quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Perceptivelmente assim...

É pouco provável que o uso de todas as palavras venha a definir exatamente o que existe em minha mente, naquilo que tento expressar e compartilhar com minha fonte de inspiração, algo único, raro e ao mesmo tempo tão conhecido por ambos do mesmo modo que é repleto de mistérios...
Assim vou tentar acrescentar parte do que deve ser dito, do que é percebido, visualizado e imortalizado em mim, e que de certa maneira vem acompanhado de uma história que vai além do puro e simples acompanhar, que foge aos olhos para ocupar um lugar distinto onde repousam certezas e dúvidas que me permitem olhar para você de um jeito diferente a cada instante.
Se isto parece não ser o suficiente certamente não o é, pois por maior que sejam as tentativas de expressar exatamente o que acontece sempre há algo que fica nas entrelinhas, que é revelado em um nascer do sol ou sob um luar que por mais que se repitam sempre são novos e únicos.
Só que mesmo assim tudo o que já construímos vai além do que pode ser visto, do que é percebido pelos outros, ainda mais quando o invisível e intocável se materializa quando estamos um ao lado do outro...
Isso também aponta para uma forma de acompanharmos um ao outro de forma mais intensa, de um jeito em que as histórias individuais não colidem com a nossa história compartilhada, pois delas conseguimos criar uma única...
Mas talvez haja algum instante em que as incertezas ganhem um foco maior, que venham a mostrar outros caminhos, novas sementes e passam a ser também o motivo pelo qual escolhemos compartilhar o indiscritível usando ou não palavras, só para olhar novamente nossas essências.
Quebrando o silêncio também voltamos a torná-lo comum, tão falante quanto os olhares que apontam a direção certa ao se cruzarem e permitirem que a dedicação diária venha a ser natural, mas sem se tornar uma prisão...
Unimos também outras histórias àquelas que vamos contando um ao outro, que partilhamos e interpretamos de maneira distinta, profunda e apoiada em nossas experiências individualizadas que vão se agrupando com o que ainda viremos a vivenciar.
E além de toda a certeza poderemos observar com cuidado cada incerteza que nos deixa uma nova oportunidade para seguir adiante, para abandonar o suposto tentar de novo para criar hoje e sempre a história que partilhamos ao caminhar lado a lado.
Tenho que salientar também a maneira como as linhas mais tênues ganham força ao longo dos anos, assim como nós dois vamos nos preparando cada vez mais para sermos nós mesmos, para viver cada segundo de maneira eterna e essencial para este presente e nosso futuro...
Então cada gota de chuva também vai nos mostrar que as sementes germinam quando o solo é propício e os devidos cuidados são corriqueiros sem excesso, mostrando que o que plantamos no coração não é algo que deixa de existir nos mais singelos gestos aos quais nos entregamos plenamente.
Além disso é possível que muito do que seja vivido não seja descrito na forma de palavras puras e simples, que venham a compor um vitral que torna cada cor mais viva quando a luz que tanto necessitamos é encontrar no outro, fazendo de nossa história a mais perfeita demonstração do carinho que podemos ter ao unificarmos histórias tão distintas...
Mesmo assim há um tom diferenciado com o qual nos acostumamos, com o que enxergamos sem precisar olhar, que podemos sentir e demonstrar, que aparece até mesmo nas noites encobertas e nos dias em que o sol que ilumina seu rosto resolve se esconder atrás das nuvens para nos dar a mais perfeita definição das mudanças que acompanham a vida.
O que pode surgir mais adiante não é apenas um reflexo de nossas escolhas, mas o que determinamos regar durante a jornada da vida, o que um representa ao outro e que permite ser mais a cada momento, em cada gesto e pelos dias seguintes que virão para nos mostrar que sempre é possível dizer mais...

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