segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Certas gotas da vida

Poder andar sob as gotas da chuva faz com que a alma fique purificada, extraindo o que por ventura já não seja mais importante, que tenha perdido o valor e agora faça parte de um passado recente e tão distante quanto cada passo adiante puder levar.
Então me encontro caminhando calmamente, ouvindo o som das gotas tocando o solo, as plantas e percebo que ao mesmo tempo servem de lágrimas que jamais serão derrubadas, por não haver mais razão lógica para que tal fato ocorra...
E isto leva a refletir que as coisas pelas quais passamos podem ser associadas ao que desejarmos, mas não podem ser apagadas, pois todo aprendizado deve ser carregado consigo, sem medo de aceitar que nem sempre tudo sai como desejado.
Mas também posso acrescentar que as melhores escolhas sempre virão até nós, separando-nos do que não importa mais... e que talvez pudesse ter sido parte de novas histórias da vida.
Só que ao sair na chuva acabamos enxergando muito mais do que meros pingos que invariavelmente nos molham, que regam plantas de forma natural e permitem que um arco-íris surja ao final... mostrando que cada decisão tomada em favor do melhor é um presente com o qual devemos nos acostumar, sem esquecer que existem dias onde as sementes plantadas foram regadas e se tornarão os frutos das nossas escolhas...
Talvez eu esteja tentando simplificar demais o que passamos, o que vivemos e o que escolhemos, mas no fundo cada decisão é bem-vinda a todos aqueles que sabem realmente quem são, assim como sabem exatamente como fazer para que mais pessoas possam desfrutar de alegrias, pois fazer chorar é tão fácil que as próprias lágrimas vão perdendo o valor com o passar dos anos.
Aí fica a grande questão, daquilo que fazemos, do que nos tornamos, para nós e aos olhos dos demais, pois a tal água das chuvas um dia esteve em um rio, num lago ou no mar, assim como as lágrimas já foram pedaços de alegrias, sorrisos e momentos inesquecíveis...

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