sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Laços presentes em nós mesmos

Diferenças são linhas preenchidas de maneira distinta, com particularidades que tornam a essência visível e provedora de laços que firmamos, indo também ao encontro daquilo que nos aproxima e faz permanecer ligados, habilitando em cada um o inteiro que se enxerga no outro e que é compartilhado por completo...
Todas as diferenças vão aproximar aqueles que trilham caminhos que permitem formar laços duradouros, do mesmo modo que cada percepção vai alinhar as histórias quando as essências se encontram de verdade.
Mas mesmo assim é possível encontrar quem não compreenda que as essências diferentes são cabíveis a todos, sem exceção, pois a cada experiência gravada nas linhas da vida há um ponto que não pode ser passado de um para o outro, pois o que cada um prova pode até se aproximar do que o outro tem, mas jamais será integralmente idêntico, deixando mais claro ainda que cada vida é pertencente a um indivíduo...
Só que em certos instantes há uma proximidade que reduz as fronteiras das experiências de tal forma que de ambos os lados há uma percepção praticamente única, mas ainda assim existem detalhes que vão permitir que as trocas futuras sejam bem recebidas.
Mas não é só isso que faz valer cada individualidade, pois nossas histórias podem ser escritas com as palavras mais usadas e mesmo assim tomar rumos distintos, do mesmo jeito que os alinhamentos iguais também não formam as mesmas sensações, sentimentos ou percepções sob o mesmo objeto, tornando ainda mais cativante o viver que não se prende a um caminho retilíneo eternamente.
E por estas razões é que os dias aos quais costuramos com nossa história ganham uma vida tão única, mesmo que partilhemos algumas caminhadas, ou então que possamos encontrar a nós mesmos quando do outro lado há alguém que nos conheça por ter desfrutado dos momentos divididos com intensidade e sem precisar ofuscar ou se deixar ser ofuscado...
Talvez por isso existam momentos em que nossas caminhadas precisem ser solitárias, pois temos que encontrar mais de nós mesmos ou então tomar conta das escolhas que nos levarão a formar outros laços em breve, mesmo quando por alguns instantes nós esquecemos que os laços mais fortes são aqueles em que nós ainda estamos presentes em nós mesmos...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Os laços das escolhas

Muito do que não entendemos prontamente faz com que nosso trajeto futuro ganhe em oportunidades de aprendizado, fazendo com que tenhamos o que buscar, o que dividir e como cada lição recebida traz consigo uma semente que, quando estivermos devidamente prontos, germinará e trará frutos que manterão nossas histórias vivas por muito tempo ao acompanhar os passos daqueles que nos permitem dividir um pouco ou muito do percurso.
Caminhar para aprender é algo natural de qualquer trajeto que percorremos, é algo que já faz parte da vida, é um contexto que nos envolve e faz tomar para nós um pouco do mundo que nos cerca ao mesmo tempo em que nele depositamos o que temos de melhor...
Mas nem sempre isto parece ser facilmente entendido, é preciso observar que nossos aprendizados vão se somando a cada lição e se transformam em sabedorias que pouco a pouco preenchem as páginas da nossa vida, como que demarcando os terrenos pelos quais caminharemos novamente ou simplesmente desviaremos por já saber que ali não há mais nada de interessante.
E assim os dias vão nos dando chances de reequilibrar os passos, de consumir o percurso de tal forma que passamos a conhecer melhor a nós mesmos, para então oferecer aos outros aquilo que habita nossa essência e carrega consigo sementes que promoverão o crescimento de nossos jardins com o passar das estações...
Só que tudo isso é consequência daquilo que semeamos há muito, do que já trouxemos conosco antes do nascer e o que podemos ou não cuidar durante a vida, pois todas as conexões feitas através de laços são anteriores à nossa existência, permitindo-nos reconhecer em nós mesmos os aprendizados que nos foram dados mesmo em nossas ausências...
Também é fato que por vezes os caminhos à nossa frente pareçam infinitos, mas o deixam de ser quando tomamos uma decisão, acarretando sempre num aprendizado que se aproxima de nós ao caminharmos até ele ou o contrário, demonstrando que as experiências podem deixar marcas nas páginas que escrevemos, mas só serão parte de nós quando conseguimos entender que em nossa essência sempre há mais para compreender e oferecer àqueles com os quais formamos laços em forma de sementes, árvores ou frutos...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Entre inícios e fins

