quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os portos que habitam nossos oceanos

O olhar pode ser um oceano que traz ao mundo o melhor de nossa essência, por caminhos que somente os ventos da alma conhecem, como se buscassem a maneira correta de dizer o quanto temos para dividir, seja em momentos de calmaria ou quando a agitação toma conta de nosso ser.
Através dos olhos a alma reflete nossos sonhos, absorve aprendizados por meio de imagens que vão pouco a pouco construindo nossa história, fazendo com que o velejar se torne mais seguro, propiciando o compartilhar de experiências, saindo do caminho retilíneo de vez em quando, e ao mesmo tempo trazendo nosso coração mais vivo aos portos que frequentamos...
E além disso também navegamos pela mente que trouxe ao nosso mundo o espelho daquilo que somos, do que fizemos, e que em certas vezes pareceu um pouco longe da nossa essência, servindo como aprendizado e tornando-nos melhores.
Mas somente isto não é suficiente para entender como os olhares vão delineando histórias, criando universos paralelos, únicos e cheios de vida, da nossa vida compartilhada, da vida que individualizamos de vez em quando e daquilo que nos faz voltar a determinados portos mais de uma vez, só por causa da segurança, dos desejos de estar junto e dos sentimentos compartilhados...
Talvez por isso tenhamos que entender que através daqueles mares que se transformam em mundos em cada olhar é que podemos crescer, não porque a alma vai envelhecer, mas porque ela fica intacta e experiente, abrindo novos portos, servindo de porto e também deixando que uma simples brisa traga até os corações as palavras que precisamos.
Deste jeito também vamos entendendo que um oceano de oportunidades não deve ser domado, nem trancafiado nas gavetas do esquecimento, mas sim que toda brisa vai nos levar àquilo que devemos encontrar, mesmo quando olhamos para trás e não entendemos bem o motivo que nos levou a sair um pouco do porto...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A cada chance que encontrar

Tudo aquilo que encontramos com o coração vai acompanhar nossos passos, fazer com que as percepções se encontrem em um ponto em comum, como se os olhos, ao se encontrarem, trouxessem à tona as essências que se unem por laços sutis que vão apontar para um horizonte que ainda não conhecemos mas já imaginamos.
O que encontramos ao longo dos dias pode alcançar lugares que por muito tempo aguardaram para se revelar, para receber toda a ateção e a luz necessária para exibir cada detalhe, para revelar cada nova porta e também deixar que toda surpresa traga consigo uma nova lição...
Então o que aprendemos com o outro é tão importante quanto o que ensinamos, mas também abre novas chances de se encontrar o que há muito deixamos para trás, pois em certos momentos precisamos seguir em frente mesmo sabendo que o tempo será o remédio ideal.
E aí tudo o que dividimos vai se acomodando em nossa história, saindo do foco principal, armazenando-se atrás de portas que fechamos ou ficando do outro lado das pontes que um dia usamos...
Desta forma tudo passa a tornar todos os horizontes únicos, trazendo as mensagens que precisamos, deixando que a jornada percorra os caminhos que precisamos, mas que talvez não consigamos entender no primeiro instante.
Mas também é preciso ir além, levantar os olhos para observar as estrelas que iluminam as noites na ausência da lua, ou então acompanham o luar nos momentos em que tudo caminha de um jeito mais calmo...
Por esta razão é que nada mais se torna descartável, as memórias vão construindo quem somos, além de oferecer muitas lições que serão absorvidas por completo quando um novo horizonte se apresentar, dando-nos uma outra chance para sermos o nosso melhor...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um olhar e palavras

