sexta-feira, 15 de junho de 2012

Viver sem repetir

Ninguém mais pode compartilhar dos mesmos momentos da forma como cada um de nós os vivencia, os torna viáveis e os faz bem-vindos sempre, mas são muitos os que não compreendem o que cada segundo do dia vale, o que todas as horas vividas desde os primeiros passos ganham em proporção ou se afastam de prisões que são impostas quando a suposta normalidade é a regra.
Muitas pessoas vão passar por nossos caminhos e mostrar que as outras portas são mais interessantes de se abrir, de se olhar ou ao menos ter conhecimento da existência, fazendo com que nós tenhamos mais um exercício profundo e elucidativo.
Então todos os passos ganham mais e mais valor, pois podem ser acompanhados por outros passos, por mais e mais histórias, por amizades que perduram ou se vão, além de fazer com que o afeto ou carinho dado não seja fruto de um esperar retribuição.
Aí nos deparamos também com as influências de nossa essência, de nossa história, do que construímos, do que deixamos de lado, das portas abertas e daquelas que não nos chamaram a atenção, assim como dia após dia tudo fica mais claro para aqueles que entendem claramente que ao se tornarem únicos farão parte de algo ainda maior, mas sem se esquecer de que todas as pessoas são únicas e que isso não é uma diferença, mas a maior similaridade do ser humano.
Talvez por isso tenhamos a teimosia em acharmos que todos devem nos entender, quando a graça está em não ser compreendido plenamente, para que haja mais o que conversar, o que trocar e o que compartilhar a cada novo nascer do sol, entardecer ou sob o céu estrelado das noites que nos dão a certeza de que nada se repete...

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