Há dias em que cada memória encontra um momento para retornar ao presente, para nos trazer benefícios que inicialmente não são notados, que sequer são imaginados naquele instante, mas que vão me colocando novamente no caminho que ao seu lado vou construindo aos poucos, com passos que também me levam para lugares diferentes e que, assim como os seus, trazem sementes distintas para semearmos...
E com essas memórias em forma de sementes olhamos para o que já floresceu, para o que ainda é regado pelas gotas de chuva e florescerá em breve, assim como as pétalas que já repousam no chão nos mostram o quanto já vivemos, o que absorvemos e o que vira parte de nossa essência diariamente, para se tornar nosso melhor.
Só que além disso vou também contornando memórias que pareciam desaparecidas, e que voltaram à tona para fazer com que eu volte a prestar atenção naquilo que mais importa... que foi aos poucos limpando a visão, clareando a mente e apontando para uma possível mesmice entrando em nossas vidas...
E desta forma também conseguimos olhar para os dias que poderiam ter sido iguais, mas que jamais poderiam se repetir por um simples ponto... por tudo aquilo que fizemos e como as sementes de uma mesma planta não as geram de forma idêntica durante todo o trajeto que percorremos.
Por isso cada dia é único, é inimitável e só pode tornar a vida mais divertida, mais colorida e repleta de momentos que irão mostrar o quanto cada espera, distância e proximidades são vitais para que nossa história possa ser repleta de páginas, mas não de repetições desnecessárias.
Aí vamos olhando um pouco mais para a frente, talvez para um lado e acabamos encontrando algo que há muito não víamos, mas que foi plantado e precisou deste tempo que dividimos para deixar que seus frutos nos chamassem a atenção, que nos atraíssem de novo e que nos coloca novamente em um novo início sem precisar romper o que já fizemos... e assim percebemos que os finais só alcançam aqueles que jamais souberam o que começaram...
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