domingo, 12 de janeiro de 2014

Cultivar e distribuir

Só podemos distribuir aquilo que carregamos em nossa essência, que já faz parte de quem somos e de como nos relacionamos com o mundo à nossa volta, deixando que os jardins que colorem os caminhos sejam mais, ou menos, atrativos àqueles que nos encontram, criando um laço que se apresenta na forma da empatia quando sabiamente conseguimos conectar duas histórias verdadeiramente.
Tudo o que distribuímos faz parte das sementes que colocamos em nossos jardins, e estes jardins são permeados por inúmeras histórias que vão nos conectando àqueles que conseguem caminhar ao nosso lado, mas também deixam espaço suficiente para que outros jardins sejam cultivados...
Mas poucas pessoas compreendem as razões pelas quais certos caminhos que trilhamos não nos oferecem as mesmas paisagens, apenas para mostrar que as demais estão sempre mais preocupadas em transformar cada jardim num deserto para que não tenham que cuidar de quem se aproxima.
E ainda assim é preciso olhar atentamente àquilo que semeamos ao longo dos dias, pois em breve poderemos ou não ter frutos em mãos, do mesmo jeito que não precisamos nos apossar dos nossos próprios jardins para trancá-los numa caixa que não se abre, só que por vezes assim o desejamos...
Mas também é necessário compreender que cada dia nos revela uma paisagem nova, como se fosse uma página em branco para registrar o cenário que nos rodeia e faz com que tudo o que semeamos lá atrás desenhe as histórias que vão nos formando e tornando possíveis a existência de laços que pouco a pouco florescem quando dignos de permanência em nossos jardins...

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