Entre os inícios e fins residem experiências que nos dão os caminhos a percorrer, sem perder os laços com as histórias já vivenciadas ou àquilo que trocamos com os demais, dando-nos a chance de observar melhor que por vezes o que é definido como início ou fim é apenas mais um dos laços que se formam ou se perdem em meio aos milhares que firmamos durante a vida...
A cada início ou fim há um percurso a se trilhar, como se ali fôssemos gravando aos poucos um novo capítulo da vida, ao mesmo tempo em que não precisamos de títulos ou descrições de rodapé para demonstrar quem somos na essência, do mesmo jeito que tomamos para nós certas responsabilidades.
Mas estas responsabilidades vão desenhando uma sequência de dias em que passamos a viver com maior clareza, mesmo quando as noites sem lua nos apresentam nuvens carregadas que tratam de levar consigo o que já não nos pertence ou então deixam que os solos sejam irrigados para que possamos visualizar que na vida tudo é absorvido pela essência que se faz presente nas ausências que proporcionamos...
E isto é fruto das escolhas que nos vão moldando, como se fôssemos um rio que precisa contornar obstáculos para continuar a vida, do mesmo jeito que por vezes nos represamos para ganhar mais força e então seguir o curso natural.
Mas não é só isso que faz com que os dias se tornem iniciais ou finais, também não é assim que poderemos olhar ao redor e determinar o que realmente faz com que usemos definições limitadoras para descrever momentos pontuais que pontilham os dias e a vida...
Talvez por isso seja interessante rever como os inícios e fins são colocados em nossas essências, de que maneira observamos o mundo ao redor e o que distribuímos em nossas jornadas individuais que se misturam e conectam profundamente, pois ao estarmos em nossa própria presença também trazemos um pouco de cada um com quem firmamos os laços que descrevem as lições de um viver que por vezes necessita do sol por outras da chuva...
E daí em diante vamos olhando atentamente ao que já possuímos, ao que vamos aprender ou ensinar, mas também nos apegamos às histórias que se fundem com as nossas porque podemos encontrar ali todas as estações e suas particularidades que nos mostram que entre os começos e fins há uma vida a se viver...

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Nos passos de cada caminhar

Nossos passos anteriores não nos perseguem, mas nos acompanham através dos passos que damos em direção ao futuro, permitindo que nossa essência flua por entre os caminhos que trilhamos enquanto nossas caminhadas vão se estendendo ao longo dos dias onde podemos ou não contar com alguma companhia física.
Se os passos do passado não nos trouxesse até o presente momento não seria necessário aprender com as lições, desenvolver a si próprio e sonhar com os caminhos futuros que em breve entrarão para nossas histórias...
E isto é fundamental para que as jornadas se desenvolvam plenamente, criando os elos que nos permitem encontrar sempre um caminho diferente, seja por ainda não o termos trilhado, seja por ter germinado as sementes que deixamos na ida...
Mas estas percepções vão além dos dias em que muitas lições se fizeram presentes, pois existem momentos em que a vida se assemelha aos quebra-cabeças que vão se construindo peça por peça até nos permitir ver o conjunto do que foi unido, dando-nos sempre a oportunidade de aprender, mas cabe a cada um escolher a aceitação ou negação desta via.
E tudo ao redor vai moldando as paisagens que desejamos encontrar conforme nossos sonhos ainda estejam vivos, emparelhando-se com as linhas que já preenchemos e ao mesmo tempo ainda encontramos espaço para complementar o que faltou, abrindo-nos uma chance de retornar às histórias de um passado que não nos prendeu, mas é altamente indicado a nos ensinar se estivermos verdadeiramente vivos...
Desta maneira vamos observando que nossos passos são formadores de conexões entres os passados, presentes e futuros, alinhando cada sonho sob o horizonte que se apresenta e nos permite encontrar os jardins que nos deixam mais vivos ao reconhecermos neles um pouco de nós mesmos, algo que só ocorre quando fazemos nossos próprios caminhos através do caminhar...

