sábado, 12 de janeiro de 2013

A soma dos ciclos...

Completar um ciclo não significa voltar ao ponto de partida, mas trazer às nossas essências novas experiências, para que mais adiante possamos entender plenamente as razões que nos guiaram durante o trajeto, que fizeram com que as ramificações trouxessem mais do que paisagens distintas ou alguns passageiros.
Ciclos são sempre interessantes se conseguimos aprender, absorvendo lições e, quando possível, também as dando, não por apenas esperarmos isto, mas porque cada ciclo sempre vai trazer tênues linhas que farão nossas vidas se tornarem ainda maiores.
Só que a cada parte do percurso nos deparamos com outras pessoas, que vão fazer das trocas mútuas algo mais profundo, digno de novas linhas em nossas vidas, que no decorrer do tempo vão permitindo que mais laços se criem, que se formem e que nenhuma situação seja em vão...
E ainda assim podemos olhar a cada ciclo as conexões que nossas essências formam, dos aprendizados que carregamos e distribuímos, como se cada dia somado em cada ciclo não fosse mais separado, mas apenas demarcado com experiências tão novas quanto já provadas, mas que se renovam da mesma maneira que se apresentam pela primeira vez...
Então os passos seguintes farão novos horizontes serem alcançados, contemplados de tal maneira que cada imagem sempre nos levará àquele instante em que nossas presenças se encontravam, indo mais ao fundo de cada gesto, de cada sentimento, como se a história ali gravada nos colocasse em um outro ciclo, e que no fundo assim o é quando podemos unir histórias distintas sob um mesmo instante.
Mas este instante não é mais figurativo, nem mesmo imaginário, pois se torna a nossa fonte constante de apreciação, de desejo, de vontade de não mais limitar o tempo que compartilhamos, mesmo tendo a certeza de que nossas experiências em separado são e sempre serão fundamentais para aquilo que dividimos dia após dia.
E talvez assim possamos olhar para o ciclo que nos coloca em um novo começo com novos olhos, com uma alma amadurecida, sem que ela tenha perdido a juventude ou a capacidade de nos permitir olhar um para o outro e prosseguir lado a lado...

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