sexta-feira, 19 de abril de 2013

E nas linhas o revelar...

Linhas extensas nos dão a chance de fazer valer a pena cada instante ao lado de quem caminha conosco, gravando delicadamente muitas memórias que sequer necessitam de palavras, que se valem de gestos, dos sentimentos que aproximam almas e corações com a intenção de nos deixar mais à vontade para desfrutar desta companhia.
São nas linhas mais longas que guardamos nossas melhores histórias, como raízes que sustentam todo o nosso ser, de forma que possamos rapidamente buscar aquelas fontes de inspiração, deixando que nossas asas voem em conjunto, planando e velejando através dos ventos que nos permitem ir além das nuvens e tocar os solos dos nossos jardins.
E então levamos conosco aquilo que nos torna mais humanos ao fazermos de nossas histórias algo mais simples, de fácil caminhada, mas sem que a desistência surja, pois para vermos uma florada é necessário semear o que nos trará pétalas e não espinhos...
De certa forma vamos aprendendo a percorrer os dias com os passos que mais nos levam ao longe, que deixam o futuro se aproximar rapidamente ou então que nos afasta lentamente do que nos traz sorrisos, como maneira de nos dar um sentido maior às companhias que trafegam em nossos mares e até conhecem nossos jardins.
Por este motivo temos que olhar nossa história com novos olhos, de um jeito que a realidade não seja perdida, mas que também possamos aproveitar os dias ensolarados ou de sombras, pois o maior equilíbrio que se pode encontrar não está fora do nosso alcance e até nos sustenta quando precisamos estar a sós...
E assim as linhas que se doam para a nossa escrita vão ganhando detalhes que somente nossos olhos e corações podem perceber, de caminhadas a sós ou então acompanhados, de dias em que as nuvens trouxeram as chuvas para nossas sementes germinarem ou então quando o sol nasce para iluminar a nossa vida como uma obra que a cada dia se revela maior...

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