sábado, 17 de dezembro de 2011

Ao criar vitrais...

Há pouco tempo descobri do que são formados os vitrais, não como a maioria das pessoas que acredita que aqueles cacos de vidro foram apenas encaixados, mas como histórias que se completam, complementam e dão sentido ao conjunto, à toda a obra, até mesmo à vida, que dia após dia vai se tornando um grande vitral, com várias cores, para que saibamos o significado de cada emoção, de cada memória e das pessoas.
Mas mesmo assim é fácil encontrar quem ainda enxergue a vida como uma coleção de cacos, da mesma forma a que se referem aos vitrais, e ao olharmos nos olhos destas pessoas percebemos apenas um outro vitral, só que sem vida, sem cores e sem histórias.
Por isso mesmo acabei compreendendo que tudo o que acontece faz parte de uma obra maior, de fazer valer cada um dos tais cacos, não deixando-os quebrados, mas tornando-os inteiros, como cada lembrança da vida.
Então a cada dia que passa coleto novas histórias, novos cacos inteiros, que vão se acomodando delicadamente em minha vida, para que ao passar do tempo eu acabe me tornando eu mesmo, mesmo que isso pareça insano, mas que no fundo é o desejo de muitas pessoas.
E diante desde desafio tudo fica muito melhor, posso aprender a lidar com todas as nuances da alma, para entender que ao olhar nos olhos de outra pessoa não há razão para procurar meu reflexo, mas sim olhar como aquele vitral da alma é desenhado, que sonhos e ideias estão por trás de cada gesto, para que talvez eu possa fazer parte de um deles.
E feito isso acabo compreendendo melhor quem sou, não como um amontoado de histórias unidas por cacos jogados em um canto, mas com a possibilidade de amanhã colocar mais um pedaço de vida no que é construído a cada novo dia, seja para brilhar e colorir o dia através da luz do sol, seja para aproveitar a noite e deixar transpassar a luz da lua e colocar um sorriso no rosto de quem mais importa, também colorindo sua face...

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