sábado, 10 de dezembro de 2011

Quando eu te encontrar de novo...

Tudo será como da primeira vez, de um jeito inocente, até meio bobo, mas verdadeiro, do fundo da alma, algo que percorre as veias, preenche a mente e torna a saudade descartável.
Mas ainda assim, ao te ver de novo, cada gesto será gravado novamente, os olhares parecerão diferentes, como se ainda não tivesse te conhecido, para ver e rever o que parece não sair mais do dia adia.
Então tudo o que você faz, mesmo que repetidamente, é especial, fica diferente, é completamente novo, único, como se eu jamais tivesse me deparado com isso, com uma pureza e delicadeza inigualável, daquele jeito infantil e verdadeiro, e acabo me sentido como uma criança.
Também acabo percebendo que mais coisas passam a fazer sentido, as razões pelas quais acabei te conhecendo, como uma história que estava incompleta e hoje aponta para caminhos essenciais, importantes demais para serem ignorados, deixados de lado.
E cada sorriso seu faz o dia ficar colorido, traz alegria para um coração que por vezes parecia amortecido pelo tempo, pelas experiências que deixam cicatrizes, que vão criando o que chamamos de proteção, por medo de fazer o que é importante, medo de dar valor ao que mais interessa, ao que sai da alma, salta aos olhos e atinge os corações.
Por isso é que a minha teimosia não é mais para me afastar, mas para te encontrar de novo como se fosse daquela primeira vez, e é assim a cada dia, mesmo que nos cruzemos inúmeras vezes, que estejamos juntos nos divertindo ou apenas em silêncio trocando olhares, sorrisos e mais palavras do que ninguém imagina.
Então... quando te encontrar de novo acabo voltando no tempo, como na época em que um simples algodão doce já trazia alegria suficiente, pra dividir com todos, pra adoçar a vida, rir e colocar inúmeros sorrisos nas faces de quem precisa...
Mas ainda assim penso todos os dias em como será te encontrar pela primeira vez, de novo e de novo, em um ciclo infinito, imaginário e que me faz pensar como será quando eu te encontrar...
Talvez por isso te olhar me faça tão bem, me traga uma perspectiva nova, faça algo maior surgir, para que eu desfrute da sua companhia, de seus sorrisos, das risadas, da forma como você mexe nos cabelos, como fala e até mesmo quando presta atenção em mim, tornando meu lado criança vivo, pra te fazer sorrir, para estar ali quando precisar e quando não precisar também, porque cada gesto meu não me pertence mais, já que agora todos eles são voltados para você.
E aí também percebo que tudo o que vivi até hoje não foi uma vida solitária, mas um preparo pra te encontrar, porque nenhum encontro é por acaso ou em vão, e é assim que fico imaginando o novo primeiro encontro, tão especial, tão único e tão vivo.
Mas também acabo lembrando que aguardo o novo encontro, pra te olhar como da primeira vez, observar você de novo, conhecer você de novo, ouvir as mesmas histórias como se não as conhecesse, porque acabo deixando de lado toda a boa memória que tenho, pra tentar te fazer sorrir, pra prestar atenção em você e deixar que o meu tempo agora seja nosso, não importando mais o que eu tenha feito por e para mim, doando meu melhor, oferecendo ainda mais, só porque preciso dividir toda a minha felicidade, contar minhas histórias bobas e desejando que este momento não acabe jamais...

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