trouxe muitas respostas e fez de cada singelo segundo um momento de reflexão e aprendizagem, mesmo quando não interpretamos dessa maneira.
E é aí que parecemos perdidos, talvez desligados por breves instantes e tão longe que nada faz sentido... até que nos deparamos com o reflexo das sementes que plantamos, que vão se tornando aos poucos as árvores que nos dão sombra e proteção.
Mas então temos que aprender a olhar para a frente, a seguir por um caminho ainda melhor, com nova paisagens, com novas sementes, com as folhas que caíram durante as estações, sem que nos esqueçamos de fazer mais por nós, sem que isso seja egoísta...
Só que aí tudo o que fazia sentido pode não mais fazer, pode ser deixado para trás, assim como as pegadas deixadas na areia e que os ventos ou o mar apagam...