domingo, 17 de novembro de 2013

O que as linhas nos trazem

As linhas pelas quais são gravadas nossas histórias vão além do que observamos e percebemos, são linhas que se fundem às histórias daqueles que caminham conosco e fazem da vida um contínuo aprender, deixando-nos conectados mesmo que distantes, valendo-se dos laços que fizemos para nos mostrar que por todos os caminhos que passamos sempre há mais do que os olhos enxergam...
Cada linha da vida é composta por histórias que vão se fundindo ao mesmo tempo em que se espalham pelas histórias de quem nos conhece, indo pouco a pouco deixando raízes que criam árvores que nos brindam com as melhores companhias quando precisamos, mesmo quando esta companhia é composta por lembranças das histórias que partilhamos...
E além disso é preciso olhar para cada uma das linhas com uma certa curiosidade que nos faz aprender ainda mais durante o caminho, encaixando as peças de um quebra-cabeças que nos move e faz sonhar continuamente, dando-nos a chance de encontrar nos passos seguintes quem nos permite aprender...
Deste jeito os caminhos parecem mais curtos, são vividos e também deixados de viver, mostrando claramente que nossas escolhas vão tecendo as palavras que unem as linhas e também nos dão destinos que não visitaremos...
Só que em certos dias tudo ao redor nos parece desconhecido, é como se de repente entrássemos num sonho que não nos pertencesse, mas também é preciso olhar ao redor e entender que em algum momento escolhemos estar ali, talvez por impulso, talvez por influência, mas que de uma forma ou de outra é apenas reflexo daquilo que tomamos para nós e não nos é ruim se pudermos notar que até mesmo esta parte da nossa história pode nos prover algum aprendizado...
E então vamos olhando para as memórias e confirmando que por vezes os aprendizados que mais nos colocaram de pé são aqueles que pareciam não nos pertencer, e isto ocorre de forma tão corriqueira que por vezes alguns os definem como erros, outros como experiência, conectando-se mais profundamente a si próprio e escolhendo uma palavra que vá se identificar melhor com sua essência, mas que ao final de tudo é conectado à vida de maneira tão essencial que sem estas trilhas não teríamos como escolher melhor nossos passos futuros...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O encontrar dos desertos

Nos vários desertos que encontramos pelo caminho é possível observar que ali residem lições que poucos compreendem e se colocam à disposição de aprender, como se tentassem negar que por vezes é preciso cultivar nos lugares que parecem desertos para se ter a certeza de que alguma das nossas lições também podem florescer onde menos se espera...
Mas nestes desertos também existem ambientes completamente cheios, mas talvez não os vejamos assim de primeiro momento quando nos habituamos a querer moldar tudo à nossa volta conforme os nossos jardins, criando um paradoxo que só é resolvido quando compreendemos que tudo o que faz parte da vida vai além das palavras que já sabemos...
E isto vai nos deixando melhores se assim o quisermos, contemplando paisagens que para muitos são desertas, mas não desertas por completo, pois ali residem também as sementes que deixamos ao tomar ciência de que se nós não nos tornamos férteis deixaremos para trás inúmeros sonhos que se apagarão tão rapidamente quanto surgiram.
Talvez por isso seja preciso aprender que a cada dia nossos passos já dados podem se transformar em desertos através de nossa ausência, do mesmo jeito que os passos vindouros também se encaixam neste descrição, pois quem se deixa preencher apenas por si próprio é na verdade um deserto onde nada mais floresce...
E daí em diante é que vamos começar a notar que nossos desertos são tão vastos e fartos de presenças que nada mais é passível de não germinar ali, pois ao cuidarmos adequadamente de cada uma das sementes que deixamos nos solos estamos cuidando de nós mesmos, das vias seguintes que se formarão e que por vezes encontrarão as águas que farão com que as novas floradas se apresentem aos nossos olhos e também àqueles que resolveram somar seus desertos conosco...

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A essência em cada acontecer

Em cada essência há um universo que se conecta a muitos outros através dos tempos, carregando sempre os caminhos que visitamos ao encontrar quem pôde nos acompanhar e fazer daqueles instantes mais do que se imaginava inicialmente, deixando fluir sonhos que vão apontar para horizontes que farão dos nossos caminhos muito mais do que uma linha percorrida...
Nos dias em que nossas essências se conectam tudo o mais ganha uma nova percepção, pois cada uma das nossas experiências individuais será trazida ao hoje na forma de uma história que, ao ser ouvida atentamente por aqueles que nos acompanham, vão ganhar outras tonalidades na mente do ouvinte...
E não é só isso que faz com que as lições absorvidas sejam repassadas, é preciso deixar que o lado mais jovem da alma não vire um amontoado de ruínas que se perderam do caminho, aproveitando que as asas dos sonhos sempre tragam outros dias interessantes e que vão somar a quem somos essencialmente...
Mas mesmo assim vamos contornando cada sonho com aquilo que já conquistamos e desejamos, desenhando através das nossas histórias mais do que o que foi passado, deixando que aquilo que foi profundamente vivido ainda se mantenha vivo, não porque ignoramos o presente ao valorizar o passado, mas porque temos consciência de que todos os portos seguros só irão nos aportar quando neles deixamos laços que não se desmancham...
E talvez assim tenhamos a oportunidade de notar que cada vírgula, ponto final ou reticência é na verdade a representação do que nos pertence e é guardados nas linhas de nossas vidas, sem que tudo esteja numa única gaveta, tendo seu valor único e mesmo assim não precisando se sobrepor às demais experiências que nos tornam mais vivos quando assim o deixamos acontecer...