Procurar nos olhos o que há na alma faz com que tudo passe a ter um sentido maior, traduzindo mais do que experiências em trejeitos que conectam os olhos, corações e almas que buscam em cada essência o que perdura, aquilo que transforma e deixa muito claro que os caminhos percorridos individualmente irão se juntar...
E é aí que tudo parece se construir, como se os passos seguintes fossem maiores, cobrindo distâncias que sozinhos não podemos percorrer, não por  fraqueza, mas porque aqueles passos só devem existir enquanto você estiver do meu lado.
Por esta razão é que até mesmo as paisagens vão se modelando de forma diferente, saindo daquelas sementes que deixamos nos corações, que através do olhar iluminam o mundo, criando novas histórias, permitindo que sempre exista mais, mesmo quando temos que nos separar por breves instantes...
Então seguimos adiante de forma a fazer com que logo ali na frente possamos nos rever, reencontrar aqueles olhos que vão refletindo a alma, que permitem que os dias fiquem relevantes, trazendo a cada um de nós quem somos na essência...
Mas além disso é preciso observar atentamente cada um dos detalhes, aqueles que nos encantam e também que viram referências para uma jornada maior, que transferem um pouco de nós ao outro, assim como recebo de ti algo que vai além das palavras.
E esta não é a única forma de manter contato, de forjar laços, mas também alivia a alma quando há um dia mais difícil, que não sai como o esperado e que coloca a cumplicidade acima de tudo...
Por isso mesmo é que as constantes trocas não se baseiam exclusivamente em palavras, são gestos e ações que nos permitem encontrar os caminhos que precisamos percorrer, que vamos dar um passo de cada vez no ritmo que for preciso, não porque um ficou mais fraco, mas porque ainda existem lições a se aprender.
E ainda há uma linguagem que compartilhamos, que criamos para o nosso momento, de maneira a permitir que ambos tenham a certeza de cada palavra proferida pelo olhar, vindo direto da alma e alcançando o coração...

domingo, 27 de janeiro de 2013

Essencialmente ligados

Saber o valor de cada instante revela como lidamos com nossa essência, aquilo que nos faz seguir adiante, tornar visível cada sonho, sair do passado através do presente em busca do futuro, independentemente do tamanho do caminho, das curvas, subidas ou descidas... mas até alcançarmos o dia seguinte há muito o que percorrer.
Então os dias que se seguem são distintos, ligados através de nós mesmos, dos nossos gestos, de cada momento em que estamos realmente ao lado de quem merece toda a atenção, que mostra novos caminhos, que traz lições necessárias, além de saber receber tudo o que podemos oferecer...
Só que assim mesmo temos que observar claramente o quanto deixamos durante o trajeto, quais são os sonhos que plantamos em conjunto, as vias que escolhemos para trilhar um ao lado do outro, tanto para compartilhar quanto para seguir e também ser seguido.
E deste jeito tudo vai se ajustando aos poucos, sai do comum e ganha ares que nos levam a qualquer lugar do tempo rapidamente, além de formar os laços que precisamos fortalecer, para então chegarmos até o ponto mais alto ou então deixarmos os passos gravados na areia que o mar umedece com suas ondas...
Daí em diante os dias passam a ter muito mais pontes, mas também nos deixam leitos para sonhar e navegar, para cruzar mares e alcançar os portos que vão trazendo novas lições a cada encontro, que fazem do olhar mais do que imaginamos, passando mensagens que não precisam ser ditas ou então são transformadas em palavras que apenas a alma encontra.
Mas somente isso não é o suficiente para olhar como o essencial vai trazendo a grandeza de toda uma vida ao atual instante, que revela as raízes sem precisar mostrá-las plenamente, além de criar os vínculos que mais nos fazem sentir a vida e apontam para sonhos que revelam horizontes a explorar...

sábado, 26 de janeiro de 2013

Solos e portas...

