terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ao aproveitar cada memória dos laços formados

Fazer muito para não viver nada parece algo muito íntimo para aqueles que não se contentam em aproveitar a vida, ter ao lado quem desperte dúvidas, certezas e faça com que o caminho, por mais longo que seja, fique curto ao se desfrutar cada um dos passos de maneira inteligente...
Mas hoje tudo parece fugir à percepção, nada do que acontece ao redor é suficiente para prender a atenção e fazer com que as pessoas parem por breves instantes para viver, tentando sempre fugir umas das outras, criando artifícios para manter contato de maneira isolada e se afastando cada vez mais dos laços que dão tons infinitos à vida das pessoas.
E mesmo assim tudo é tratado como urgente sem se saber ao certo a razão, sendo fruto de uma corrida desenfreada em busca do amanhã sem fincar as raízes no hoje, descartando a tudo e a todos tão rapidamente que as histórias de vida na velhice se tornam tão poucas que deixam mais vazios do que agradecimentos pelo que foi vivido.
Só que a vida vai além dos instantes contados a fim de se fugir de alguém, pois os excessos não deixam margem para se aproveitar cada segundo, dia ou os anos que formam nossas histórias que servem de lembranças para um futuro que nos habilitará a dizer como foram semeadas cada uma das memórias que formam quem somos hoje...
Talvez por isso exista uma preguiça para com o outro, ainda mais quando as pessoas preferem não conhecer umas as outras, tratando-as como ilusões que por vezes voltam a frequentar nossos caminhos ou apenas façam parte de um arquivo que já não será acessado porque do outro lado existe o mesmo comportamento.
E é assim que os dias podem parecer mais rápidos ou curtos, indo sempre em busca do próximo horizonte sem se apreciar o que o atual nos mostra, deixando de aprender que o nascer ou pôr-do-sol contempla mais do que as passagens, pois ali notamos que a vida que deve ser vivida é preenchida por laços que nos dão tantas histórias que sempre teremos o que lembrar e dividir mais uma vez a caminhada que nos dá outros horizontes a se olhar sem precisar apagá-los por pressa de chegar em um lugar que não será memória de vida...

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