quarta-feira, 27 de junho de 2012

Distâncias escritas e descritas ao longo da vida

Quando ainda temos o que escrever em nossas vidas tudo parece ficar menor, menos importante do que no instante em que nos deparamos com as dificuldades, com a incompreensão de nós mesmos e de quem está perto, de quem pode ainda caminhar ao nosso lado ou já ter tomado um rumo diferente...
Escolher um caminho para escrever mais sobre nós mesmos é o que de melhor podemos fazer na vida, deixar nossas memórias registradas, colocadas em cada um dos frutos que colhemos, nas sementes que plantamos e nas folhas que afugentam a luz excessiva quando estamos buscando um pouco de repouso para a alma.
E desta forma vamos desenhando novas sombras ao notar que o sol nascendo ou se pondo nos dá uma nova perspectiva de como poderemos lidar com o amanhã quando o hoje não foi tão bom... e aí, também podemos observar que aquelas mesmas sombras vão mudando e jamais se repetem, de maneira a mostrar que a suposta monotonia é uma desculpa para quem tem medo de conhecer o outro e não precisar mais de palavras para compreendê-lo...
Assim vamos moldando a vida, conforme caminhamos, semeanos e olhamos ao redor tudo o que faz o dia ficar diferente, tão único que poucos entenderão que o tempo é simultâneo e continuamente mutável, para que tenhamos a oportunidade de olhar para trás e perceber que as distâncias que criamos servem para aproximar ainda mais nós mesmos de quem somos na essência e tenhamos a capacidade de manter as pessoas certas ao nosso lado... mesmo que separados por longas distâncias que se tornam curtas demais para encobrir os sentimentos...

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