quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A essência dos tempos que nos cercam

O que trazemos em nossas essências determina como enxergamos o caminho que percorremos, como fazemos uso do nosso melhor para tornar o mundo ao nosso redor mais agradável àqueles que estão em nossa companhia, que dividem muitos ou poucos instantes de um universo que dia após dia cresce e forma laços que nem mesmo o tempo pode desfazer...
Mas também temos que entender que nem todos compreenderão perfeitamente como somos, as razões que nos levam a tentar colocar sorrisos em seus rostos, como se tivessem perdido a capacidade de sonhar, de viver e deixar a alegria habitar seus corações...
E aí também temos que olhar para dentro de nós e ver que em certos instantes também ficamos à deriva, como se perdêssemos o chão, como se as nuvens encobrissem as estrelas que nos guiam e fizessem os dias ficarem amargos só para mostrar que cada momento tem seu valor, mesmo quando parecemos não entender.
Então podemos voltar a caminhar e olhar que todo o trajeto percorrido sai do que muitos chamam de comum, mas no fundo todos os caminhos são comuns, nós é que os tornamos valiosos, contemplando os frutos que germinaram, apreciando os perfumes, as chuvas, o nascer do sol, as nuvens que revelam aos poucos as nossas estrelas e também as escondem para que saibamos que nossa história cabe dentro de nós e ainda assim não há espaço suficiente para descrevê-la...
Deste ponto em diante os caminhos parecem ganhar detalhes peculiares, como se nossos olhos ficassem mais aguçados, trazendo para nossas memórias o que antes parecia não fazer a menor diferença e sequer fosse notado... mostrando que em certos momentos também deixamos a certeza dos portos seguros que cultivamos para velejar por novos mares e escrever mais e mais páginas sobre nós mesmos e o que recebemos dos demais.
Só que também nos acostumamos a olhar certas paisagens, como se fossem imutáveis, estáticas, quando na verdade estão tão vivas quanto nossos corações permitem, fazendo-se valer do reflexo que encontramos ao olhar o mundo que apenas espelha quem somos e o que gravamos ao longo dos tempos, sem exceção...

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