domingo, 10 de novembro de 2013

Nas várias linhas que se cruzam

Nas linhas tortuosas do caminho que trilhamos são gravadas histórias que vão formando quem somos no decorrer dos passos, trazendo-nos a chance de encontrar paisagens distintas que marcarão nossas vidas e que virão a ser referências mais adiante, ao mesmo tempo em que estas mesmas linhas nos mostram que por mais curvas, subidas ou descidas que existam, sempre há um percurso retilíneo onde as lições nos servem de conforto para seguir em frente...
Nenhum caminho é sem graça quando podemos perceber o que construímos, semeamos, aprendemos e ensinamos, mas nem todos compreendem que o que nos faz bem e conforta é um preparo que se pode levar nos momentos tempestuosos...
E mesmo assim muitos não percebem que por vezes a vida se encaixa nas somas ou isolamentos que nos dão a formação da essência, e que ao termos em nós um pouco de tudo vamos escolhendo o que vai transparecer, o que é destinado aos outros, sem que existam possibilidades de se perder de repente.
Mas tudo isso é individualizado ao máximo, mesmo tendo similaridades com aqueles que passam por nossas vidas, que cruzam os caminhos que criamos e que podem nos permitir a formação de um laço que irá durar o tempo ideal...
Só que para trafegar nestas percepções é preciso aprofundar um conhecimento sobre nós mesmos e tudo aquilo que possuímos dos outros, já que durante a vida sempre iremos absorver um pouco de cada pessoa que passa por nós, do mesmo jeito que iremos junto através das histórias que os outros irão trilhar...
E talvez assim vamos entender que as presenças são tão importantes quanto as respectivas ausências que tornam presentes aqueles que não estão diante de nós, misturando as histórias que vamos construindo sozinhos e ao mesmo tempo tão acompanhados que por vezes não sabemos mais em que ponto cada história começa e vai se fazendo...
Mas também é necessário notar que nenhuma vida é solitária por completo, do mesmo modo que não estaremos sempre acompanhados, deixando que os equilíbrios desenhem os caminhos que percorremos ao perceber que os dias que dividimos são contínuos ao não apagarem quem somos de nós mesmos e dos outros.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Tão essencial

Cada lição é um ponto de referência que nos permite criar raízes que nos sustentam sem nos prender, alinhando todas as experiências vividas ao longo dos dias em que continuamos nossa caminhada, conectando o passado ao futuro através do presente que só é um verdadeiro presente quando cada um de nós se encontra presente em sua própria essência...
Todos os momentos são conectados às presenças e ausências que nos cercam e tornam possível desenhar nossa história bem acompanhados, ainda mais quando todas as lições que vão sendo escritas durante as jornadas vão nos oferecendo lembranças que sempre apontam para quem caminhou ao nosso lado de forma essencial e viva...
Mas mesmo assim tudo o que nos conecta ao passado será refletido no futuro, bastando apenas que estejamos presentes no presente em que nos encontramos, mas que, verdadeiramente, é um presente que nos faz equilibrar o passado e futuro através de nossas mãos em busca de sonhos que nos permitem crescer...
Só que tudo isso vai além das percepções mais rasas, é fruto de um momento em que nossas essências nos mostram os caminhos a seguir e como nossos laços ficarão ligados ao que já vivenciamos, como se nos dissesse suavemente que nossos portos seguros não se desmancham quando os cultivamos do fundo de nossas almas.
E também temos que olhar como os ventos nos fazem aproveitar melhor as velas que nos levam em viagens que desenham pelos mares os caminhos que vamos gravando em nossas histórias, dando a cada porto a sua oportunidade de nos cativar, assim como levaremos conosco um pouco de quem encontramos.
Então os dias parecem ganhar novos sentidos, as raízes que nos sustentam vão levando às floradas em que nosso melhor é oferecido a alguém, aproveitando os instantes para criar sorrisos ou mostrar que as lágrimas também servem de alimento às sementes boas que carregamos em nossas essências...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Passos que levam às respostas

