quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os portos que habitam nossos oceanos

O olhar pode ser um oceano que traz ao mundo o melhor de nossa essência, por caminhos que somente os ventos da alma conhecem, como se buscassem a maneira correta de dizer o quanto temos para dividir, seja em momentos de calmaria ou quando a agitação toma conta de nosso ser.
Através dos olhos a alma reflete nossos sonhos, absorve aprendizados por meio de imagens que vão pouco a pouco construindo nossa história, fazendo com que o velejar se torne mais seguro, propiciando o compartilhar de experiências, saindo do caminho retilíneo de vez em quando, e ao mesmo tempo trazendo nosso coração mais vivo aos portos que frequentamos...
E além disso também navegamos pela mente que trouxe ao nosso mundo o espelho daquilo que somos, do que fizemos, e que em certas vezes pareceu um pouco longe da nossa essência, servindo como aprendizado e tornando-nos melhores.
Mas somente isto não é suficiente para entender como os olhares vão delineando histórias, criando universos paralelos, únicos e cheios de vida, da nossa vida compartilhada, da vida que individualizamos de vez em quando e daquilo que nos faz voltar a determinados portos mais de uma vez, só por causa da segurança, dos desejos de estar junto e dos sentimentos compartilhados...
Talvez por isso tenhamos que entender que através daqueles mares que se transformam em mundos em cada olhar é que podemos crescer, não porque a alma vai envelhecer, mas porque ela fica intacta e experiente, abrindo novos portos, servindo de porto e também deixando que uma simples brisa traga até os corações as palavras que precisamos.
Deste jeito também vamos entendendo que um oceano de oportunidades não deve ser domado, nem trancafiado nas gavetas do esquecimento, mas sim que toda brisa vai nos levar àquilo que devemos encontrar, mesmo quando olhamos para trás e não entendemos bem o motivo que nos levou a sair um pouco do porto...

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