Quais seriam os desafios senão os sonhos se materializando, tornando-se a jornada que precisamos, o caminho que fazemos ao caminhar, dentro de muitas dúvidas repletas de certezas e tão incertas que por vezes parecem maiores do que nossos passos que marcam o solo.
Mas não são todos os desafios que parecem trazer esta perspectiva, muitos deles vão ganhando ares mais simplórios ao longo da vida, fazendo valer cada experiência, cada passo que gravou uma pegada na areia e nem mesmo as ondas apagaram...
E isso também pode ir além do que podemos ver agora, saindo de dentro de nós, fazendo a imaginação voar, percorrer caminhos que beiram o impossível, o inimaginável... só que estão logo ali, bem na nossa frente... mostrando que a cada degrau novas histórias vão se conectando, deixando os dias mais interessantes, fazendo com que nossas reflexões fiquem mais aguçadas e assim mesmo não percam o ar de novidade.
Também é fato que os olhos trazem à alma mais do que imagens, são universos que preenchem as lacunas das respostas que procuramos, são novas perguntas que se somam e nos tornam mais experientes.
Isto também coloca em xeque muitas das sensações, dos sentimentos que ficam mais apurados ou então fechados em caixas que evitamos mexer, tentando proteger nossa essência mais pura e também o que não vem à tona normalmente...
Então o que guardamos vai se refletir mais adiante, vai completar certas respostas, criar novas questões e permite que os passos que gravamos sejam levados com o tempo, o vento ou as gotas da chuva, pois já não nos prendemos mais ao que ficou para trás...
Deste ponto em diante cada dia vai encobrindo experiências que vão ficando nas portas que fechamos, ou então escoam para dentro dos esquecimentos, sem que para isso tenhamos que apagar ou esquecer quem somos, assim como o solo se encarrega de tornar as folhas que o tocam em nutrientes para que novas emoções cresçam, tal qual as sementes que germinam e florescem...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Além do fim dos laços

Os laços mais fortes vão se formando com o tempo que dedicamos um ao outro, quando passamos a doar nosso melhor a cada encontro, em cada pensamento, cada gesto, cada olhar... para que haja algo cada vez maior, como se os dias que nascem e se findam fossem apenas detalhes dentro da história que dividimos, que escrevemos em conjunto e também separadamente...
Histórias nascem quando nosso melhor aflora, criando recordações que se apegam à mente, ao corpo e ao que concretizamos quando estamos juntos, fazendo valer cada instante, até mesmo aqueles em que a distância faz com que a vida siga um percurso necessário, mas que não apaga o que vivemos...
Só que para certas ocasiões os dias que parecem nebulosos vão concentrar nossa atenção, e aí até esquecemos que nada acontece por acaso, tudo tem uma razão, um movimento que nos permite parar em um porto seguro ou continuar a velejar por mares que dão a tônica do ritmo e das repetições que parecem ocorrer.
Então os tais portos seguros vão moldandos nossos limites, os mares que conhecemos e como ainda temos muito a conhecer, para então escrevermos tantas histórias que o próprio tempo não consegue torná-las parte de um passado enquanto nossa essência as compreender...
Mas aí os dias também vão criando as bordas que contornam nossas ações, como se o fechar e abrir de cada porta apenas apontasse o destino que precisamos seguir, das intempéries que encontraremos e das calmarias que nos trarão a sabedoria para compreender melhor quem somos e o quanto sempre poderemos ir além do hoje ao ter conosco nosso passado, do mais remoto ao mais recente e aos futuros passados que ainda encontraremos.
E desta forma cada segundo pode conter muito mais do que se pode ver, pois muitas histórias são escritas sem palavras, através de sentimentos e sensações compartilhadas, que refletem a alma e dão o tom do ritmo que nos faz percorrer um hoje que pode ser perpétuo ao tratarmos cada dia com vida, ao invés de apenas correr até o fim...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ao crescer em essência

Cada experiência absorvida vai além dos acontecimentos em si, vai moldar muitos dos laços que formamos ao longo da vida, criando cenários que vão deixando nossos jardins repletos de referências que trazem recordações mais rapidamente.
Todos os aprendizados saem do universo comum e adentram um mundo único, individual e que se envolve com tantos mundos que por muitas vezes parecemos compartilhar o mesmo plano, com sonhos que se somam, com desejos que caminham lado a lado e fazem valer cada uma das trocas da vida...
Mas aí podemos observar que a clareza com a qual lidamos vai além do que apenas chega até nós, saindo de nossa essêncisa, criando raízes profundas que não nos permitem desviar do caminho que plantamos, daquilo que iremos colher após termos passado por inúmeras situações que revelam para nós mesmos o que realmente importa...
E então cada um dos dias vai ficando maior, não porque se estende infinitamente, mas por nos dar um ciclo que forma uma união entre os passados e futuros que tanto trazemos ao presente, sem que para isso tenhamos que anular tudo o que já deixamos gravado.
Por isso mesmo os dias findam ciclos, mas deixam espaço suficiente para que novas jornadas venham a se somar, para que os mundos que se encontram ganhem nuances que isoladamente não perceberíamos ou sequer teríamos condições de receber...
Aí a ação que conforta a alma vai ser muito mais profunda quando compartilhada, não para que sirva de lição, mas porque lá na essência acabamos crescendo verdadeiramente...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A essência dos tempos que nos cercam

