sábado, 20 de outubro de 2012

Dias e noções...

Nos dias que compartilhamos há muito para lembrar, para colocar no presente o que ficou dentro de cada um, o que fez com que nossas decisões viessem a criar novas jornadas para seguirmos em frente, para caminharmos em busca dos sonhos, da razão para querer ir além do puro e simples estar, para permanecer e ser, como toda constante da vida.
Mas o que inicialmente parece uma possibilidade é a realidade com que lidamos com nosso presente, com nossa história, com aquilo que escrevemos, quando tomamos outro rumo ou fazemos do nascer do sol mais um passo em meio às diferentes opções que encontramos.
E aí o sentido de cada ação não é maior ou menor, passa apenas a ser, a ter um valor que para nós não pode ser apenas determinado, é sentido e cria caminhos alternativos que nos levam aos lugares que precisamos, que tecemos na mente e nos sonhos, acompanhados por horizontes que sempre nos mostram mais e mais razões para seguir em frente...
Então tudo o que supostamente fica para trás não é mera recordação do que fizemos, é nossa história, uma história tão presente no hoje que amanhã conectará um passado ao futuro dentro de nosso presente, mesmo quando o significado do presente não seja mais o tempo.
Por isso os mais diversos presentes são recebidos com a mente aberta, com a cabeça erguida, os olhos atentos e o coração sentido cada novo segundo, cada gesto e que vai sempre me levar até você...
E isto acaba por trazer razões que não se transformam em preocupações, que rompem as definições que diariamente enclausuram as pessoas, e que desde o início nos libertaram, que nos colocaram frente à frente para que aquele encontro nos permitisse seguir lado a lado.
Só que os dias nos mostram que o equilíbrio também nos permite cair, balançar um pouco e retornar ao ponto ideal, àquilo que nossa essência emana e nos torna, aos olhos de poucos, quem somos...
Talvez assim haja mais espaço para que nossas viagens mais alegres convivam com momentos diferentes, que as chuvas levem as lágrimas e passem a deixar que o sol as sequem varagosamente, de maneira a parecer tocá-las com tamanha delicadeza que nenhum dia poderá ser apagado da vida ou cair no esquecimento, pois se assim o fosse teríamos então deixado muito de nós para trás e perderíamos a noção de quem somos...

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