quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Além do silêncio do horizonte

A transformação da noite em dia nos permite observar que os horizontes mudam mas não perdem suas essências, nos levam a observar com mais calma quem nos acompanha, quem recebe mais atenção e faz com que as distâncias sejam encurtadas, como forma de mostrar que a duração de cada momento se deve à importância que damos ao ter a capacidade de compreender o ocorrido.
Dias ou noites são complementares, únicos e convivem em uma harmonia que levamos tempo para entender, mas o melhor é que a cada nascer do sol ou da lua podemos fazer com que aqueles momentos valham e se façam presentes em memórias que cultivamos, para compartilhar futuramente...
Mas quando os horizontes acabam afastando momentaneamente as pessoas que são parte de nossa história, mas também são estes mesmos horizontes que admiramos um ao lado do outro para não esquecer a presença e saber que nenhuma lembrança existe em vão...
Talvez por isso podemos olhar para trás e entender que cada horizonte vai fazer dias e noites se separarem e unirem, vai criar a linha que divide e mesmo assim não consegue abrir espaço para que ambos se afastem, assim como as histórias que vamos escrevendo se encontram e nos trazem surpresas...
E então tudo o que sai de nossa essência vai além do que os olhos podem ver, mas também coloca em cada palavra pronunciada o efeito que encanta, que faz da admiração algo presente e me traz a chance de saber que desde aquele primeiro pôr-do-sol dividido a minha história tomou nova proporção com a sua presença...
Aí encontro novamente razão para usar certas palavras, para deixar que ao seu lado a imaginação flua continuamente, mas além disso também posso fazer com que possamos encontrar outros horizontes para apreciar conjuntamente... e fazer com que esta história seja repleta de palavras, silêncios, olhares e do ouvir em silêncio...

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