O que trazemos em nossas essências determina como enxergamos o caminho que percorremos, como fazemos uso do nosso melhor para tornar o mundo ao nosso redor mais agradável àqueles que estão em nossa companhia, que dividem muitos ou poucos instantes de um universo que dia após dia cresce e forma laços que nem mesmo o tempo pode desfazer...
Mas também temos que entender que nem todos compreenderão perfeitamente como somos, as razões que nos levam a tentar colocar sorrisos em seus rostos, como se tivessem perdido a capacidade de sonhar, de viver e deixar a alegria habitar seus corações...
E aí também temos que olhar para dentro de nós e ver que em certos instantes também ficamos à deriva, como se perdêssemos o chão, como se as nuvens encobrissem as estrelas que nos guiam e fizessem os dias ficarem amargos só para mostrar que cada momento tem seu valor, mesmo quando parecemos não entender.
Então podemos voltar a caminhar e olhar que todo o trajeto percorrido sai do que muitos chamam de comum, mas no fundo todos os caminhos são comuns, nós é que os tornamos valiosos, contemplando os frutos que germinaram, apreciando os perfumes, as chuvas, o nascer do sol, as nuvens que revelam aos poucos as nossas estrelas e também as escondem para que saibamos que nossa história cabe dentro de nós e ainda assim não há espaço suficiente para descrevê-la...
Deste ponto em diante os caminhos parecem ganhar detalhes peculiares, como se nossos olhos ficassem mais aguçados, trazendo para nossas memórias o que antes parecia não fazer a menor diferença e sequer fosse notado... mostrando que em certos momentos também deixamos a certeza dos portos seguros que cultivamos para velejar por novos mares e escrever mais e mais páginas sobre nós mesmos e o que recebemos dos demais.
Só que também nos acostumamos a olhar certas paisagens, como se fossem imutáveis, estáticas, quando na verdade estão tão vivas quanto nossos corações permitem, fazendo-se valer do reflexo que encontramos ao olhar o mundo que apenas espelha quem somos e o que gravamos ao longo dos tempos, sem exceção...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O compartilhar dos caminhos por meio das dúvidas e respostas

Cada caminho possui a distância certa para que encontremos nossas repostas, para que possamos viver cada experiência do jeito que deve ser, sem exceção, sem que o questionamento que nos acompanha deixe de fazer sentido, assim como cada passo que nos afasta das dúvidas ou respostas faz o processo inverso simultaneamente.
Caminhar em busca dos sonhos faz com que possamos olhar para trás e seguir adiante, fazer das mais variadas presenças em nossas vidas o que nos dá sustentação para deixar cada aprendizado fluir pelos mares que navegamos e ainda assim tornar mais sólidos todos os portos que visitamos.
Mas, além disso, temos também que cuidar do que nos cerca, daquilo que envolve nossa essência, nossas emoções, sentimentos, para que cada entrega ao outro não seja em vão, mas que também não cause uma obrigatoriedade de retribuição...
E para alcançar os picos também precisamos olhar cada trajeto percorrido ao lado do mar, encontrando o equilíbrio que nos faz caminhar e sustentar ideias por meio da essência que cultivamos desde o primeiro instante...
Só que muitos vales serão conhecidos, gravados na memória, trazidos em nossa bagagem chamada lembrança... algo que, sem exceção, nos torna cada vez mais nós mesmos e faz com que estejamos sempre rodeados por aquilo que plantamos.
E então um dia pode valer por muitos anos, assim como alguns anos podem ser resumidos em certos dias, criando referências que nos deixam navegar ou caminhar, que vão nos trazer e levar, doando e recebendo... sem evitar que nos momentos em que tudo parece perdido é que conseguimos definitivamente encontrar as melhores respostas...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O levar em cada trazer

