quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Entre inícios e fins

Entre os inícios e fins residem experiências que nos dão os caminhos a percorrer, sem perder os laços com as histórias já vivenciadas ou àquilo que trocamos com os demais, dando-nos a chance de observar melhor que por vezes o que é definido como início ou fim é apenas mais um dos laços que se formam ou se perdem em meio aos milhares que firmamos durante a vida...
A cada início ou fim há um percurso a se trilhar, como se ali fôssemos gravando aos poucos um novo capítulo da vida, ao mesmo tempo em que não precisamos de títulos ou descrições de rodapé para demonstrar quem somos na essência, do mesmo jeito que tomamos para nós certas responsabilidades.
Mas estas responsabilidades vão desenhando uma sequência de dias em que passamos a viver com maior clareza, mesmo quando as noites sem lua nos apresentam nuvens carregadas que tratam de levar consigo o que já não nos pertence ou então deixam que os solos sejam irrigados para que possamos visualizar que na vida tudo é absorvido pela essência que se faz presente nas ausências que proporcionamos...
E isto é fruto das escolhas que nos vão moldando, como se fôssemos um rio que precisa contornar obstáculos para continuar a vida, do mesmo jeito que por vezes nos represamos para ganhar mais força e então seguir o curso natural.
Mas não é só isso que faz com que os dias se tornem iniciais ou finais, também não é assim que poderemos olhar ao redor e determinar o que realmente faz com que usemos definições limitadoras para descrever momentos pontuais que pontilham os dias e a vida...
Talvez por isso seja interessante rever como os inícios e fins são colocados em nossas essências, de que maneira observamos o mundo ao redor e o que distribuímos em nossas jornadas individuais que se misturam e conectam profundamente, pois ao estarmos em nossa própria presença também trazemos um pouco de cada um com quem firmamos os laços que descrevem as lições de um viver que por vezes necessita do sol por outras da chuva...
E daí em diante vamos olhando atentamente ao que já possuímos, ao que vamos aprender ou ensinar, mas também nos apegamos às histórias que se fundem com as nossas porque podemos encontrar ali todas as estações e suas particularidades que nos mostram que entre os começos e fins há uma vida a se viver...

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