quarta-feira, 10 de abril de 2013

Retirar dos jardins

De cada caminho muito pode ser retirado, mas também precisamos semear o que nos trará uma conexão com a história que escrevemos todos os dias, que passam pelos caminhos como se já soubesse que ali cada linha seria tratada com a devida dedicação.
Mas são muitos os passos que nos colocam em lugares que visitamos regularmente para não perder o vínculo com nossas essências, formando raízes que dão a sustentação que precisamos, fazendo das forças que brotam mais do que mero impulso para voar mais alto...
Então temos que observar a maneira como as asas dos sonhos também precisam de repouso, deixando que nossa mente programe novamente outros roteiros, que as visitas não sejam vazias ao voltarmos ao porto seguro e nada de novo compartilharmos ou deixamos entrar em nossas vidas...
Aí muito do que fica escrito parece mudar de significado, é como se de repente todo o universo existente mudasse, criasse um deserto que consumiu nossas histórias, os vínculos que nos dão a certeza de um porto seguro, apenas por ter deixado que certas nuvens encobrissem o que verdadeiramente importa.
Mesmo assim os passos vão nos tornando mais abertos a compreender que nenhum jardim limita suas histórias aos seus domínios, pois seria egoísmo demais impedir que nada mais crescesse e se mudasse, ou que pudesse deixar suas sementes fugir na companhia dos ventos para colocar sorrisos em outras faces.
E deste modo cada caminho é percorrido quando ainda deixamos o coração viver, mesmo que ainda não tenhamos dado um passo, mas já sabemos que se quisermos entender melhor quem somos precisamos seguir e buscar conhecer melhor cada uma das estações e seus presentes que preenchem olhos, mentes, corações e sentimentos...

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