A vida nos leva ao caminho que precisamos em certas horas, para mostrar que nem sempre o que queremos é o melhor para nós mesmos, fazendo com que novas portas sejam abertas, fechando aquelas que já ficaram no passado e transformando o presente em um incessante encontrar de oportunidades.
Mas mesmo assim parecemos teimar em querer as portas antigas, nos habituamos com certas questões, com alguns acontecimentos, como se não pudéssemos mais caminhar com nossas próprias pernas, como se os dias fossem obrigados a se prender em um lugar que não é mais o melhor...
Então muitos dias se passam, alguns aprendizados surgem, hábitos mudam e conseguimos enxergar outros horizontes ao abrir as janelas que antes permaneciam fechadas por termos medo de sair do lugar, de crescer, de fazer nascer outra semente, querendo que uma história apenas se repetisse sem fim...
E aí cada dia vai ficando igual, mas insistimos em manter os pés firmes, deixamos as âncoras ao mar para que não possamos nos mover... enquanto o mundo gira, as histórias prosseguem e perdemos a oportunidade de trazer conosco o porto seguro para conhecer outros mares.
Desta forma tudo parece ficar comum demais, mas o hábito que consome os sonhos vai aos poucos perdendo a força quando propomos a nós mesmos seguir em frente, caminhar e compartilhar a jornada, fazer dos instantes inesquecíveis mais duradouros ao mostrar-lhes que seguir adiante não é abandonar, mas premiar nossa história e somar novas histórias...
Com isso os dias que antes se apequenavam agora ganham proporções gigantescas, vão crescendo conosco, ficando coloridos ou até em preto e branco, dependendo do que queremos encontrar, sem que para isso tenhamos que trancar o futuro numa porta do passado...
Mas o mais interessante mesmo é olhar quantas foram as portas que cruzamos desde o nascer, quantas janelas abrimos para que a brisa nos trouxesse novas histórias que preenchem os dias e os fazem únicos quando realmente conseguimos observar o que nos traz a felicidade...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ao lado das rotas

Em certos momentos sair do caminho parece ter ocorrido, mas quando olhamos com mais cuidado percebemos que descobrimos novas rotas, novos mares para explorar, jardins para apreciar e também aproveitar para deixar nossas sementes...
Mas os dias vão nos levando a caminhos que parecem longínquos de nossa origem, mas quando carregamos nossa essência conosco diariamente tudo acaba se encaixando perfeitamente, dando uma chance para cada lição, cada novo aprendizado, como se nos deixasse observar um pouco mais a paisagem que pintamos diariamente antes de continuar a caminhada.
E aí observarmos os dias de uma forma distinta, tentando ser melhores, sem apagar quem somos, sem ignorar os acertos e os aprendizados, só que sempre precisar transformar o aprender em erro, para que a história não se torne um eterno arrepender...
Então cada novo caminho descoberto vai marcando nossa história de uma maneira única, colocando em nossas mãos as escolhas que vão se transformar em sementes que vão se acomodando nos solos férteis por um tempo inestimável ou então cumprirão seus ciclos rapidamente.
Só que ainda podemos encontrar horizontes que vão ser tocados pelos raios de sol afim de nos mostrar nossa história, nosso passado que nos trouxe ao presente, mas também faz com que a lua se aproxime e faça com que vejamos detalhes que antes não foram percebidos...
Desta maneira também podemos deixar que as chuvas escrevam algumas páginas ou umedeçam o solo para que certas sementes germinem e tragam as flores que os outros precisam quando ao nosso lado...

sábado, 12 de janeiro de 2013

A soma dos ciclos...

