quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Do tamanho dos reflexos

Nenhum caminho se torna longo demais quando compreendemos realmente o quanto aprendemos durante o percurso, como se aquele trajeto trouxesse tantas experiências que a vida não passaria mais a ser contada como se chegasse ao fim, mas fosse prolongada pelas mais diferentes jornadas oferecidas a cada passo.
O caminho mais tortuoso nem sempre trará o que precisamos, em certos dias as linhas retas vão unir todas as curvas e nos mostrar que os dias e noites vividos vão além do que observarmos, passando para o absorver e também exalar...
Isto também vai encontrando nas paisagens ao nosso redor mais do que algo para ser visto, é uma presença que nos toma sem precisar prender, trazendo percepções que talvez pudessem ser esquecidas, mas que instantaneamente voltam só para mostrar como nossas essências absorveram.
E mesmo assim todos os dias vão conectando passado e futuro por meio do presente, um presente que constantemente é chamado de passado ou futuro, mas que perpetua nosso melhor e faz refletir mais adiante o que fazemos pelo caminho.
Então cada ato, cada gesto, por mais singelo e pequeno que seja, vai formando as estradas, moldando as árvores, semeando e observando as flores enquando os passos nos levam ao horizonte, algo que sempre acontece, só que por poucas vezes é percebido, já que as experiências similares são chamadas de rotinas e então tudo parece perder a graça, quando as pessoas já não podem mais enxergar a si mesmas nos reflexos que encontram diante dos olhos...

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