quinta-feira, 13 de junho de 2013

Nas sonoridades das lições

A sonoridade de cada silêncio faz aumentar a cumplicidade que dividimos com alguém, deixando que nossas percepções aumentem sobre aquilo que sentimos, tudo o que construímos e como vamos pouco a pouco aproveitando nossos sonhos para galgar voos mais altos, firmando os pés nos solos que nos fazem tocar os céus quando juntos, tomando para nós mesmos um pertencer mútuo sem posse e que revela o quanto ainda temos para caminhar lado a lado.
Só que silêncios podem ser muito mais altos do que as nuvens que nos trazem sombras para refletir e relaxar, colocando diante de nós momentos em que palavras ditas não fariam sentido e também deixariam que laços fossem desfeitos.
Talvez por isso cada dia seja equilibradamente composto por silêncios e sons, por luzes e sombras que nos aproximam e afastam, que nos deixam caminhar ou voar, navegar ou aportar onde somos bem-vindos...
E assim também observamos que cada tonalidade dos céus vai representando estados de espírito que nos trazem alegrias e levam tristezas, como as águas das chuvas que limpam a alma e de cada folha que enfeita nossos jardins como que mostrando que por vezes certos tempos acumulados devem ser deixados apenas na história.
Mas com isso também olhamos as mesmas nuvens e observamos que por entre elas as luzes que nos iluminam mostram que o caminho escolhido é sempre preenchido por experiências que devemos tomar para nós como lições que aprofundam laços ou os desfazem para que do outro lado possamos deixar a felicidade seguir seu caminho...
Além destas percepções também vamos conhecendo as tonalidades do silêncio que faz florescer sentimentos que nem mesmo palavras podem descrever, que vão se somando diariamente e colocando em nossas mãos mais do que decisões de seguir a felicidade...
Enquanto isso os dias repletos de pausas vão nos mostrando que muitas das alegrias são pontuais e poucas são longas como muitos desejam, deixando de observar que as montanhas crescem do chão, assim como a felicidade que brota pelas raízes das sementes que carregamos no coração e recheamos jardins ao longo da jornada que escolhemos percorrer.
E assim começamos a tomar para nós um novo jeito de caminhar em meio às tristezas e alegrias, sem exagerar nos apegos, sem doar energia demais quando desnecessário e carregando nos nossos silêncios as palavras mais sábias que as lições nos trouxeram...

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