O que deixamos para trás não é alvo de eliminações, do ato de apagar os acontecimentos, de se distanciar de parte de uma história que foi escrita, mas traz a oportunidade de seguir por um caminho digno de valorização, de exaltação e compreensão de que tudo o que foi dado não foi em vão, pois entregamos um pouco nosso melhor durante aquele tempo, até que os caminhos se separassem, tão de repentemente que nem foi possível oferecer mais...
A cada dia lidamos com nossas certezas, nossos medos, dúvidas e ofertas... mas também acabamos tendo a possibilidade de mostrar as mais diferentes opções aos demais, de mostrar que a vida só é retilínea quando estamos perdidos, consumidos por questões que dão a impressão de liberdade, quando no fundo nos aprisionam.
Mas ensinar aos demais é algo que exige preparo, pois o aprendizado é ainda maior quando vamos ensinar, criando uma necessidade de ampliação dos horizontes, de saber que os olhos também se encantam com o que não é percebido pelos outros, que vai buscar nas memórias as referências que trazem toda a história individual para o presente... para um hoje constante que já foi vivido e declarado um amanhã.
Além disso não devemos tratar com desdém o que vivemos, quem somos lá no fundo e que alguns tentam distorcer, já que na essência sempre seremos os mesmos, mas as escolhas por fazer o que irá ferir ou colocar um sorriso em outras faces é fruto de momentos onde podemos ou não usar nossa história, pois toda influência sempre servirá de referência, seja interna ou externa...
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