Completar um ciclo não significa voltar ao ponto de partida, mas trazer às nossas essências novas experiências, para que mais adiante possamos entender plenamente as razões que nos guiaram durante o trajeto, que fizeram com que as ramificações trouxessem mais do que paisagens distintas ou alguns passageiros.
Ciclos são sempre interessantes se conseguimos aprender, absorvendo lições e, quando possível, também as dando, não por apenas esperarmos isto, mas porque cada ciclo sempre vai trazer tênues linhas que farão nossas vidas se tornarem ainda maiores.
Só que a cada parte do percurso nos deparamos com outras pessoas, que vão fazer das trocas mútuas algo mais profundo, digno de novas linhas em nossas vidas, que no decorrer do tempo vão permitindo que mais laços se criem, que se formem e que nenhuma situação seja em vão...
E ainda assim podemos olhar a cada ciclo as conexões que nossas essências formam, dos aprendizados que carregamos e distribuímos, como se cada dia somado em cada ciclo não fosse mais separado, mas apenas demarcado com experiências tão novas quanto já provadas, mas que se renovam da mesma maneira que se apresentam pela primeira vez...
Então os passos seguintes farão novos horizontes serem alcançados, contemplados de tal maneira que cada imagem sempre nos levará àquele instante em que nossas presenças se encontravam, indo mais ao fundo de cada gesto, de cada sentimento, como se a história ali gravada nos colocasse em um outro ciclo, e que no fundo assim o é quando podemos unir histórias distintas sob um mesmo instante.
Mas este instante não é mais figurativo, nem mesmo imaginário, pois se torna a nossa fonte constante de apreciação, de desejo, de vontade de não mais limitar o tempo que compartilhamos, mesmo tendo a certeza de que nossas experiências em separado são e sempre serão fundamentais para aquilo que dividimos dia após dia.
E talvez assim possamos olhar para o ciclo que nos coloca em um novo começo com novos olhos, com uma alma amadurecida, sem que ela tenha perdido a juventude ou a capacidade de nos permitir olhar um para o outro e prosseguir lado a lado...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

As raízes das memórias criadas pelo caminho

Cada memória só se torna completa definitivamente quando voltamos ao caminho já percorrido através de outros mares, não porque sempre seguimos em linhas retas, mas por saber que sempre há um lugar ao qual pertencemos, um lugar em que nossas raízes se aprofundam, que ficam vivas não para nos prender, mas para que possamos suportar qualquer adversidade no caminho...
Então as memórias vão além de lembranças ou recordações, saindo das nomenclaturas dadas e caminhando em direção àquilo que nos preenche, não para completar, mas para nos dar mais da vida, dos dias em que apenas observamos o tempo, dos sonhos que foram chegando cada vez mais perto até restar um último passo, um único degrau ou curva...
Mas aí podemos nos deparar com a imensidão do nosso próprio mundo, de como nossas raízes sustentam nossa essência e ainda assim vão para longe, crescendo ao longo dos dias sem perder o caminho de casa, sem que abandonemos quem somos...
Só que os dias também vão nos revelando a necessidade de experiências que vão trazer outras paisagens aos nossos olhos, palavras que alcançarão os ouvidos e gestos que chegam à alma... talvez tudo ao mesmo tempo, talvez um de cada vez, mas com certeza trazendo mais e mais memórias, sentimentos e razões para seguir adiante.
E isso nos coloca diante do que construímos, das janelas que abrimos para apreciar as paisagens, das trilhas que transformamos em jardins com as nossas sementes, até que os dias não precisem mais ser contados, pois passamos a viver verdadeiramente...
Mas deste ponto em diante as raízes não vão nos prender, pois nos sustentam, nos habilitam a explorar cada jardim, cada sentimento e então conseguimos entender que o viver vai além do se libertar das raízes, mas aceitar que sem elas a liberdade não vale nada, pois nos leva para qualquer lugar e não nos chama mais a atenção, mas para chegar neste ponto muitos deixam o tempo passar sem aproveitá-lo, só porque são incapazes de ter raízes e de semear o seu melhor pelos caminhos por onde passam...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Do tamanho dos reflexos

Nenhum caminho se torna longo demais quando compreendemos realmente o quanto aprendemos durante o percurso, como se aquele trajeto trouxesse tantas experiências que a vida não passaria mais a ser contada como se chegasse ao fim, mas fosse prolongada pelas mais diferentes jornadas oferecidas a cada passo.
O caminho mais tortuoso nem sempre trará o que precisamos, em certos dias as linhas retas vão unir todas as curvas e nos mostrar que os dias e noites vividos vão além do que observarmos, passando para o absorver e também exalar...
Isto também vai encontrando nas paisagens ao nosso redor mais do que algo para ser visto, é uma presença que nos toma sem precisar prender, trazendo percepções que talvez pudessem ser esquecidas, mas que instantaneamente voltam só para mostrar como nossas essências absorveram.
E mesmo assim todos os dias vão conectando passado e futuro por meio do presente, um presente que constantemente é chamado de passado ou futuro, mas que perpetua nosso melhor e faz refletir mais adiante o que fazemos pelo caminho.
Então cada ato, cada gesto, por mais singelo e pequeno que seja, vai formando as estradas, moldando as árvores, semeando e observando as flores enquando os passos nos levam ao horizonte, algo que sempre acontece, só que por poucas vezes é percebido, já que as experiências similares são chamadas de rotinas e então tudo parece perder a graça, quando as pessoas já não podem mais enxergar a si mesmas nos reflexos que encontram diante dos olhos...

