quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dentro do ontem...

Ontem... tão presente quanto o hoje, distante como o amanhã e vivo em memórias que em outro instante não existiam, que sequer eram imaginadas, mas que contam quem somos, o que construímos e conectamos.
Seria engraçado não ter um ontem, perder a chance de aprender, de se soltar, de criar laços e fazer com que tudo fosse direcionado a um propósito...
Mas nem sempre acreditamos no que acontece, é mania de sempre esperar mais, de querer mais e de ir doando um pouco mais, até mesmo para provocar, para atiçar sentimentos mesmo, de um jeito único e infantil.
Só que o tempo passa rápido demais, forma um lapso enorme entre tudo, aproxima e repele, traz mais e mais oportunidades de se fazer o que é melhor, sem que isso não signifique errar.
Então os erros vão sendo colocados nas calçadas que trilhamos, nas folhas das árvores que caem no outono e afastam de nós o que já não deve mais nos pertencer.
E por isso o ontem tem uma face diferente a cada dia, a cada olhar, aproximando-se da perfeição que queremos, com nossos defeitos e qualidades, com nossas alegrias e tristezas, do jeito que nós somos, com quem vivemos... e ainda assim tudo parece novo, misterioso e pleno.
Por esta razão os dias não são iguais, e sequer são parecidos, pois aprendemos a cuidar mais de nós quando tudo corre de forma inesperada, para que tenhamos mais força, mais vontade de ir atrás do que as pessoas chamam, e colocam longe demais... e daí me deparo com a felicidade, que está ali todos os dias, até mesmo na tristeza, que se vai com a chuva que muitos usam para encobrir as lágrimas e se esquecem de agradecer.
Aí tudo começa a fazer sentido, a se encaixar e continuar a montar aquele vitral, que vai ter a participação de outras pessoas, que entram em nossas vidas na hora certa, com um jeito especial e delicado, como anjos que chegam para nos proteger do que fizemos no ontem...

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