quinta-feira, 25 de abril de 2013

Em cada um dos nossos laços

Dos laços que os momentos são formados é possível observar de forma dedicada o que nos chama a atenção, aquilo que atrai, que faz gravar em nossa história o que alguém semeou, que frutos foram compartilhados e quais destinos vamos seguir juntos...
Então tomamos para nós mesmos o que parece nos pertencer em cada laço feito, mas não devemos nos tornar ávidos pela posse... é preciso que o nosso não se torne apenas meu, mas que nos deixe formar laços que não se transformam em amarras ou consumam os demais caminhos...
E aí temos a certeza de que os laços vão se formando de maneira pura, com um toque único, de maneira a permitir que nossos dias ganhem linhas que sozinhos não teríamos, mas que só serão preenchidas quando nos tornamos verdadeiramente completos...
Mas isso também nos deixa olhar com mais calma a quem nos acompanha, assim como a quem acompanhamos, quais os sonhos que agora delimitam as pontas de laços que se entrelaçam sem muito aperta...
Por estes motivos é que os laços mais profundos e fortes se iniciam com os olhares, com os sonhos partilhados, através dos frutos que esperamos juntos para então colher... mas também vamos moldando outros caminhos ao deixar que eles mesmos se formem naquilo que de melhor oferecemos um ao outro...
Mas somente isto não seria o suficiente se não soubéssemos que também temos sementes que não germinarão, talvez pelo solo mais árido dos corações em que as deixamos, talvez porque tenhamos escolhido a estação errada...
Daí em diante também vamos observando que nos laços que se partem também ficam nossas histórias, pois se conectamos laços com todos também vamos levar conosco um pouco de quem por nossa vida passa, assim como quem fica nos deixa à vontade para ter dúvidas, receios e sonhos que iluminam os dias que virão...
Talvez assim possamos aprender a construir vagarosamente um futuro que já se desenha naquilo que plantamos anteriormente, nas ideias e lembranças que carregamos, de cada experiência que fez com que fossemos nós mesmos quando nos encontramos, sem precisar interpretar ou então iludir quem consegue acompanhar nossa caminhada de mãos dadas...

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