quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Escolhas e possibilidades

Ficar ancorado pode parecer mais seguro em determinadas épocas da vida, como se nada mais pudesse ser feito, gerando um conforto com o qual as pessoas se acostumam e não querem mais abandonar, como se as escolhas a serem feitas já estivessem presas aos trilhos e então só sobrasse uma única via.
E é interessante ver como as pessoas acabam preferindo as âncoras do que as asas, tentando evitar riscos, prendendo a si próprias em casulos que não se abrem, como se tentassem se proteger delas mesmas.
Também é difícil entender como foi possível chegar neste nível, como cada ação levou à perda da percepção de que há muito mais a ser feito, das grandes realizações e da possibilidade de sair em busca de algo maior.
Talvez por isso seja necessário olhar para trás, lembrar de como as âncoras não existiam e chegar à conclusão de que os responsáveis não habitam outro corpo, já que cada um acaba delineando suas ações conforme vai se libertando.
Mas ainda assim as pessoas acabam perdendo aquele toque diferenciado, algo que as crianças sempre usam, e que acaba bloqueado por aqueles que se esqueceram de viver...

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