domingo, 11 de dezembro de 2011

Até encontrar novas cores

Às vezes fico pensando em como tudo seria diferente se não tivesse te conhecido, em como tudo perderia a graça e o sentido, de um jeito que até mesmo a minha história acabasse em um caminho que não sei qual é, que desconheço e até tento desenhar na minha mente, mas tenho em minhas mãos apenas duas opções, em preto e branco, sem o colorido que ganhei ao te encontrar.
Mas a vida é assim, muito melhor quando encontramos o que ofusca o mundo, que torna possível sair do comum, fazer o que não é mais esperado, e que mesmo assim é parte de uma rotina que jamais se repete, que demonstra o quanto vamos guardando todos os dias até encontrarmos alguém que saiba aceitar o que é oferecido...
Só que ainda restam dúvidas, especialmente por não ter a certeza de que o pouco oferecido é suficiente, é atrativo ou interessante, talvez por ter aprendido a observar com mais cuidado tudo ao meu redor, apreciando ainda mais cada uma das borboletas que enfeitam os jardins.
E então me apego àquilo que te faz sorrir, imaginando o brilho do seu olhar ao me deparar com cada coisa que você gosta, que me ensinou a olhar com outros olhos, mesmo quando brinco que vou te dar um dia de sol, só para você encontrar suas borboletas azuis.
Mas é claro que também falo sobre a chuva, que alimenta cada flor, para qual suas borboletas voam em busca de alimento, só que talvez você não perceba que na verdade esta chuva é que torna possível o seu encantamento com aqueles seres que se transformam, que saem dos casulos e voam com toda liberdade possível.
E assim também fico lembrando da primeira vez que vi um casulo se romper, fato que hoje é diferente, é mágico e me leva pra você de novo, querendo estar do seu lado quando isto acontece, pra ver como seu sorriso fica, com que brilho seus olhos iluminam o ambiente.
Também é engraçado como eu não pensei em transformar todas as borboletas coloridas em uma só cor, pois o que é raro chama a atenção, e quando você se depara com a raridade tudo é mais interessante, o mundo para, e no fundo até deixa de existir, como na época em que as crianças correm livremente atrás dos sonhos, do que desejam e do que as fazem felizes.
Ainda assim é provável que o tempo, e esta história, voem como as borboletas, em busca de uma liberdade maior, que, no caso delas, vai até cada uma das flores, que nasceram por causa da "minha" chuva, que mesmo sendo oposta ao sol te faz sorrir quando estamos sob o mesmo guarda-chuva... que na minha mente é um jeito de te proteger por alguns breves instantes, pois depois sempre digo que o sol vai voltar.
Talvez por isso eu acabe me sentido muito bem, mesmo sabendo que não controlo o sol, as chuvas, mesmo gostando da ideia de que posso mudar tudo, em mais uma tentativa de te ver sorrir, esperando pra ver também o brilho do seu olhar novamente, em uma combinação única, perfeita...

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