terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nas gotas da chuva

Sob as gotas da chuva muita coisa desaparece, como que livrando a alma de certos pesares, deixando acontecimentos para trás, preparando o terreno para receber novas sementes, que ao germinarem, mostram que certos acontecimentos só ficam na vida enquanto cada um se permite viver naquele momento.
Abandonar certas ideias não é um fato comum na vida de todos, pois as pessoas se apegam demais àquilo que chega à vida, fazendo com que tudo ao redor não pareça mais real, criando uma realidade um pouco alternativa, onde a suposição da perfeição parece encobrir o que realmente acontece.
Então os dias em que as gotas de chuva caem tudo ganha um novo ângulo, não importando mais o presente, pois toda a trajetória de cada pessoa é avivada, como se a chuva retirasse a poeira que o tempo trouxe, que turvou as janelas e solidificou a alma.
Mas o que é mais interessante mesmo é a falta de capacidade em se adaptar, em fazer de cada dia único e escrever a história pelas próprias mãos, como se as pessoas fossem perdendo o que na infância foi tão presente e verdadeiro.
Com isso a chuva também perde a graça, pois assim que as primeiras gotas caem todos procuram um abrigo, tentando fugir, escapar da oportunidade de limpar e reavivar a alma, para que os dias seguintes não sejam mais compostos por campos infinitos de poeira e pedras...

Nenhum comentário:

Postar um comentário