Descobrir quantas questões são respondidas durante a vida é aproveitar cada caminho percorrido para aprender, para doar o melhor que se possui, do mesmo jeito que se pode aproveitar cada momento dividido com quem se coloca ao nosso lado e compartilha a velocidade dos passos...
Muitas das questões que muitos buscam pertencem a outras pessoas, do mesmo modo com que passamos a levar um pouco das perguntas que nasceram conosco, apontando linhas e caminhos que mais à frente serão, ou já foram, trilhados.
Mas não é só isso que faz com que as questões ganhem valor, o mais importante é o que cada um faz com cada uma das perguntas que lhes é oferecida, por muitas vezes são fontes de aprendizado, por outras são deixadas para trás como se já estivessem enraizadas e datadas a permanecer ali sem nenhuma atenção...
E isso vai nos mostrando que todas as perguntas vão se inserindo na vida em momentos que trazem lições que complementam as respostas, que vão formando o emaranhado da vida, ligando cada um dos pontos do vitral colorido que construímos e por vezes mostramos aos outros...
Só que tudo isso só ganha sentido se soubermos a forma correta para lidar com cada questão, pois em todas elas há um tempo, um conhecimento, um aprendizado, um ensinamento a se passar ou um novo caminho a percorrer que nos deixa aptos a subir novos degraus ou velejar até novos portos.
Mas isso tudo é vivido por um indivíduo de cada vez, mesmo quando juntos experimentamos algo diferente, através daquilo que carregamos em nossa essência, trazendo ao presente o nosso passado que deixou pegadas durante a jornada e nos deu portos seguros para que tenhamos tempo de parar e observar atentamente o que uma questão tem a nos pedir...
E além disso também vamos percorrendo caminhos que por vezes podem não parecer interessantes, mas se estivermos de olhos abertos poderemos ver que nossa história é repleta de sementes que só irão se transformar ou desabrochar se assim o permitirmos... fazendo das estações os refúgios para entender que cada mudança só é factível quando estamos presentes em nossos próprios passos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Aquilo que reside nas caminhadas em direção aos horizontes

Muitas das moradas que oferecemos em nossa essência se transformam em laços que perpetuam presenças, deixando-nos ligados intimamente, fazendo planos, desfrutando de sonhos em comum, buscando percorrer caminhos que vão nos tornar tão únicos que nossas próprias essências que residem nos demais é que vão nos deixar reconhecíveis e habilitados a trazer em nossa presença física as sensações que demonstram o quanto nos tornamos conectados.
Tudo o que nos pertence é fruto das trocas que diariamente efetuamos, dos dias em que quem esteve ao nosso lado foi se tornando um pouco de nós, assim como o contrário também ocorreu, mostrando um caminho que trilhamos uma única vez e pretendemos trilhar através de linhas diferentes, deixando as histórias que nos pertencem crescer mais ao nos depararmos com mais e mais laços que se formam dia após dia...
E isso também vem mostrar que a cada laço formado vamos desenhando residências que se transformam em nossas essências após absorvidas, apontando para um lugar em que a pessoa que nos acompanhou por alguns passos ainda se encontra ali, do jeito que nossas memórias permitem, mas quando nos encontramos novamente há mais a somar...
Só que do outro lado também vamos deixando nossas marcas, construindo estradas que nos levam às essências que vão se misturando com as nossas, formando nossas histórias, criando raízes que se aprofundam e nos dão a certeza de que a cada reencontrar há muito mais do que aquele instante em si, pois nossa história dá frutos quando nos permitimos a fertilidade através dos sorrisos...
Mas também é necessário contar com as lágrimas que se apresentar em vários momentos, por meio de sentimentos que vão nos aproximando cada vez mais, que deixam as nossas essências se tocarem de tal forma que quase se unem em uma só, mas que ao final de tudo ainda apresenta o que deixou a história começar a ser escrita por entre as páginas que oferecemos um ao outro...
E é por isso que todos os dias vão delineando os horizontes que parecem não se aproximar para que no final de nosso percurso tenhamos inúmeras histórias a contar, dando à jornada um pouco mais de reticências do que um mero ponto final, pois as essências que se conectam verdadeiramente não findam as conexões e ainda vão se espalhando por tantos lugares que a história de cada indivíduo se torna tão plural quanto os dias em que dividimos alguns passos de nossas caminhadas...