O que pertence aos céus nem sempre parece chegar até nós, mas normalmente todos se esquecem que as lágrimas derramadas um dia retornam em forma de gotas de chuva, caindo dos céus, tocando novamente a pele e mostrando que os ciclos nos dão a certeza de que cada caminho é preenchido por "coisas" que parecem ter fugido e em breve retornam, iguais às sementes plantadas há muito, como as flores que aguardam a estação correta para se abrir e dar novas oportunidades de olharmos para a frente e seguir o caminho escolhido.
O fato do pertencer ser encarado de forma diferente é que determina como nossas ações, e até mesmo reações, construirão nossos próximos passos, deixando cada dia diferente, tornando cada momento único e ao mesmo tempo tão presente na vida que acabam se repetindo... sem se repetir, deixando outro paradoxo em cada vida...
Então o simples ato de se apegar às pessoas também é visto por outros olhos, pois no fundo as presenças mais marcantes da vida nos acompanharão a cada instante, virando parte de quem somos, do que fazemos e do que dividimos, mesmo quando um ponto final é inserido.
Mas ainda assim toda a história ainda possui seu brilho, suas estrelas que marcam a escuridão e ofuscam o sol... abrindo espaço para que tudo o que viemos plantando nasça, floresça e frutifique, aproveitando os ventos, as chuvas, o sol, o frio, o calor e todas as variáveis que envolvem o ciclo da vida, repleto de ciclos que vão escrevendo nossas histórias e deixando espaço para sempre incluirmos novas linhas, páginas e pessoa... afim de chegarmos ao último ponto sem precisarmos do final, pois nossas histórias serão continuadas com as outras pessoas, através de cada segundo dividido, de cada gesto que fará com que sejamos lembrados, de forma singela e sublime... sem que haja medo ou esquecimento da essência compartilhada.
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