domingo, 6 de janeiro de 2013

Construir além do hoje

Compreender que nem tudo vai permanecer da mesma forma para sempre é uma tarefa que nos leva a caminhos distintos, ao buscar horizontes diferentes, encontrar em cada estação mais do que uma variação programada, algo além do que se enxerga, que adentra à mente da mesma maneira que as gotas de chuva fazem no solo até alcançar as sementes que ali repousam.
Os dias podem parecer iguais, mas são completamente distintos, cheios de recordações diferentes, que vão se somando ao que já trazemos, criando um caminho onde cada sentimento passa por um amadurecimento até frutificar, mas que em dado momento podem parecer não ter trazido em seu interior o que esperávamos...
Mas a vida também vai apontando para um horizonte diferente, banhado pelo nascer ou pôr-do-sol, que também traz e leva a lua, que nos deixa ver as nuvens se aproximando ou afastando, que consome palavras que talvez nem lembrássemos de usar, que vão fazer de certas companhias um instante marcante...
Só que, além disso, é preciso entender que a vida se constrói aos poucos, assim como as ondas que desenham as pedras nas praias, da mesma maneira que o vento vai delicadamente esculpindo as mesmas pedras que depois viram referência para o que desejamos alcançar... mas também é necessário observar atentamente que as águas e os ventos são pacientes, assim como devemos ser...
Isto também aponta para um mar de escolhas, mas quais escolhas tomar para si é o mais intrigante, e aí nossa essência fala mais alto, a alma que aproveita os ventos para velejar nos mares atrás dos sonhos nos faz ter a certeza do que agarramos, mas também mostra aquilo que devemos deixar partir para florir em outro lugar...
E aí os dias parecem um pouco mais encobertos, mas logo as nuvens se desfazem em gotas que vão tocar nossas sementes adormecidas, fazendo nosso melhor e mais sincero eu caminhar novamente pelas praias ou florestas afim de seguir o seu rumo.
Por isso mesmo é que cada dia é contornado por movimentos que não devem ser apenas vistos, mas sentidos ao ponto em que podemos recordar nossos melhores dias, até mesmo quando deixamos que ao nosso lado os grandes sonhos possam caminhar e deixar suas pegadas... talvez porque tenhamos compreendido plentamente qual é o caminho a seguir, talvez porque saibamos que cada vez que olhamos para trás encontramos a mesma alma que nos fez chegar ao hoje...

sábado, 5 de janeiro de 2013

A cada linha gravada...

Linhas retilíneas são vistas como sem graça por aqueles que não sabem escrever suas próprias histórias, suas lembranças mais vivas, seus sonhos e se deixam levar por correntezas, quando poderiam ter aproveitado as rajadas de vento para direcionar suas experiências.
O fato de seguir em frente por um caminho que parece sem graça nos faz ir além do que os olhos podem ver, tendo na alma o maior reflexo do que escreveremos nas linhas seguintes, trazendo àqueles dias todas as cores e palavras que vão delineando os sentimentos, que vão nos construindo pouco a pouco...
Mas para muitos a imaginação deve ser reprimida, não por fazer com que os sonhos existam, mas por fazer com que eles ganhem asas, pernas, cores e pulsação... até mesmo quando dormimos, quando estamos acompanhados ou a sós.
Só que se as linhas retas nos acompanham incessantemente é porque precisamos olhar com mais calma o que deixamos escrito pelos lugares que passamos, pelas almas que tocamos e acariciamos diariamente, nem sempre do modo que o outro espera, mas do jeito que melhor podemos fazer, com toda nossa essência e leveza.
Então as marés também nos farão seguir por caminhos que nem sempre esperamos, mas que nos dão a esperança de criar novas histórias, que vão nos ensinando de leve as lições que terão mais valor, que nos deixarão mais vivos, mais completos e talvez mais sábios sem precisar envelhecer a alma...
E aí podemos ter surpresas, mas não deixaremos de reencontrar o que nos faz bem, o que nos move adiante e que diariamente é gravado nas tênues linhas da vida, no livro que soma nossa história, que divide experiências, multiplica alegrias e subtrai tristezas... mas até alcançarmos um estágio maior é preciso entender que cada degrau só vale a pena quando todo vento que nos traz lembranças faz vibrar nossos sonhos mais íntimos...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Até os próximos passos

Nos próximos passos existem dúvidas, que também são preenchidas por certezas, que nos levam a trazer conosco as respostas que já possuímos, que construímos ao percorrer um mesmo caminho lado a lado, oferecendo uma incessante troca de experiências, de vivências únicas que nos definem, que nos colocam no caminho certo e mesmo assim trazem surpresas a cada amanhecer.
Estes acontecimentos incertos que acompanham nossas certezas vão delineando os horizontes que vimos na companhia um do outro, mas também colocam aqueles visitados individualmente como fonte dos laços que pouco a pouco são formados, que vão se ajustando, criando mais e mais conexões...
Mas também percebo que cada um dos laços vão formando ramificações, vão ganhando histórias próprias sem que se separem das nossas, como se ampliassem nossas essências, deixando nossa marca, gravando um pouco de quem somos na vida de mais alguém...
E o gravar também ocorre no outro lado, vem trazendo consigo leves toques tão únicos que só compreendemos mais à frente, por termos então encontrado o que preenche algumas lacunas e forma novas respostas...
Só que só isso não é o suficiente, não é a única escolha, a última opção, mas desencadeia uma gama nova de experiências, de trocas... um viver que sai do simples imaginar e acontece quando realmente olhamos nossa história e entendemos o quanto compartilhamos, independentemente de quem deu ou doou.
Isto também revela a maneira como lidamos com nossos sonhos, que através dos anos foram mostrando caminhos mais seguros por meio das incertezas, dos momentos em que estávamos acompanhados ou quando a lembrança nos trouxe à mente uma lição, só para nos mostrar que o concretizar só existe para que possamos alimentar o que não pode ser tocado...

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Dos sonhos à alma

Sonhos engrandecem a alma, nos dão certezas de que o incerto apenas espera um dos quebra-cabeças ser completado, para que então novos terrenos sejam percorridos, para que cada desejo se alinhe com nossa história, com o que nos faz querer encontrar as respostas que sempre estiveram dentro de nós, mas que precisavam de um tempo para amadurecer...
Por esta razão é que os sonhos não frutificam quando queremos, deixando certas questões na mente, fazendo com que mais alguém se aproxime para auxiliar a completar o quebra-cabeças, para nos doar um pouco de luz, um pouco de vida e de muitos sorrisos para continuar.
Mas isto não significa que a espera se torna a existência, mas que na existência a espera se faz presente, nos leva além dos sonhos, pois após cada realização ganhamos impulso para buscar outros horizontes, para querer dividir outras peças, para que o caminho tenha mais graça, mais vida, mais sementes que florescem quando seu sorriso se faz presente...
E aí os dias de chuva também ganham graça, assim como o calor e o frio que se acomodam em nossas histórias para mostrar a maneira correta de lidar com o tato, em lidar consigo mesmo, sem que para isso tenhamos que apagar nossas histórias.
Por isso mesmo é que os sonhos vão deixando contornos em nossas vidas, vão delineando os horizontes, fazendo com que os sorrisos e olhares divididos queiram novamente contemplar o que não sai da mente, sem precisar ser esquecido, mesmo quando um novo sonho precisa de respostas....
E então cada novo amanhecer cria condições para que os olhares se reencontrem, para que não se tornem mais comuns, mas que também nos permitam fechar os olhos e retornar ao instante em que tudo aconteceu pela primeira vez, para então eternizar todas as únicas vezes em que algo pareceu igual, mas nos mostrou que nada é exatamente igual, pois cada experiência transforma e cria exclusividades...